terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Trovando Sobre: VICENTE, VALENTIM E A MARATONA ROCKY.


Oi, guris... tudo bem aí? Espero que sim.

Faltam alguns dias para nos conhecermos, e é incrível como vocês já fazem parte da nossa rotina lá em casa. 
Chegamos da praia no sábado de noite, e no domingo, resolvi ver o que passava de bom na TV, já que em 2015, eu ainda não tinha visto sequer um filme.

Eis que mudando de canal, eu me deparo com uma “maratona Rocky”, em um canal. Cinco dos seis filmes da franquia sendo exibidos em sequência (a exceção foi o pavoroso Rocky V, mas que vale a pena por aquela cena do Mickey presenteando o Rocky no treino). Todos os filmes na dublagem original, mas que mesmo assim, como  explicarei no futuro, não é o jeito ideal de se ver filmes (sempre, mas sempre mesmo, optem por assistirem os filmes LEGENDADOS).

Mas o mais incrível, o mais legal foi que assistimos juntos. Fiquei comentando contigo, lembram? Te expliquei quem era o que motivava o maior (e mais humano) herói da história do cinema, o grande Robert Balboa, ou Rocky, para os íntimos como nós dois.

Enquanto assistíamos o primeiro filme da saga, “Rocky”, de 1976 em que ele tinha tudo para ser um nada, um ninguém, que nunca foi visto e nunca teve uma oportunidade na vida, até que um dia, ele recebe uma pequena oportunidade de ser um mero coadjuvante para que outro se sobressaia, mas que mesmo com medo (psicológico e até físico), ele agarra aquela oportunidade, e se torna o protagonista da história, de azarão, ele vira o jogo e mostra o valor dele, o valor de um homem de verdade. 

“Rocky” (especialmente o primeiro filme, não é um filme sobre boxe, mas sim, um filme sobre o espírito humano e sua nobreza... e  sobre a vida, e como ela pode ser dura). Te disse que mesmo quando não se “ganha”, o orgulho, a honra e a sensação de satisfação de dar o teu melhor, é o que mais vale.


Durante o segundo filme de 1979, “Rocky II – A Revanche”, vimos que as vezes, não podemos permitir que ninguém nos diga o que fazer, que não podemos procurar nos outros, as respostas para a nossa vida. Somos o que somos e temos que fazer o que devemos fazer, não porquê é mais fácil, ou porquê isso vai nos abrir portas, ou mesmo nos gerar curtidas no facebook... mas porquê é a coisa certa a se fazer. O único respeito que importa, é o auto respeito. Apoio é uma coisa necessária na vida, ainda mais de quem nos ama, mas somente nós mesmos somos responsáveis por nossas vidas.


“Rocky III – O Desafio Supremo”, é sobre não se acomodar, não abaixar nunca a guarda para o mundo, pois se tu te achar esperto demais, bonito demais, auto suficiente demais, alguém vai vir e puxar o teu tapete. Tu nunca pode estar completamente satisfeito meu filho, seja de amor, grana, ou profissionalmente. Outra lição importante é que ninguém é eterno, todos temos que criar asas e em algum momento, voar sozinhos. Essa hora de alçar voo vai chegar pra vocês também, mas não esquentem, vou te preparar vocês para esse dia. E voarei com vocês, mesmo que à distância.


O valor da amizade verdadeira. “Rocky IV”, fala disso. Repassamos toda a história da amizade do Rocky e do Apollo, e  expliquei os motivos que levaram o Rocky a honrar a memória do amigo. 

Meus filhos, na vida, vocês vão encontrar muita gente ruim, má e dissimulada, não vou poder  protegê - los dessa gente... ás vezes eu não consigo sequer proteger a mim mesmo desses tipos! Mas saibam que nada tem mais valor nessa vida do que a amizade. Uma pessoa que realmente goste de ti e te aceite, do jeito que tu é, com teus defeitos, qualidades, manias e pensamentos. Esse é o grande desafio da vida, meu filho. Conquistar amigos verdadeiros.

Amizades verdadeiras e ao menos um amor igualmente verdadeiro devem ser as metas principais durante nossa passagem nesta vida.


Vocês tem que estarem dispostos a ir pra Rússia enfrentar um gigante de 2 metros de altura, mas procure te cercar de pessoas que tu saiba que fariam o mesmo por ti.

Vou  contar um segredo, ok? Procure ter amigos que tu admire, não escolha amigos pelas comodidades que eles possam te oferecer, escolha amigos pelos que eles são, não pelo que tem.

E o por fim, assistindo “Rocky Balboa”, ou “Rocky VI”, vimos que o mundo não é um lugar feito de sol e arco íris, vimos que o mundo é um lugar feio e duro, e que vai te bater e tentar te colocar de joelhos, que a gente tem que manter a esperança, e sem apontar culpados nas nossas derrotas, covardes culpam os outros pelos seus fracassos, mas sabemos que tu é melhor do que isso. A gente aprendeu com o Rocky que o importante não é bater de volta no mundo, que o importante não é bater com força nos adversários, mas que o que importa de verdade, é o quanto tu pode aguentar e seguir em frente, o quanto tu pode levar “porradas” e não parar.  Resiliência meu filho, é a chave. Esse é o caminho das vitórias na vida.

A mamãe foi muito legal e importante nessa nossa “maratona”, pois ela ficou o tempo todo só ouvindo a nossa conversa e de vez em quando, dando um sorrisinho, pois como sabemos, ela é “durona”.

Faremos gato e sapato dela, ok? Mas esse é outro segredinho nosso.

Eu estou contando os minutos para abraçar vocês, meus filhos... eu te amo tanto vocês, que ás vezes faço papel de bobo, como agora, de olhos marejados enquanto atualizo esse texto pra vocês.

Vocês são o meu melhor, e eu amo vocês, Vicente e Valentim.

Um beijo.

Do papai Sandro.


*Atualizado em 17/10/2020

2 comentários:

  1. Lindo texto! Com certeza o melhor presente que tu poderia dar pro Vito, isto sim ele vai levar para a vida toda, lindo!!!!!

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    1. Obrigado, cara. Obrigado pelas palavras e pela amizade. Vito aprenderá muito contigo também. Abração.

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