segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Trovando Fiado: TRILHAS SONORAS PARA O TREM (Volta).

Seguindo a lista de álbuns que acho apropriados para se ouvir no metrô (sempre lotado), no meu último texto, selecionei trilhas para ida ao trabalho de trem, e hoje, vou apontar os discos mais legais na minha opinião, para se ouvir na volta para a casa, depois de cada dia de trabalho.

A volta é sempre mais alegre, e mais fácil, por isso, minha tarefa neste texto, é bem mais tranquila...


Os discos ideais para a volta para a casa, em cada dia da semana são:



Segunda-Feira:
Bob Dylan, Nashville Skyline.
 
  
Discaço do bardo americano, este álbum foi gravado em 1969, pouco antes de um acidente de moto quase fatal, sofrido pelo cantor. Junto de seu ídolo e agora, “parceiro de copo”, Johnny Cash, Dylan grava este disco belíssimo, com uma forte pegada country, com uma entonação mais “anasalada” de sua voz.

Canções como “Girl of The North Country” (dueto com Cash), “Lay Lady Lay”, “Tonight I’ll Be Staying Here With You”, e a lindíssima e triste “I Threw It All Away”, dão aquela tonalidade de tristeza, e ao mesmo tempo, de beleza, que sempre permeiam toda a obra (brilhante) de Bob Dylan.

Perfeito para ser “degustado” na volta e dar aquela “acalmada no coração”, já que segunda-feira é sempre o pior dia da semana.





Terça-Feira:
The Beatles, Let It Be.
 

O disco mais “black” dos Beatles. Let It Be, é o disco mais melancólico da maior banda de Todos os Tempos, até por se tratar do último trabalho lançado pela banda, e por registrar o momento de ruptura de John, Paul, George e Ringo. Let It Be, realmente soa como uma despedida.

O repertório, como de costume quando se trata de Beatles, é um desbunde: “Two of Us”, “Across The Universe”, “Get Back”, “Let It Be” (a favorita da Graci, e a canção que ela entrou na igreja no dia do nosso casamento), e a pungente “The Long And Winding Road” (no show de Paul Mccartney em Porto Alegre, vi homens de 50 anos chorando, ao ouvir os primeiros acordes desta canção), seriam capazes de derreter o coração de pessoas como Rachel Sheherezade e Jair Bolsonaro, caso eles tivessem um coração dentro do peito.

Let It Be é perfeito do início ao fim.







Quarta-Feira:
Bruce Springsteen, Born In The USA.
 

O disco mais clássico e mais vendido de Bruce Springsteen, é “tiro certo” na quarta-feira. Meio da semana, já dá para começar a se programar para o final de semana, e já estamos no trem, voltando para casa, certo?

Dosando momentos mais calmos e reflexivos em músicas como “I’m on Fire”, “My Hometown” e a linda e saudosista “Bobby Jean” (uma das minhas favoritas do astro), com momentos mais agitados e animados como “Born in The USA”, “Dancing in The Dark”, “No Surrender” e “Glory Days”, esta forte crítica ao governo americano em forma de disco, se transforma na trilha perfeita na volta da quarta-feira... dá até para dar uma “mexidinha de perna”, no vagão do trem.






Quinta-Feira:
Black Sabbath, Dehumanizer.






















Quinta-feira é um dia alegre, pois já se pensa no sábado, então deveríamos ouvir um disco “mais leve” na volta para casa, certo? Nãããããão, como diz um amigo meu!

Uma boa pedida para a volta da quinta-feira, é este discaço do Black Sabbath, como o fantástico (e melhor cantor que Ozzy), Ronnie James Dio.

Dehumanizer, é de longe, o álbum mais pesado da banda, e as letras são soturnas, falando de amores perdidos, pastores religiosos charlatães, morte e descrença na humanidade e sua “desumanização” para a tecnologia... porém, um detalhe faz toda a diferença: os riffs matadores e avassaladores de Tony Iommi.

Sempre achei a combinação Iommi/Dio, perfeita, na medida correta, e neste disco, tudo dá certo, já que Dehumanizer não tem sequer, uma música ruim.

“TV Crimes”, “Computer God”, “Too Late”, “I”, “Letters From Earth”, “Master of Insanity” e todas as outras canções, dão um pique incrível ao ouvinte, que chega animado pela sexta-feira que se aproxima.





Sexta – Feira:
Kiss, Dressed To Kill.
 

Qualquer álbum do Kiss dos anos 70, é sempre boa pedida para qualquer dia da semana. Este álbum em especial, é animação total. O disco não tem baladas, e o repertório é matador, daquela época, em que os membros da banda ainda eram amigos e compunham juntos. Paul Stanley e Gene Simmons eram uma espécie de “usina de boas músicas”, já que o disco conta com “Room Service”, “C’mon And Love Me”, “She”, “Two Timer” e o maior clássico da banda, o hino “Rock N’ Roll All Nite.

Sexta-feira, é o melhor dia da semana (mais precisamente na hora da largada do trabalho), então na vinda para casa, o Kiss dá o ânimo correto e necessário para esperar pelo nosso “amado” sábado, e chegar na sexta, no fim do dia embalado pelo Kiss e chegar em casa e beber aquela Heineken que está geladinha, escondida lá no fundo do refrigerador.



Estas foram as discas para se ter uma ida e uma vinda tranquila, ou menos penosa, ao trabalho.


Espero que gostem.




Abraço.

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