sexta-feira, 25 de julho de 2014

Trovando Sobre: DISCOS SUPERESTIMADOS.

Dias atrás, escrevi um texto sobre discos que eu julgo serem injustiçados pelos fãs e pela crítica. Para hoje, pensei em fazer o contrário...

Pensei em citar nesse espaço, discos que considero fracos, mas que por algum, ou alguns motivos que não compreendo foram taxados de “excelentes”, “ótimos” entre outros adjetivos.

Não vou citar a “obra” da minha "amigona" Madonna, pois não haveria espaço aqui, já que TODA a obra do misto de “cantora e vagabunda”, (segundo o Mestre Chico Anysio) é extremamente superestimada (e ruim), para o meu gosto.

Então tá, meus discos superestimados são estes:


Amy Winehouse – Back To Black, 2006.

“Branca com voz de negra”, “nova Diva do Soul”, “voz única”, “ícone”. Absurdos como estes eram frequentemente usados para definir a cantora britânica, à época do lançamento de seu segundo álbum, o mediano “Back To Black”.

Lembro que na época que saiu o disco, só se falava em como Amy era boa, em como suas canções eram inovadoras, em como o disco foi bem produzido... Hein?

Qualquer ser humano que tenha tido a sorte de ter ouvido cantoras do porte de Dusty Springfield, Janis Joplin e Linda Ronstadt ficou de estômago embrulhado ao ver tamanha “babação” por um disco que nada mais é do que o resultado da influência requentada destas e de outras artistas. Amy Winehouse cantando ao vivo era apenas boa, e quando se afundou nas drogas, o que era mediano, ficou terrível, uma coisa amadora, mesmo... Sabe bêbado cantando em karaokê? Os shows de Amy viraram isso, no fim de sua breve carreira.

Seu segundo disco definitivamente, não é nenhuma espécie de “salvação” em nenhum easpecto.





Radiohead – Kid A, 2000.
Não existe nada que não possa piorar, certo? O Radiohead é a prova viva disso.
Quando lançaram o bom “Ok Computer”, anteriormente a este trabalho horrível, a crítica já babou em cima, taxando o disco de revolucionário. “Ok Computer” não é ruim, mas posso citar facilmente dez discos mais “revolucionários” que ele.

Então, logo depois deste lançamento, fãs e críticos estavam ávidos pelo “próximo passo” da banda inglesa, quando que soltam este disco de “Rock pra e.t.”... sim, pois acho que somente alienígenas podem gostar e entender, o que significado “profundo” dos barulhinhos eletrônicos, daquelas baterias eletrônicas programadas, daqueles “loops” chatos, e daquelas letras tão animadas quanto eu, em culto evangélico.

O disco é chato, ponto final. O disco é frio, e me parece ter sido feito com um pensamento na cabeça dos músicos: “Somos gênios, temos que  criar algo espetacular... mas se bem que tudo o que criamos é espetacular, né...”.

Pretensão e sonolência definem o Radiohead pra mim.





The Strokes – Angles, 2011.

Vamos falar a verdade, certo? Os Strokes lançaram apenas dois discos que prestam, o primeiro disco da banda (Is This It) e o segundo (Room on Fire), o terceiro álbum (First Impressions Of Earth) até que tem umas quatro ou cinco boas canções, mas a maionese já começava a desandar ali mesmo.

Se o terceiro disco tinha algumas canções de qualidade, este quarto álbum da banda me parece mais perdido que ator da Malhação interpretando Hamlet.

Talvez por estarem em um momento delicado (alguns integrantes tiveram problemas com drogas), o disco parece preguiçoso, desleixado e uma “maçaroca” sonora, que se os músicos estivessem sendo influenciados pelo som da banda Calypso, eu não me surpreenderia.

Mas por motivos que eu nem imagino, a crítica, se derramou em elogios ao trabalho, usando aqueles velhos chavões (“inovador”, “maduro”, “ousado”). Puro blá, blá, blá.

O pior, é que quando a banda lançou seu quinto disco, o pavoroso Comedown Machine, nem a crítica conseguiu engolir a ruindade do trabalho, e reconheceu que a produtividade da banda está em declínio.

Sou fã dos caras, mas reconheço que não são grandes músicos e que nunca foram “a nova esperança do Rock”, os Strokes são apenas uma bandinha legal, que não tem vergonha de “chupar” do Velvet Underground, do Television, do Talking Heads, do Blondie, dos Ramones e outras bandas nova iorquinas da década de 70.




U2 – No Line On The Horizon, 2009.

O U2 já começou errado nesse álbum... a banda foi gravá-lo na Índia.

Bono Vox, na época das gravações, declarou que o álbum iria “abalar as estruturas da música, e que iria ser uma revolução sonora”. Mentiu pro tio, Bono.

Assim como aconteceu com os Strokes, o álbum me parece perdido, sem foco e com dezenas de influências, que não agregam qualidade ao som, pelo contrário, deixam o trabalho parecendo uma espécie de “colcha de retalhos”, com músicas desconexas e sonoridade fraca.

O álbum foi sucesso de vendas, como de praxe, quando se trata de U2, algumas músicas tocaram no rádio e a crítica e a maioria dos fãs, aprovou o álbum.

Eu comprei o disco na semana de lançamento, e de cara, não me agradou, e até hoje, não me agrada. Ouvi muito quando comprei, (até porque do contrário, não poderia opinar, não é mesmo?) e depois “larguei de mão”.

Mas indiscutivelmente, entre as músicas do disco, está uma pérola, umas das maiores canções da banda, a linda “Moment Of Surrender”.

O U2 mesmo quando erra, sempre dá uma “acertada”.





Rolling Stones – Their Satanic Majesties Request, 1967.

Tem duas coisas que tiram do sério sobre os anos 60... hippies e Rock Progressivo. 

Neste disco, os Stones tentam criar o seu álbum “progressivo” e temático, numa clara tentativa de imitar o clássico “Sargent Peppers” dos Beatles.

A única coisa boa deste disco é a capa.

O grupo soa perdido, falso, e buscando ser o que não eram e nunca foram, uma banda “cerebral”, e com músicas de conteúdo de vanguarda.

As músicas dos Stones são sobre drogas, sexo, festas, mulheres, amor e sobre as relações humanas, e "era" isso.

Tentei por diversas vezes ouvir o disco até o fim, mas acho que só consegui umas duas ou três vezes, mais que isso foi impossível, tamanha a monotonia que o disco despeja sobre o ouvinte.

Eu gosto de 85 a 90% de toda a obra dos Rolling Stones, mas esse disco, que é adorado e chega a ser idolatrado por alguns, pra mim é intragável. Alguns malucos, taxam o trabalho como uma das melhores coisas já produzidas por Jagger/Richards... só podem gostar de guaraná Dolly, serem fãs do Luciano Huck, considerarem “50 Tons de Cinza" algo além de papel higiênico, e gostarem de comer ovo... gente doida, em resumo.




Esses foram os discos superestimados... garanto que não vou ouvir nenhum deles, e não recomendo a ninguém que o faça.




Um abraço.

2 comentários:

  1. Ahhh, deixou tua amigona de fora novamente, eu adoraria, pois seria um texto gigantesco para vc falar mal de 27 álbuns!!!
    Colocaria tmbm o ´´21´´ da enjoada da Adele.
    Mas nada que tire aquele gostinho de ler seus textos.
    Sou um, mas aprendi o que é qualidade e seus textos são de muita.
    O texto foi postado bem no dia do escritor, então atrasado aqui mas, parabéns meu preferido!!!
    Abs...

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