O formato “festival” nunca me agradou muito. Em festivais,
muitas vezes, as bandas encurtam o repertório a ser tocado, não usam todos os
seus artifícios cênicos, e geralmente ocorrem pausas (longas) entre uma banda e
outra a entrar no palco.
A grande vantagem de ir à um festival, é ouvir (ou conhecer)
várias bandas pagando o valor de um ingresso, que seria no mesmo valor de um
ingresso para se assistir a uma única banda.
Em abril, meu amigo Rodrigo e eu iremos assistir ao festival
“Monsters Tour”, no estádio do
Zequinha, onde se apresentarão na sequência: Motorhead, Judas Priest e Ozzy
Osbourne.
Já assisti a dois shows de Ozzy em Porto Alegre, um solo e
um com o Black Sabbath. Nunca vi o Judas Priest ao vivo e confesso não ser um
grande conhecedor do trabalho do grupo, mas admiro e respeito muito o heavy metal clássico que os caras tocam.
Será muito legal ser “apresentado” ao trabalho do Judas dessa forma, em um show
ao vivo.
O principal motivo da minha ida a este festival é o
Motorhead. Desde o meu segundo grau, sou um grande fã da banda inglesa de Rock N’ Roll (Lemmy Kilmister,
vocalista, baixista e fundador da banda odeia o termo “heavy metal” para definir o som da banda). Inclusive, uma das
primeiras camisetas de bandas que usei na vida, era do Motorhead, com a capa do
álbum March Or Die estampada.
Lemmy é uma figura. Um senhor de quase 70 anos que até pouco
tempo, bebia Jack Daniel’s com coca cola o dia inteiro e “comia” cigarros, ao
invés de fumá-los. Cocaína e anfetaminas também faziam parte da “dieta” do cara,
até que ele passou por uma cirurgia cardíaca seríssima e teve de maneirar no estilo
de vida selvagem que levava. Lemmy vive, come, dorme e respira Rock N’ Roll. Para muitos, ele é a
personificação do Rock.
Achei a escalação e até a ordem das apresentações muito
coesa no “Mosters Tour”, pois já estive em um festival chamado Rock In Rio em 2001, onde fui assistir
Oasis e Guns N’ Roses, mas tive passar por Pato Fu, Carlinhos Brown (não, não
atirei garrafas de plástico no cara), Ira & Ultraje a Rigor e Papa Roach...
não foi fácil, e eu estava na pista, de pé.
Outro ponto positivo do “Monsters
Tour” é o espaço de arquibancadas, que eu muito aprecio, pois assim, posso
ficar sentado bebendo a minha cerveja gelada e indo e vindo do banheiro à
vontade, e só me levantar na hora dos shows.
Ouvi que novamente o “Rock”
In Rio trará pela terceira vez consecutiva o Metallica. Será que a banda
fechou uma espécie de “pacote”, ou deu um desconto especial? Poxa, será que não
dava para trazer o AC/DC, o Aerosmith, o Motley Crue, ou o The Who, grandes e
importantíssimas bandas do Rock fizeram pouquíssimas apresentações no Brasil,
ou que mesmo nunca vieram ao nosso país.
Além do Metallica, vi que o tal Slipknot vem de novo. Vieram
ano passado fazendo esse mesmo showzinho para guris de 15 anos que ficaram em
recuperação na escola e que são fodões no vídeo game, mas treme ao dar um “oi”
para as gurias na escola... acho esse Slipknot fake... muito fake.
Se eu fosse organizar um festival (o chamaria de
Sandrostock), eu traria as seguintes bandas:
1ª Noite (Rock N’ Roll Clássico);
The Who
Aerosmith
Tom Petty and The Heartbreakers
Ace Frehley
Abertura: Barão Vermelho
2ª Noite (Heavy);
AC/DC
Motorhead
Whitesnake
Motley Crue
Abertura: Raimundos
Como dizia a canção: “Sonhaaaaar, não custa nada... não se
paga para sonhar...”.
É isso.
Um abraço.
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