Hoje, darei início a uma nova “série”, aqui do blog. Temos
séries sobre gibis, filmes, discos, entre outras maravilhas. Hoje darei início a uma série
sobre canções do Rock. Mais especificamente, as mais lindas e importantes
canções da história do Rock, com enfoque na letra da obra.
E para começar muito bem, trarei uma canção traduzida por
mim, de um dos maiores compositores de todos os tempos, Bob Dylan.
A proposta aqui, é que eu traduza a canção com as minhas
palavras, buscando ser fiel ao meu jeito de escrever e falar, mas também mantendo a essência do que o compositor escreveu. Não darei
detalhes sobre a composição, ou os fatores que contribuíram para a criação da
canção, deixarei isto a cargo da imaginação e da sensibilidade de cada leitor.
Shelter From The Storm
(Bob Dylan)
Álbum: Blood on The Tracks
“Foi em uma
outra vida
Uma vida de trabalho
duro e sacrifícios
Quando trevas eram virtude
E a minha estrada
estava coberta de lama
Eu estava só
Uma criatura vazia de
formação
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade."
E se eu passar por
aqui novamente
Pode ficar sossegado
Eu sempre farei o meu
melhor para ela
Eu lhe dou a minha
palavra
Em um mundo onde a
morte tem olhos de aço
E homens estão
matando para se manterem aquecidos
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo
da tempestade. "
Nenhuma palavra foi
dita entre nós
Havia pouco risco
envolvido
Tudo até aquele ponto
Foi deixado sem
resolver
Tente imaginar um
lugar
Onde é sempre seguro
e aquecido
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade. "
Eu estava exausto
E enterrado no
granizo
Envenenado, jogado
nos arbustos
E fora dos trilhos
Caçado pelos
crocodilos
Devastado no meio da
plantação
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade."
E de repente eu me
viro
E ela está ali de pé
Com braceletes de
prata nos seus pulsos
E flores em seu
cabelo
Ela se chegou a mim
tão graciosamente
E retirou minha coroa
de espinhos
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade. "
Agora existe um muro
entre nós
Algo se perdeu
Fiquei mal acostumado
demais
Não entendi os sinais
E pensar que tudo
começou
Em uma longa e
distante manhã
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade."
Bem, o homem da lei anda
sobre pregos
E o pastor cavalga em um
morro
Mas nada disso realmente me
importa
Somente a ruína em
que me encontro
E o agente funerário
caolho
Que sopra uma melodia
fútil
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade."
Eu já ouvi bebês
recém nascidos
Chorando como pombos tristes
E anciões banguelas
Largados sem amor
Se eu entendo a sua pergunta,
cara?
Para sempre sem
esperança e desamparado?
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade."
Em uma pequena vila
no alto do morro
Eles negociam as
minhas roupas
Já eu, negociei a minha
salvação
Eles me deram uma
dose letal
Eu lhes ofereci minha
inocência
Fui pago com
desprezo
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade. "
Bem, agora estou
morando em um país estrangeiro
Mas qualquer dia desses,
cruzo a fronteira
A beleza caminha pelo
fio da navalha
Algum dia, terei a
minha vez
Se eu ao menos pudesse
voltar o relógio
Para quando Deus e
ela nasceram...
"Pode
entrar" ela disse
"Lhe darei
abrigo da tempestade. ".
Espero que gostem.
Um abraço.
Adorei a nova série, pois assim, falta de assunto para fazer um texto novo é que não vai ter!!!
ResponderExcluirParabéns pelos textos e pelas brilhantes ideias malucão.
Abraços!!!
ExcluirValeu, loka. Obrigado por ler. Abraços.