sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Trovando Sobre: CARRY US ALL – OASIS.


Para o texto de hoje, traduzi a canção “Carry Us All”, do Oasis. Mais uma das soberbas composições do genial Noel Gallagher (hoje em dia, nem mais tão genial assim). A música não faz parte de nenhum álbum oficial do Oasis, é um reles lado B do single da canção “Sunday Morning Call”, música do inconsistente disco de 2000, Standing on The Shoulder of Giants.

Somente um compositor acima da média, poderia menosprezar uma música dessas. Uma das letras mais impressionantes e pessoais de Noel Gallagher.

Durante um período instável na banda (reabilitações e troca de integrantes), Noel compõe uma canção espiritual e forte... e a “esconde” dos fãs.



Carry Us All
(Noel Gallagher)
Álbum: Single de Sunday Morning Call (Lado B)
Ano: 2000



“Eu ouvi alguns boatos no rádio
Mas eu não me preocupei
Eu só me sentei e não me preparei
Para encarar a chuva que cai solitária
E agora, eu só posso lamentar
Porque eles podem me afogar como um boneco


Eles me pegaram entrando e saindo do tempo
Eu me sinto ao menos, autêntico
Guardião do certo e do errado
E eu sei de quase tudo o que houve, mas me deixe esclarecer


Todos procuram a solução rápida e certeira
Mas a fé em qualquer Deus vai sepultar a todos nós
Ninguém vai lutar em uma revolução perdida
Ter fé no que temos e somos, vai carregar a todos nós
Carregar a todos nós.


Eu me encolho até que os profetas reapareçam
Eu tento não me preocupar
Eu só estou tentando me preservar
Esses pecados todos, eu tenho que sacudi-los de dentro de mim
Pensei que poderia escapar
Porque eles só estão tentando fazer com que eu me sinta fraco


Eles me pegaram entrando e saindo do tempo
Guardião do certo e do errado
E eu sei de quase tudo o que houve, mas me deixe esclarecer

Todos vão para a solução rápida e certeira
E todos procuram a solução rápida e certeira
Mas a fé em qualquer Deus vai sepultar a todos nós
Ninguém vai lutar em uma revolução perdida
Ter fé no que temos e somos, vai carregar a todos nós
Carregar a todos nós.


Todos procuram a solução rápida e certeira
Mas a fé em qualquer Deus vai sepultar a todos nós
Ninguém vai lutar em uma revolução perdida
Ter fé no que temos e somos, vai carregar a todos nós
Carregar a todos nós
Carregar a todos nós.”.





Espero que gostem.

Um abraço.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Trovando Sobre: SHELTER FROM THE STORM – BOB DYLAN.


Hoje, darei início a uma nova “série”, aqui do blog. Temos séries sobre gibis, filmes, discos, entre outras maravilhas. Hoje darei início a uma série sobre canções do Rock. Mais especificamente, as mais lindas e importantes canções da história do Rock, com enfoque na letra da obra.

E para começar muito bem, trarei uma canção traduzida por mim, de um dos maiores compositores de todos os tempos, Bob Dylan.

A proposta aqui, é que eu traduza a canção com as minhas palavras, buscando ser fiel ao meu jeito de escrever e falar, mas também mantendo a essência do que o compositor escreveu. Não darei detalhes sobre a composição, ou os fatores que contribuíram para a criação da canção, deixarei isto a cargo da imaginação e da sensibilidade de cada leitor.



Shelter From The Storm
(Bob Dylan)
Álbum: Blood on The Tracks
Ano: 1975


“Foi em uma outra vida
Uma vida de trabalho duro e sacrifícios
Quando trevas eram virtude
E a minha estrada estava coberta de lama
Eu estava só
Uma criatura vazia de formação
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade."


E se eu passar por aqui novamente
Pode ficar sossegado
Eu sempre farei o meu melhor para ela
Eu lhe dou a minha palavra
Em um mundo onde a morte tem olhos de aço
E homens estão matando para se manterem aquecidos
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade."


Nenhuma palavra foi dita entre nós
Havia pouco risco envolvido
Tudo até aquele ponto
Foi deixado sem resolver
Tente imaginar um lugar
Onde é sempre seguro e aquecido
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade."


Eu estava exausto
E enterrado no granizo
Envenenado, jogado nos arbustos
E fora dos trilhos
Caçado pelos crocodilos
Devastado no meio da plantação
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade."



E de repente eu me viro
E ela está ali de pé
Com braceletes de prata nos seus pulsos
E flores em seu cabelo
Ela se chegou a mim tão graciosamente
E retirou minha coroa de espinhos
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade."


Agora existe um muro entre nós
Algo se perdeu
Fiquei mal acostumado demais
Não entendi os sinais
E pensar que tudo começou
Em uma longa e distante manhã
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade." 


Bem, o homem da lei anda sobre pregos
E o pastor cavalga em um morro
Mas nada disso realmente me importa
Somente a ruína em que me encontro
E o agente funerário caolho
Que sopra uma melodia fútil
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade." 


Eu já ouvi bebês recém nascidos
Chorando como pombos tristes
E anciões banguelas
Largados sem amor
Se eu entendo a sua pergunta, cara?
Para sempre sem esperança e desamparado?
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade." 


Em uma pequena vila no alto do morro
Eles negociam as minhas roupas
Já eu, negociei a minha salvação
Eles me deram uma dose letal
Eu lhes ofereci minha inocência
Fui pago com desprezo
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade."


Bem, agora estou morando em um país estrangeiro
Mas qualquer dia desses, cruzo a fronteira
A beleza caminha pelo fio da navalha
Algum dia, terei a minha vez
Se eu ao menos pudesse voltar o relógio
Para quando Deus e ela nasceram...
"Pode entrar" ela disse
"Lhe darei abrigo da tempestade. ".




Espero que gostem.


Um abraço.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Trovando Sobre: O LUXO E O LIXO CINEMATOGRÁFICO DO FIM DE SEMANA.


Sábado, tivemos um grande temporal em São Leopoldo (e em diversas cidades do RS), e como de costume, quando chove mais forte em São Leopoldo, a cidade vira um caos. Apesar dos alagamentos, árvores caídas e outros transtornos, tive apenas dois incômodos: Fiquei sem internet (por algumas horas) e sem Sky (o domingo inteiro).

Sei que em vista dos enormes prejuízos que outras pessoas tiveram, eu sequer, posso reclamar. Na verdade, esse incômodo da falta de TV por assinatura, me ajudou a colocar em dia, alguns filmes que eu queria ver, mas que não tinha tido como anteriormente, já que a TV lá em casa, é partilhada por dois (logo, por três).

Assistimos três filmes, mas vou focar o post de hoje, sobre dois filmes, apenas. Um excelente e subestimado, e outro, péssimo e extremamente superestimado... o “luxo e o lixo’ do título.

O Luxo:

O Abutre.



Louis Bloom é um cara determinado e obstinado, além de boa pinta, educado, de boa lábia e um tanto quanto observador. Louis também é um psicopata nojento, asqueroso, sem nenhuma noção de moral, ética e caráter. Louis parece um buraco negro, ele quer mais, mais e mais.

O cara vive de pequenos roubos, desde cercas de metal e fios de cobre, a relógios e bicicletas. Louis vive sozinho, e vara as noites cometendo pequenos furtos para faturar uma grana fácil e rápida. Uma noite, presencia um acidente de trânsito fatal, e vê um homem filmando tudo o ocorre durante a tragédia. Ao saber que este tipo de filmagem é vendido a emissoras de televisão que procuram este tipo de brutalidade para exibir a telespectadores cada mais sedentos por verem sangue e violência, enquanto tomam café da manhã, Louis vê a oportunidade de construir uma carreira, registrado a podridão e a sordidez humana.

O filme é um relato assustadoramente real e preciso do fascínio da sociedade por violência gratuita e sensacionalista. Programas policiais de quinta categoria e telejornais interessados apenas em audiência, sem se preocupar muito em checar fontes, parecem ser “o que o povo quer ver”, como se assistindo aquelas tragédias acontecerem com os outros, isso de certa maneira nos reconfortasse... sabe aquele pensamento horrível: “Que bom que não é comigo...”. Pois é.

Louis Bloom, interpretado com maestria pelo eterno Donnie Darko, o soberbo e intenso ator Jake Gyllenhaal, se tornou referência para mim. Nos últimos anos, não me lembro de ter visto uma atuação tão arrasadora como a de Gyllenhhal. A expressão facial, e o olhar do ator, em momentos de cinismo, raiva, ou até prazer em filmar acidentes fatais, incêndios e pessoas agonizando a seus pés são assustadores.  A cena onde Bloom entra em uma mansão onde uma família foi assassinada, para filmar os cadáveres e vê um homem agonizando e também o filma, sem demonstrar qualquer tipo de compaixão, é incrível. Isso é só um pequeno exemplo das “peripécias” do cara. Um filme brilhantemente escrito, dirigido e com excelentes atuações coadjuvantes (Rene Russo está soberba, como a redatora chefe de um tele jornaleco sensacionalista. O ator que interpreta o assistente de Bloom também está fantástico no papel).

“O Abutre” retrata o cada vez mais agravante isolamento emocional dos seres humanos uns para com os outros. Um filme triste, perturbador e impactante.



O Lixo:


Garota Exemplar.


Noventa e nove por cento das críticas que li quanto a este filme, adjetivos como “genial”, “inovador”, “surpreendente”, “inovador” foram usados. Eu usaria outros, como “sem noção”, “inverossímil”, “chato”, “sem pé e sem cabeça”, entre outros.

Não sei o que o excelente diretor David Fincher fumou, cheirou ou bebeu enquanto dirigia esse quadro dos Trapalhões com duas horas e meia de duração. Poucas vezes, eu vi um filme tão mal escrito, tão mal dirigido e terrivelmente atuado com este.

Ben Afleck vinha em uma ascendente em sua carreira após filmes excelentes como “Argo” e “Atração Perigosa”, por exemplo. Além disso, o ator será o novo Batman! Como é que o cara, depois de ver o filme pronto, não implorou que todas as cópias fossem destruídas?

Esse samba do crioulo doido tenta ser um thriller de suspense como “Sobre Meninos e Lobos”, e fracassa totalmente. A história é o sobre o desparecimento de uma mulher chamada Amy, que inspirou uma série de livros infantis, escritos por seus pais, chamada “Amazing Amy”, ou “Incrível Amy”. O principal suspeito do desaparecimento, e provável homicídio é o marido da moça, interpretado pelo Cigano Igor, opa, quer dizer Ben Afleck.

Um dos grandes mistérios da humanidade, é como a atriz Rosamund Pike consegue trabalhos de atuação. Nunca vi sequer, um filme onde essa moça (linda, por sinal) atua com um mínimo de naturalidade ou desenvoltura. Suas caretas ao demostrar pânico, tesão, felicidade, ou espanto me parecem aqueles olhares bovinos, de gado prestes a ser abatido. A mulher “chora” de ruim.

As mil e oitocentas reviravoltas da história, servem apenas para tapar os furos de um roteiro debiloide, feito sob medida para fãs de baboseiras como “50 Tons de Cinza” e “Trapaça”. 

Não lembro de ter visto recentemente, um filme tão inverossímil e tão pretensioso.


Esses foram o “luxo” e o “lixo” do final de semana. Espero que venham muito mais “luxos”, como “O Abutre”, e tentarei cada vez mais, evitar os lixos...



Espero que gostem.




Abraço. 

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Trovando Sobre: O MELHOR DE 2014.


2014 foi um ano excelente para mim. Arrumei um bom e estável emprego depois de algumas péssimas experiências, fui a lugares novos, conheci pessoas legais e revi amigos muito queridos.

E o principal de tudo: A vinda do meu filho Vicente... essa foi a “cereja do bolo”, o ponto alto não só do ano, mas da minha vida inteira!

Tive também, a sorte de poder ter ouvido, assistido e lido muita coisa legal.

Por esses motivos todos, resolvi trazer para os amigos hoje, quais foram na minha opinião, os melhor disco, o melhor filme, o melhor livro e o melhor dvd lançados em 2014, uma espécie de “troféu imprensa”, aqui do blog.

Aí vão os melhores do ano:



Melhor disco: Sonic Highways – Foo Fighters.


Li o texto de um crítico debiloide detonando o disco, dizendo que era um trabalho “perdido, sem consistência e fraco”. Besteira.

Sonic Highways é o melhor álbum da banda do gente fina Dave Grohl. Em tempos de artistas que lançam discos com quinze músicas, e que apenas três ou quatro prestam, os Foos conseguiram lançar um disco com oito canções, sendo sete delas, fantásticas.

The Feast and The Famine”, “In The Clear”, “I Am a River”, “Congregation” e “Something From Nothing”, são hinos, que eu espero ansiosamente por ouvir ao vivo, em janeiro no histórico show que a banda apresentará em Porto Alegre.






Melhor filme: Planeta dos Macacos – O Confronto.


Ficou pau a pau com  X Men – Dias de um Futuro Esquecido... mas entrego a taça ao Planeta dos Macacos, pelo conjunto da obra. O primeiro filme, foi espetacular, e para esse segundo, a minha perspectiva era a pior possível, mas eu estava enganado.

O filme é sensacional, e conta com a força de um roteiro extremamente bem escrito, uma direção firme e minuciosa e um elenco de atores desconhecidos, porém, de altíssimo nível. O nome mais famoso do elenco é o fenomenal Gary Oldman.

Por tratar de um tema tão denso e delicado (preconceito e co existência de espécies), de uma maneira tão digna e estruturada, este foi o melhor filme de 2014, sem dúvidas.






Melhor programa de TV: Sonic Highways – Canal Bis.


Esse foi o ano do Foo Fighters. Além de um disco soberbo, Dave Grohl ainda escreveu, produziu e dirigiu este documentário que segundo ele, é uma “carta de amor a música americana”. 
Grohl registrou a gravação das oito canções do álbum em oito clássicos estúdios de gravação pela América. Cada canção foi gravada em uma sala de gravação e em um estado americano diferente. Coisa de gênio...

É comovente assistir as entrevistas de Grohl com os heróis locais de cada estado. Por exemplo, Buddy Guy foi entrevistado em Chicago, Tony Joe White e Dolly Parton em Nashville, em Washington foi Steve Albini, entre outros músicos como Slash, Willie Nelson, Rick Nielsen que foram entrevistados nestes e em outros estados. Até "não músicos", como um tal de Barack Obama foi entrevistado.

Uma aula de música... e de sabedoria.







Melhor livro: Bruce.


Disparado, e sem concorrentes à altura, a biografia do músico Bruce Springsteen é o melhor livro do ano. Bruce é um dos mais clássicos rockeiros de todos os tempos, um dos compositores e cantores mais importantes da história do Rock.

Em sua biografia, escrita pelo autor Peter Ames Carlin, que teve acesso direto a Bruce, e sem “filtros” impostos pelo astro, ao autor no processo de realização, podemos acompanhar a trajetória de Bruce, desde a sua infância feliz até a sua batalha pelo estrelato e os amores, perdas, vitórias e derrotas do “Boss” de New Jersey.

Um livro de cabeceira para qualquer um que goste e se interesse por Rock.




Estes foram os melhores de 2014. Todos altamente recomendáveis aos amigos que quiserem dicas do que ouvir, ler, ver e etc.



Espero que gostem.




Um abraço.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Trovando Sobre: OS SOLOS DE GUITARRA MAIS CLÁSSICOS DO ROCK – 2ª PARTE.





Então tá, hoje daremos sequência a minha lista dos solos mais clássicos, marcantes e importantes do Rock. Não foi fácil chegar em apenas dez, mas depois de muito queimar os poucos neurônios que ainda me restam, terminei esta árdua tarefa.

Um solo de guitarra bem executado, é como o “molho” da canção, funciona quase como um “orgasmo sonoro”, pois geralmente, o solo é ápice da música.

Seguem os cinco primeiros da lista:


5) Back In Black – Angus Young.


O AC/DC é uma banda indiscutivelmente, de “guitarras”. Angus Young, além de ser o guitarrista solo do clássico e maravilhoso grupo australiano, é a figura de “frente” da banda, o líder e a “cara” do AC/DC. As canções da banda, sempre tem riffs e solos marcantes, mas é impossível não reconhecer a introdução e o solo desta obra de arte do Rock.

“Back In Black”, dentre os muitos clássicos do AC/DC, talvez seja o mais conhecido e e por vezes imitado, mas nunca, jamais, superado. Qualquer fã e de Rock, já tocou “air guitar” ao som dessa música.




4) Sympathy For The Devil – Keith Richards.


Keith Richards é um dos maiores criadores de riffs da história do Rock. É impressionante o que esse senhor criou em 50 anos de carreira dedicados ao Rock N’ Roll. Eu poderia citar tantas canções do catálogo dos Stones, mas escolhi essa, por ter um solo, e apenas um riff que simbolizam como um verdadeiro guitarrista de Rock deve soar.

O solo da canção é simples, original e marcante, como toda a expressão genuinamente artística deveria ser. Keith tem uma conexão física e espiritual que liga seu coração, a ponta de seus dedos. “Sympathy For The Devil” e seu solo, são apenas uma prova disto.




3) All Along The Watchtower – Jimi Hendrix.


Só um gênio poderia “melhorar” uma canção de outro.  Nesta canção de Bob Dylan, o maior guitarrista de todos os tempos, o senhor James Marshall Hendrix, faz um trabalho impecável, ao acelerar e encorpar a música. Hendrix sempre foi um mestre do improviso e a guitarra, parecia não ter mistérios para ele. Parecia que o instrumento e o músico faziam amor em pleno palco, tamanha a sintonia de ambos.

Na sua versão deste clássico, Hendrix despeja um solo tão poderoso, que chega espantar quem ouve pela primeira vez. Um dos melhores trabalhos de um cara que sempre fazia o melhor.




2) While My Guitar Gently Weeps – Eric Clapton.


Raros foram os abençoados que participaram de sessões de gravação com os Beatles. Creio que além de Clapton, mais dois ou três, apenas. Clapton foi chamado por George Harrison, para solar nessa canção, já que o compositor não conseguia expressar através de um solo, o sentimento que a canção pedia.

Clapton fez um trabalho eterno, que daqui há 350 anos ainda será estudado por músicos sérios, que queiram aprofundar o seu conhecimento musical. É o mais belo de todos os tempos, criado em uma época distante, quando música era arte.




  1)      Johnny B. Goode – Chuck Berry.


Todo e qualquer músico de Rock que componha, cante e toque guitarra, é influenciado por Chuck Berry. Todo, sem exceção. Essa canção é uma das pedras fundamentais do Rock, pelo simples fato de ter solos de guitarra. Antes de Berry, os solos no Rock N’ Roll, eram feitos por saxofonistas, e junto com Elvis, Chuck institucionalizou a guitarra como “O” instrumento do Rock N’ Roll.

Chuck influenciou tudo que veio depois dele, de Hendrix a Kings of Leon. E “Johnny B. Goode” tem até hoje, um dos solos mais reconhecíveis, incendiários e selvagens da história da música pop do século XX. Eu imagino o terror dos pais, quando essa música foi lançada, em 1955... os filhos querendo ser Chuck Berry e as filhas querendo transar com Chuck Berry. “Johnny B. Goode” mudou o mundo.



Esses foram os solos de guitarra mais clássicos e importantes na minha opinião. Tentei ser o máximo coerente possível, espero ter conseguido.


Espero que gostem.




Um abraço.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Trovando Sobre: OS SOLOS DE GUITARRA MAIS CLÁSSICOS DO ROCK - 1ª PARTE.


Olá amigos. 

Existem quatro coisas que tornam uma canção inesquecível para quem escuta. Uma bela melodia, um letra bem escrita, um ótimo desempenho vocal, e um solo de guitarra bem executado. Solos de guitarra são a "alma"  e a "assinatura" das músicas. Pensando nisto resolvi listar os solos de guitarra mais clássicos, marcantes e representativos da história do Rock.

Para tanto, como de costume, tentei listar apenas cinco exemplos, mas foi impossível.

Então, como já aconteceu em outras raras ocasiões, este texto será dividido em duas partes. 

Começarei de trás para frente, certo? Então, “vamo que vamo”!


10) Beat It – Eddie Van Halen.


Pelo que sei sobre esta pérola, ela foi “parida” por Eddie Van Halen no primeiro take de gravação! Dá para imaginar isso? Van Halen já era na época em que foi chamado por Michael Jackson para participar da gravação da música homônima ao disco de 1983, um dos maiores guitarristas de Rock do mundo.

Como Jackson vinha de um álbum extremamente bem sucedido comercialmente, e ao mesmo tempo experimental (Thriller), o “Rei do Pop”, quis manter a fórmula que havia dado certo, se aventurando pelo Rock, criando essa grande canção, e chamando o melhor guitarrista da época, para solar nela. Reza a lenda que Eddie não cobrou nada pelo trabalho! 

Que mancada, Eddie...





09) Live Forever – Noel Gallagher.


Uma vez, voltando de um show e conversando com uns amigos, chegamos a uma conclusão: Um solo de guitarra só é maravilhoso, quando se consegue "cantá-lo". O solo de “Live Forever”, é altamente “cantável” (e inesquecível). Umas das composições mais brilhantes do maior compositor dos anos 90, a canção (que fala sobre Peggy, mãe dos manos Gallagher), tem um solo lindíssimo, e ao mesmo tempo simples.

Não se trata de tocar 1240 notas por segundo, e soar como uma abelha raivosa, mas sim, de colocar o coração e a alma na pontas dos dedos... E Noel Gallagher é um mestre nessa arte.




8) November Rain – Slash.


O melhor solo de guitarra dos últimos vinte e cinco anos, segundo um amigo. Concordo plenamente.

O solo (na verdade, SOLOS, pois a música tem mais de um, e todos brilhantes), criado por Slash para esta canção muito pessoal de Axl Rose, é de uma beleza, de um bom gosto na escolha das notas crescentes, que é tão icônico, que é quase impossível que qualquer ser humano na face da Terra, que simpatize com Rock, o desconheça. O guitarrista conseguiu imprimir toda a dramaticidade que a letra e a melodia exigem, em notas de guitarra. Um trabalho de gênio, nada menos do que isso, pode-se dizer sobre esse solo.





07) Free Bird – Lynyrd Skynyrd.


Talvez “arrebatador”, seja um bom adjetivo para o solo desta obra prima do grupo do Alabama. O solo com estilo slide desta canção, é simplesmente não apenas a assinatura da banda, mas uma das “assinaturas”, do Rock como estilo. Uma harmonia perfeita, onde as notas, vão subindo na escala, até atingirem seu ápice do meio para o fim da canção.

Acho “Free Bird”, uma das mais sinceras declarações sobre o que é ser um músico de Rock no início de carreira nos anos 70. Uma canção épica.





06) Comfortably Numb – David Gilmour.


David Gilmour é indiscutivelmente, um dos maiores guitarristas do Rock, ponto final. Em 1979, quando o Floyd gravou o clássico álbum The Wall, Gilmour era um coadjuvante, já que o disco é praticamente, um trecho de uma autobiografia de Roger Waters (baixista e líder do grupo, até então).

Mas não se pode brincar com gênios, eles se enfurecem, e acabam revertendo essa “fúria”, em trabalhos impecáveis, como o de Gilmour no solo dessa canção. Tenho certeza, que o ressentimento que corroía o peito de Gilmour, devido à pouca participação no disco, fez com que ele se dedicasse muito, a criar solos que ofuscariam as canções de Waters. E Gilmour obtém sucesso nessa empreitada.

Nunca uma guitarra Fender Stratocaster soou tão bela, pungente e triste em uma canção de Rock. Nunca antes e talvez, nem depois.




Essa foi a primeira parte do texto, logo apresento para vocês os cinco primeiros solos da minha modesta preferência...



Espero que gostem.




Um abraço.