sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Trovando Sobre: BOAS REFILMAGENS.


Finalizando o assunto “refilmagens”, aqui no blog, hoje pretendo citar as refilmagens que considero positivas e de qualidade. Não acho que nenhuma delas supere o filme original, porém são respeitosas e seguem a linha de pensamento da versão original previamente filmada.

São elas:


Sete Homens e Um Destino, 1960.

















Refilmagem do clássico absoluto de Akira Kurosawa, “Os Sete Samurais”, “Sete Homens...”, é uma espécie de time dos sonhos de atores reunidos em um único filme. Charles Bronson, Yul Brynner, Steve McQueen, Eli Wallach, James Coburn e Robert Vaughn... só estes “principiantes”, para se ter ideia.

Os sete pistoleiros são contratados para defender um vilarejo dos constantes ataques de um bando de foras da lei.

As atuações de Steve McQueen e Yul Brynner, especificamente, como Vin e Chris, são espetaculares, pois ambos são os líderes dos pistoleiros mercenários. Ação, humor, e até sensualidade expressadas de forma sublime e sutil, como Hollywood não consegue mais fazer em décadas.

A direção de John Sturgess é certeira e acerta a mão, ainda mais tendo que lidar com os egos dos astros... imagino que não deve ter sido tarefa fácil para Sturgess agradar a todos. Filmaço.




Halloween, 2007.






















Esse eu descobri por acaso. Até porque achava muito pouco provável que o clássico absoluto de 1978, “Halloween”, de John Carpenter pudesse ser revisto de forma digna. Me enganei.

Um dia, mudando de canal, notei que este filme estava passando na TV a cabo, e como não havia nada melhor para assistir, resolvi vê-lo, despretensiosamente.

O filme do músico e cineasta Rob Zombie é excelente, pois centraliza sua atenção no personagem Michael Myers, o maior assassino da história dos filmes de terror. Zombie mostra desde a infância do maníaco, até a sua idade adulta, revelando uma vida de crueldades e mostrando como Myers era uma espécie de “mal encarnado”.

Se Carpenter direcionou o filme original a Lauren, irmã de Myers, Zombie criou uma biografia do assassino, rica em detalhes.




King Kong, 2005.






















Outro belo exemplo de mudança de enfoque que deu certo. Se nos outros filmes do gorila gigante, a história é centrada na fuga do macaco pela cidade de Nova Iorque, esta versão do diretor Peter Jackson, é focada na vida do “Rei Kong”, na horripilante e fascinante Ilha da Caveira, lar do gorila.

Achei genial a ideia de mostrar os rituais, costumes e vida do povo que habitava a Ilha da Caveira... sem contar que a caracterização dos habitantes da ilha é excelente.

Ótimos atores, unidos a um roteiro minucioso, e uma direção coerente fazem esta versão, quase tão boa quanto a icônica e clássica versão de 1976, com Jeff Bridges e a deusa Jessica Lange, no auge da beleza, enlouquecendo de paixão, tanto o King Kong, quanto os expectadores do filme.

São três horas de filme, mas que passam que como se fossem uma hora, apenas.






Bravura Indômita, 2010.






















Detesto John Wayne. Acho seus filmes piegas e nem um pouco conectados com a história real do velho oeste. Sem contar que o “Duke”, como era conhecido, era uma das pessoas mais desprezíveis a ter pisado neste planeta.

Frank Sinatra não suportava John Wayne, e sequer, conseguia ficar no mesmo recinto em que estivesse o "Duke".

O “Bravura Indômita” original, é um dos poucos filmes da carreira de Wayne que prestam, porém, a atriz, que era a protagonista do filme (então adolescente, na época), era péssima, e imprimia um tom “non sense” e completamente deslocado de comédia ao filme, que o deixava um tanto quanto chato.

Nesta refilmagem, a atriz mirim que interpreta a mesma personagem, empresta seriedade e uma certa rispidez ao interpretar a menina que contrata um ex xerife alcoólatra para vingar a morte de seu pai.

E Jeff Bridges está muito bem no papel que foi de John Wayne. Melhor, inclusive, do que Wayne.





Scarface, 1983.























Refilmagem do clássico filme de 1932, esta versão não se passa em Chicago, e Tony Montana tampouco é italiano, como na primeira filmagem. Desta vez, Tony Montana opera em Miami e é cubano.

Al Pacino interpreta o gângster de forma descontraída e até caricata, com um forte sotaque e trejeitos bem exagerados do traficante que “queria o mundo”.

Este foi um dos únicos filmes bons do mediano e superestimado diretor Brian De Palma, onde ele acerta a mão na direção, deixando Pacino livre para interpretar e improvisar à vontade. É notório que Pacino carrega o filme nas costas.

O filme é muito bom e tem algumas das cenas mais lembradas e alguns dos diálogos mais clássicos da carreira de Al Pacino (como o “say hello to my little friend!”). 

A cena onde uma transação dá errado, e Tony Montana e seus comparsas caem nas mãos de uma quadrilha, que os tortura com uma serra elétrica é igualmente clássica e marcante.

Outro momento excelente do filme, é em uma das  cenas finais, onde Tony aparece tresloucado,  cheirando uma montanha de pó, como se não houvesse amanhã... e para ele, não houve mesmo.



Estas foram as boas refilmagens, recomendo à todos os amigos que se possível, assistam.



Espero que gostem.



Abraço.





2 comentários:

  1. Adoro textos assim em sequência pois sei que terá mais de 1 e como adoro mais que Heineken né!!!!
    Legal ver esse comparativo de alguém tão bom quanto o amigo.
    E como hj é dia mundial do escritor, PARABÉNS pro meu favorito do mundo todo.
    Abração.

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    1. Obrigado, lambisgoia... obrigado pela amizade e pelos elogios. Abs.

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