sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Trovando Sobre: AS CAPAS DE DISCOS MAIS BONITAS DO ROCK – PARTE II.



Dando sequência a um texto que escrevi há uns dias, sigo com a “série”, sobre as mais belas e significativas capas de discos de Rock, na minha opinião.

Como já dito, creio que criar uma capa que expresse, todo o conteúdo musical de um álbum, é uma tarefa dificílima, eu diria até mais, eu afirmaria que criar capas icônicas, é uma Arte.

Muitas pessoas nem conhecem a música do artista, mas imediatamente o reconhecem pelas capas de seus discos.

Então, “segue o baile”:


What’ Goin’ On – Marvin Gaye.





















Acho linda esta foto do sensacional artista soul que foi Marvin Gaye. Para mim, ela expressa e muito claramente o conteúdo deste álbum repleto de joias musicais como “God Is Love”, “Mercy, Mercy Me”, “Save The Children”, e a clássica e maravilhosa música título do disco, a linda “What’s Goin’ On”.

O disco é sério, e aborda temas pesados, como uso de armamento nuclear e radiação, poluição desmedida, abuso de drogas, pobreza e discriminação sofrida pelos negros americanos, a guerra do Vietnã e a perda da fé na humanidade. Este disco é um marco, pois é um dos primeiros discos de soul, a não falar estritamente sobre amor. Aliás, pelo que me lembro, Gaye só fala de amor à Deus, somente amor espiritual, e nada de amor carnal, nas letras do álbum.

Entretanto, a foto da capa, com um Marvin Gaye sorrindo, mesmo que timidamente, demonstra esperança no futuro.  Acho que mesmo com um presente (na época) tão negativo, Marvin se mantinha com esperança e positivo quanto a um futuro melhor para a sociedade.

Pena que ele se enganou...





Out of Exile – Audioslave.





















Dúvida cruel... essa foto da capa, é um solo rochoso, ou é o mar?

Sempre acreditei na segunda opção, apesar de a banda nunca ter esclarecido a dúvida.

O Audioslave foi um “supergrupo”, formado pelos antigos membros do Rage Agaist The Machine, acrescidos do soberbo vocalista Chris Cornell. O som do Audioslave era calcado no hard rock dos anos 70, com influências de Deep Purple, Black Sabbath, Led Zeppelin e Grand Funk Railroad.

Out of Exile, é o segundo álbum da banda, e é altamente recomendado... canções como “Dandelion”, “Doesn’t Remind Me” e “Be Yourself” são muito boas, e Cornell é um baita interprete, sempre colocando a emoção certa, na hora certa.

Acho esta capa muito bonita e intrigante. Lembro de que quando comprei o disco, ficava ouvindo e admirando a capa, tentando resolver o “mistério”.

Pena que o Audioslave acabou de forma precoce... acho que tinham muito mais “lenha para queimar”.




Rubber Soul – The Beatles.





















Acho essa capa emblemática e muito representativa. Reparem bem:

Dos quatro “besouros”, apenas um olha diretamente para o “ouvinte”... apenas John Lennon.

Por quê? Porque ele parece dizer: “Eu sou líder”. E era mesmo.

Acho  a capa de Rubber Soul (na tradução, “alma de borracha”, mas o que o título realmente quer dizer é “soul de brancos”), forte e muito bonita, pois além da foto imponente, as cores usadas dão um tom um tanto quanto “psicodélico”, a capa. A posição da foto, também é muito adequada, e marcante.

Girl”, “In My Life”, “Nowhere Man”, Norwegian Wood”, “Michelle”... não são músicas, são tesouros que deveriam ser tombados como patrimônio da humanidade!

Rubber Soul é o meu disco favorito dos Beatles, e tem a capa mais bonita da discografia da banda, na minha modesta opinião.




There’s No Place Like America Today – Curtis Mayfield.





















A capa cujo título diz: “Não existe lugar como a América hoje”, é uma ilustração baseada nesta foto:


A foto diz: “O mais alto padrão de vida, não existe lugar como a América hoje”.

Esta foto retrata uma fila de pessoas, que no ano de 1937 sofriam com o desemprego e buscavam ajuda financeira para poderem comprar comida e roupas, ante o rigoroso frio do estado de Kentucky. Segundo o nosso “amigo” Danilo Gentili, estes cidadãos deveriam receber bananas para matar a fome.

Acho esta capa, incrivelmente forte, marcante e extremamente atual, não acham?


Curtis Mayfield era um soulman incrivelmente talentoso e um ferrenho ativista dos direitos civis.  Sua obra INTEIRA deveria ser objeto de estudo de qualquer pessoa que pense um dia, trabalhar com música.

Curtis foi um gênio contestador que criava Arte musical e neste caso, visual também.




Elvis Prelsey – Elvis Presley.





















Essa foto diz tudo. Na década de 50, Elvis foi o maior rebelde que já pisou neste planeta, por um simples motivo: Ele fazia as pessoas pensarem.

Elvis foi primeiro ídolo adolescente, ele (ou melhor, seu empresário, o Coronel Tom Parker), criaram o mercado de consumo para adolescentes. Se hoje, tu pode comprar uma camiseta de banda, ou um adesivo de carro, ou qualquer outra peça de merchandising, é graças ao Rei do Rock N’ Roll.

Essa capa transmite toda a fúria contra toda a incompreensão, toda a repressão (sexual, inclusive), e toda a frustação que um jovem devia sentir na década de 50, já que naquela época, ou se era criança ou adulto, não havia meio termo. Elvis personificava a juventude. Elvis personificava o Rock N’ Roll. Elvis É o Rock N’ Roll.

Está tudo ali. É só olhar, e não apenas “ver”.




Espero que gostem.




Grande abraço.

2 comentários:

  1. Eu ADOREI essa série de texto com as capas mais bonitas de álbuns. Cabe mais aí né? Simmmmmmmmmmm
    Os dois primeiros foram as duas primeiras indicações que o amigo me fez, emprestando ambos para eu escutar, sou nova e tenho boa memória.
    Ficou demais maluquinho, continue assim, abs

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