sexta-feira, 25 de julho de 2014

Trovando Sobre: DISCOS SUPERESTIMADOS.

Dias atrás, escrevi um texto sobre discos que eu julgo serem injustiçados pelos fãs e pela crítica. Para hoje, pensei em fazer o contrário...

Pensei em citar nesse espaço, discos que considero fracos, mas que por algum, ou alguns motivos que não compreendo foram taxados de “excelentes”, “ótimos” entre outros adjetivos.

Não vou citar a “obra” da minha "amigona" Madonna, pois não haveria espaço aqui, já que TODA a obra do misto de “cantora e vagabunda”, (segundo o Mestre Chico Anysio) é extremamente superestimada (e ruim), para o meu gosto.

Então tá, meus discos superestimados são estes:


Amy Winehouse – Back To Black, 2006.

“Branca com voz de negra”, “nova Diva do Soul”, “voz única”, “ícone”. Absurdos como estes eram frequentemente usados para definir a cantora britânica, à época do lançamento de seu segundo álbum, o mediano “Back To Black”.

Lembro que na época que saiu o disco, só se falava em como Amy era boa, em como suas canções eram inovadoras, em como o disco foi bem produzido... Hein?

Qualquer ser humano que tenha tido a sorte de ter ouvido cantoras do porte de Dusty Springfield, Janis Joplin e Linda Ronstadt ficou de estômago embrulhado ao ver tamanha “babação” por um disco que nada mais é do que o resultado da influência requentada destas e de outras artistas. Amy Winehouse cantando ao vivo era apenas boa, e quando se afundou nas drogas, o que era mediano, ficou terrível, uma coisa amadora, mesmo... Sabe bêbado cantando em karaokê? Os shows de Amy viraram isso, no fim de sua breve carreira.

Seu segundo disco definitivamente, não é nenhuma espécie de “salvação” em nenhum easpecto.





Radiohead – Kid A, 2000.
Não existe nada que não possa piorar, certo? O Radiohead é a prova viva disso.
Quando lançaram o bom “Ok Computer”, anteriormente a este trabalho horrível, a crítica já babou em cima, taxando o disco de revolucionário. “Ok Computer” não é ruim, mas posso citar facilmente dez discos mais “revolucionários” que ele.

Então, logo depois deste lançamento, fãs e críticos estavam ávidos pelo “próximo passo” da banda inglesa, quando que soltam este disco de “Rock pra e.t.”... sim, pois acho que somente alienígenas podem gostar e entender, o que significado “profundo” dos barulhinhos eletrônicos, daquelas baterias eletrônicas programadas, daqueles “loops” chatos, e daquelas letras tão animadas quanto eu, em culto evangélico.

O disco é chato, ponto final. O disco é frio, e me parece ter sido feito com um pensamento na cabeça dos músicos: “Somos gênios, temos que  criar algo espetacular... mas se bem que tudo o que criamos é espetacular, né...”.

Pretensão e sonolência definem o Radiohead pra mim.





The Strokes – Angles, 2011.

Vamos falar a verdade, certo? Os Strokes lançaram apenas dois discos que prestam, o primeiro disco da banda (Is This It) e o segundo (Room on Fire), o terceiro álbum (First Impressions Of Earth) até que tem umas quatro ou cinco boas canções, mas a maionese já começava a desandar ali mesmo.

Se o terceiro disco tinha algumas canções de qualidade, este quarto álbum da banda me parece mais perdido que ator da Malhação interpretando Hamlet.

Talvez por estarem em um momento delicado (alguns integrantes tiveram problemas com drogas), o disco parece preguiçoso, desleixado e uma “maçaroca” sonora, que se os músicos estivessem sendo influenciados pelo som da banda Calypso, eu não me surpreenderia.

Mas por motivos que eu nem imagino, a crítica, se derramou em elogios ao trabalho, usando aqueles velhos chavões (“inovador”, “maduro”, “ousado”). Puro blá, blá, blá.

O pior, é que quando a banda lançou seu quinto disco, o pavoroso Comedown Machine, nem a crítica conseguiu engolir a ruindade do trabalho, e reconheceu que a produtividade da banda está em declínio.

Sou fã dos caras, mas reconheço que não são grandes músicos e que nunca foram “a nova esperança do Rock”, os Strokes são apenas uma bandinha legal, que não tem vergonha de “chupar” do Velvet Underground, do Television, do Talking Heads, do Blondie, dos Ramones e outras bandas nova iorquinas da década de 70.




U2 – No Line On The Horizon, 2009.

O U2 já começou errado nesse álbum... a banda foi gravá-lo na Índia.

Bono Vox, na época das gravações, declarou que o álbum iria “abalar as estruturas da música, e que iria ser uma revolução sonora”. Mentiu pro tio, Bono.

Assim como aconteceu com os Strokes, o álbum me parece perdido, sem foco e com dezenas de influências, que não agregam qualidade ao som, pelo contrário, deixam o trabalho parecendo uma espécie de “colcha de retalhos”, com músicas desconexas e sonoridade fraca.

O álbum foi sucesso de vendas, como de praxe, quando se trata de U2, algumas músicas tocaram no rádio e a crítica e a maioria dos fãs, aprovou o álbum.

Eu comprei o disco na semana de lançamento, e de cara, não me agradou, e até hoje, não me agrada. Ouvi muito quando comprei, (até porque do contrário, não poderia opinar, não é mesmo?) e depois “larguei de mão”.

Mas indiscutivelmente, entre as músicas do disco, está uma pérola, umas das maiores canções da banda, a linda “Moment Of Surrender”.

O U2 mesmo quando erra, sempre dá uma “acertada”.





Rolling Stones – Their Satanic Majesties Request, 1967.

Tem duas coisas que tiram do sério sobre os anos 60... hippies e Rock Progressivo. 

Neste disco, os Stones tentam criar o seu álbum “progressivo” e temático, numa clara tentativa de imitar o clássico “Sargent Peppers” dos Beatles.

A única coisa boa deste disco é a capa.

O grupo soa perdido, falso, e buscando ser o que não eram e nunca foram, uma banda “cerebral”, e com músicas de conteúdo de vanguarda.

As músicas dos Stones são sobre drogas, sexo, festas, mulheres, amor e sobre as relações humanas, e "era" isso.

Tentei por diversas vezes ouvir o disco até o fim, mas acho que só consegui umas duas ou três vezes, mais que isso foi impossível, tamanha a monotonia que o disco despeja sobre o ouvinte.

Eu gosto de 85 a 90% de toda a obra dos Rolling Stones, mas esse disco, que é adorado e chega a ser idolatrado por alguns, pra mim é intragável. Alguns malucos, taxam o trabalho como uma das melhores coisas já produzidas por Jagger/Richards... só podem gostar de guaraná Dolly, serem fãs do Luciano Huck, considerarem “50 Tons de Cinza" algo além de papel higiênico, e gostarem de comer ovo... gente doida, em resumo.




Esses foram os discos superestimados... garanto que não vou ouvir nenhum deles, e não recomendo a ninguém que o faça.




Um abraço.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Trovando Sobre: FILMES RUINS DE GRANDES ATORES.



Uma coisa que nos torna a todos seres humanos, é que vez que outra, cometemos erros, as famosas “mancadas”.

Para este texto, pensei em listar grandes “abacaxis” de grandes atores, já que isso não é nada raro de acontecer em Hollywood, já que em muitos casos, roteiro, integridade artística e interesse pessoal, são valores subjugados pelo valor do cachê pago a determinado ator ou a determinada atriz.

Sim, até porque não imagino que nenhum ator ou atriz sérios sonhem em estrelar bizarrices como “Transformers”, “G.I. Joe”, “Velozes e Furiosos”, e por aí vai.

Seguem os “abacaxis”:


Brad Pitt – A Mexicana, 2001.
 

Quando a gente pensa que nada que já está ruim pode piorar, eis que surge a “Giovana Antonelli americana”, a canastrona mor, Julia Roberts. Nesta comédia bizarra, onde um Brad Pitt completamente deslocado tenta recuperar uma arma antiga (a tal Mexicana do título), o ator que mais parece um integrante da “Praça É Nossa”, está extremamente caricato e atuando no chamado “piloto automático”, já que o filme é completamente sem pé e sem cabeça.

O pior é que nem o grande James Gandolfini, (que interpreta um mafioso gay no filme), consegue fazer qualquer pessoa gostar desse desastre cinematográfico.

Mas pensem em aguentar Julia Roberts durante duas horas interpretando uma “mocinha apaixonada”, e Brad Pitt, uma espécie de “surfista com retardo mental”... tortura.



Sylvester Stallone – Missão Perigosa, 2002.






















Pensei em colocar neste ranking, o tenebroso “Pare, Senão a Mamãe Atira!”, mas esse é hours concours, em qualquer lista de piores filmes, por isso, optei por esta “pataquada”, que tem a intenção de ser um misto de filme de ação com aventura.

Stallone contracena com o Titã da interpretação, o ator Anthony Quinn, e sinceramente, os dois deviam estar bêbados quando assinaram o contrato para estarem nesse “Turma do Didi” para o cinema.

Frankie Delano, interpretado por Stallone, é um mafioso que durante sua vida inteira protegeu a personagem da deusa Madeleine Stowe, que é filha de Anthony Quinn, chefe de Stallone no filme. Madeleine, que é boa atriz, está terrível no filme, tal qual uma espécie de “Bruna Marquezine interpretando textos de Shakeaspeare”. Situações bizarras e atuações pífias, são o resumo desta verdadeira catástrofe.




Johnny Depp – O Turista, 2010.






















Um Johnny Depp gordinho que parece estar sob o efeito de tranquilizantes tenta parecer “cool” durante duas horas de filme, onde nada parece ter o menor sentido...

Depp é um ex mafioso que após roubar uma fortuna da “família” mafiosa que pertencia, e fugir com a grana, faz uma operação plástica tão perfeita e tão milagrosa que até a sua voz muda! Te cuida, Ivo Pitanguy!

Os atores coadjuvantes parecem ter sido escolhidos pelo Serginho Mallandro em um teste de elenco após uma noite regada a cachaça Ypioca.

O único ponto positivo desta porcaria é a deusa das deusas, a rainha de todas as rainhas, a soberana entre todas as soberanas, Angelina Jolie, que está absurdamente e inacreditavelmente linda e sensual no filme (apesar de apresentar uma atuação bem abaixo da média).





Al Pacino – 88 Minutos, 2007.
 

Geralmente, quando Al Pacino usa barba em algum filme, pode crer, o filme é ruim (com exceção de Serpico e O Pagamento Final, apenas).

Nesta mistura de “Você Decide”, com “Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado”, Al Pacino interpreta um professor de psicologia que é ameaçado por um serial killer, que lhe dá 88 minutos para pegá-lo, caso contrário, o bandido irá matar o Tony Ramos, quer dizer Al Pacino.

Acho que o astro devia estar com muitas dívidas para topar embarcar neste filme vergonhoso, em que direção, roteiro e elenco não engrenam, além de o astro apresentar uma atuação das mais canastronas possíveis. Parece que todos os envolvidos no filme estão mais perdidos que testemunhas de Jeová em um show do Ghost B.C.

88 minutos de tédio.





Marlon Brando – O Último Tango em Paris, 1972.
 

Imagine o seguinte: Tu é convidado a assistir a uma palestra do Roberto Justus, com duração de duas horas e meia, e o tema da babaquice, quer dizer, “palestra” é: “Como Me Tornei um Semi Deus da Publicidade e da Administração, e nesse meio tempo, mantive meu topete lindo, e Cheio de Humildade”.

É isso.

Nem todo o prestígio e o talento de Brando conseguem sustentar esse filme vazio e existencialista sobre um homem de meia idade e viúvo, que tem encontros sexuais com uma mulher bem mais jovem e recém casada... blá, blá, blá... só de escrever isso, já fiquei com sono.

Brando tinha muita vergonha do filme e frequentemente o desdenhava (com razão), o taxando de “pretensioso”, “arrogante”, “sem sentido” e “tedioso”, entre outros adjetivos. 




Essa foi a minha lista de “pior dos melhores”...

Espero que gostem.


Abraço.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Trovando Sobre: O MELHOR DE MARLON BRANDO.


Marlon Brando foi o maior ator de todos os tempos na História do Cinema. Não apenas eu, mas De Niro, Pacino, Nicholson, Redford, Hoffman, e tantos outros o consideram a maior referência no quesito interpretação.

Foi ídolo de Elvis Presley, desafeto de Sinatra e amou e foi amado por deusas do porte de Ava Gardner, Marilyn Monroe, Vivien Leigh, Pier Angeli e Ursula Andress entre tantas.

Atualmente estou lendo a arrasadora biografia, “Brando - Canções Que Minha Mãe Me Ensinou”, sobre a vida do astro, (e co escrita por ele) e está sendo uma experiência muito prazerosa (apesar dos detalhes sobre o alcoolismo de sua mãe e o descaso de seu pai com a família).

Brando foi aluno do famoso "Actor’s Studio”, em Nova Iorque e teve aulas com a renomada e icônica professora da interpretação Stella Adler, a quem Brando demonstra profundo respeito e consideração. Brando foi pioneiro no “método”, criado por Constantin Stanislavsky e aperfeiçoado pela professora, que era, basicamente um método de atuação onde as emoções pessoais do ator eram transportadas e usadas na emoção necessária ao personagem.

Por exemplo, se o ator interpretasse um gari, ele trabalharia um mês como gari, para entender e buscar a emoção e os sentimentos básicos do personagem em sua própria personalidade.

Por esta leitura estar me proporcionando tanta satisfação, resolvi “celebrar” este momento, listando aqui, meus filmes favoritos do ator.

São eles:

O Selvagem, 1953.






















O filme que inspirou o visual clássico do Rock N’ Roll (jeans, camiseta e jaqueta de couro). Brando interpreta Johnny, o líder de uma gangue de motoqueiros chamada “Beetles”, nome que inspirou uma certa “bandinha” inglesa...

Brando coloca humanidade e até mesmo sensibilidade no papel, interpretando um delinquente, que por fora, aparenta brutalidade e violência, mas que por dentro, em seu íntimo, é apenas um cara desorientado na vida, que procura desesperadamente por afeto.

O filme não é, digamos, um primor de roteiro e direção, mas a atuação de Brando é imortal.






Uma Rua Chamada Pecado, 1951.
 

O papel que elevou Brando ao status de ícone de beleza e sensualidade masculina.  Ao interpretar o personagem Stanley Kowalski, que era um bruto, beberrão, que vivia ás turras, com a esposa, mas que se entendia com ela na cama, Brando imortalizou sua figura usando uma camiseta e gritando “Steeeeellaaaaaa!!!!” no meio da rua, em uma cena do filme.

Vivien Leigh que interpreta sua cunhada no filme, dizem que além de encenar uma forte atração pelo personagem, a sentiu na vida real pelo ator.

O filme foi o primeiro grande papel de Brando no cinema, já que há alguns meses, Brando interpretava Kowalski no teatro, e foi escolhido para representar o personagem na versão para o cinema.





Viva Zapata!, 1952.
 

Brando interpreta o líder revolucionário mexicano Emiliano Zapata, neste brilhante filme, que tem como seu coadjuvante, o também genial ator Anthony Quinn.

Sob o comando do grande diretor Elia Kazan (e parceiro em outros filmes), Brando consegue algo extremamente raro na arte da interpretação, ele se torna a figura de Zapata, literalmente. Já vi fotos e gravuras de Zapata em livros de História, mas para mim, quando penso no revolucionário mexicano, me vem a figura de Brando à cabeça.

Brando em uma atuação quase que “espírita”, interpreta Zapata desde a adolescência, até a vida adulta, de forma impecável.

A atuação de Brando é memorável, e ele sempre disse ter gostado muito de interpretar o papel.





Sindicato de Ladrões, 1954.






















Para mim, uma das maiores atuações de Brando e do Cinema. O ator encena a vida de Terry Malloy, um ex boxeador que agora trabalha de cobrador de agiotas, que comandam um sindicato de estivadores no porto da cidade.

A cena que Brando chega ao terraço onde cria pombos, e vê os mesmos mortos por vingança, e cai em um choro desesperado é indescritivelmente bela e pungente... todos os “atores” da Rede Globo deveriam ser obrigados a assistir esta cena 1400 vezes, antes de pensarem em atuar em frente a uma câmera.

A cena no carro, onde confronta seu irmão, que foi enviado para mata-lo é outro grande momento da História do Cinema, pois além de Brando, o estupendo ator Rod Steiger brilha junto com o astro.

A beleza “indecente” e a ótima atuação da atriz Eva Marie Saint, são outros pontos fortes do filme.

Sindicato de Ladrões é com certeza, um momento sublime na carreira do astro.





O Poderoso Chefão, 1972.















O ponto mais alto da carreira artística de Marlon Brando Jr.

Depois de um período nebuloso na carreira, e na vida pessoal, como uma fênix, Brando ressurge de suas próprias cinzas, neste que é considerado pelos críticos especializados, O Maior Filme Americano de Todos os Tempos.

Brando não foi a primeira opção do estúdio, mas o diretor Francis Ford Coppola, foi irredutível na preferência por Marlon Brando no papel de Vito Corleone.

Com fama de difícil e temperamental, Brando era “persona non grata”, em Hollywood na década de 70, mas para o bem da humanidade, ele pode demonstrar todo o seu talento dando vida ao mafioso mais conhecido (e amado) do Cinema.

Acho que todo ser humano tem o dever de assistir os três filmes da saga “O Poderoso Chefão”, ao menos uma vez na vida... é uma espécie de “manual para a vida”.



Marlon Brando era um homem cheio de incertezas e inseguranças, que durante a vida, amou de maneira intensa e sincera, apenas uma pessoa, a sua própria mãe. Não me coloco na posição de juiz moral do homem, me coloco apenas na posição de grande admirador da arte, deste, que mesmo com tantos defeitos e falhas em seu caráter, foi pioneiro na luta pelos direitos civis de negros, índios, judeus, e foi uma das primeiras personalidades públicas a defender causas ecológicas e criticar o culto sem limites a fama e a "indústria das celebridades”.


“Sempre fiquei admirado com as propriedades da natureza humana que conseguem transformar uma multidão numa corja. Por algum motivo, queiram ou não, certas celebridades são tratadas como se fossem messias e são transformadas em mitos que afetam os mais profundos anseios e necessidades das pessoas. Acho hilariante o fato de o governo americano ter colocado num selo o rosto de Elvis Presley, que morreu porque tomou uma overdose de drogas. Os fãs dele não mencionam isso porque não querem renunciar ao seu mito. Deixam de lado o fato de Elvis ter sido viciado em drogas e afirmam que ele inventou o Rock n’ Roll, quando na verdade ele o retirou da cultura negra; os negros já cantavam assim havia muitos anos, até que surgiu um branco que os imitou e se transformou em astro.
É claro que a formação de mitos não se limita às celebridades nem aos líderes políticos. Todos nós criamos mitos relacionados aos nossos amigos e também aos nossos inimigos; não podemos evitar isso. Não importa se se trata de Michael Jackson ou de Richard Nixon: nós acorremos instintivamente em defesa deles porque não queremos ver os nossos mitos destruídos.
Nós inventamos qualquer desculpa para conservar os mitos que gostamos muito, mas o inverso também é verdadeiro; quando não gostamos de uma pessoa resistimos inflexivelmente a mudar de opinião, mesmo quando alguém nos mostra a sua integridade, porque é de importância vital mitificarmos deuses e demônios de nossa vida”. 






Um abraço.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Trovando Sobre: AS MELHORES CERVEJAS QUE JÁ PROVEI.




Inspirado por uma sexta-feira etílica, regada a boa conversa, boa comida e boa companhia, resolvi listar neste texto as melhores “loiras geladas” que já provei até hoje.

Não foi fácil, já que nesses meus 35 anos muito bem vividos, já provei muita coisa boa (e algumas porcarias como Malt 90, Colônia, Glacial e Skol), mas também, já tive a oportunidade de provar verdadeiros “tesouros” em forma líquida.

São elas:



5 – Heineken.
 

Das cervejas nacionais, é disparada a melhor. Gosto muito da Stella Artois, que acho semelhante no sabor, porém o “amargor” da Heineken é insubstituível.  Gosto de cervejas fortes, e a Heineken é forte na medida certa, com um gosto marcante e muito saborosa.

Quando bebida morna, se torna intragável, mas se está na temperatura adequada (muito gelada), é uma delícia. Tenho amigos que não conseguem comer bebendo Heineken, já eu adoro, principalmente comidas mais salgadas.

Heineken é compatível com tudo... mas tem que estar como essa da foto.




4 – Barley.






















Cerveja e chopp artesanais deliciosos, feitos no interior do nosso RS, em Capela de Santana, mais precisamente.

Provei pela primeira vez, no shopping de São Leopoldo, junto o meu amigo Eduardo. Um dia, estávamos de bobeira, sentamos para beber algo, e milagrosamente, tínhamos dinheiro sobrando, e por isso, resolvemos provar o chopp da cervejaria.

Mesmo eu não sendo um fã de chopp, pois prefiro cerveja, gostamos muito, pois assim como a Heineken, o chopp era encorpado, com um aroma muito gostoso e bem forte.

Lembro que olhamos através do copo, e não víamos o outro lado, de tão encorpada e forte que é a bebida.

Provei a cerveja mais tarde, e percebi que ela é muito mais gostosa que o chopp.





3 – Dos Equis (XX).






















Essa cerveja, segundo a lenda, era o “café da manhã” preferido de Jim Morrison do The Doors. Também provei com o Eduardo, quando nos reuníamos no apartamento dele, há alguns anos atrás, para assistirmos dvd’s de Rock e tomar umas cervejas.

Comprávamos no hipermercado Big, o nosso “estoque”, e um dia, quando contei a lenda do Jim pro Eduardo, ele logo disse: “Temos que prrovarrrrr então!". Provamos e nos apaixonamos instantaneamente.

Um “coice” de tão forte, mas com menos amargor da Heineken. Infelizmente, é cara e um pouco difícil de ser encontrada.




2 – Biritis.

Esta, provei pela primeira vez na “fatídica” sexta-feira que inspirou este texto. 

Junto com meu amigo Rodrigo, provei esta delícia, feita pela família do grande Mussum, dos Trapalhões.

A cerveja é produzida por um de seus filhos, junto com uma cervejaria do Rio de Janeiro. Cerveja robusta, de gosto muito forte e aroma delicioso (não posso afirmar com precisão técnica, já que não sou mestre cervejeiro, mas senti um leve sabor e  aroma de café), é uma cerveja fantástica, que se torna referência pra quem prova.

Além da qualidade inquestionável da cerveja, é muito legal beber uma cerveja que tem no rótulo e na tampinha o rosto do saudoso Mussum... a gente sente como que se estivesse provando o famoso “Mé”, que o personagem sempre falava.




1 – Red Stripe.
















Não existe nada que se compare a essa marca jamaicana de cervejas. Quando o Oasis ainda existia, a banda era conhecida por sempre exigir nos camarins de seus shows, no mínimo cinco caixas deste “néctar dos deuses”

Eu disse antes que a Dos Equis era um coice, certo? Pois esta equivale a sete coices em uma semi final de Copa do Mundo... É muito forte.

A Red Stripe geralmente vem em garrafas de 300ml ou 600ml, e quando se bebe 600ml, é bom estar preparado, pois a “tontura” vem na hora.

Mas o gosto desta cerveja é o principal... não dá para descrever o quanto ela é gostosa e suave, pois não é amarga, e desce como se fosse água... seu efeito é silencioso.

Caríssima, mas como algumas das melhores coisas da vida, vale o preço que se paga por ela... a Red Stripe vale cada centavo, pode acreditar.




Essas foram minhas cervejas preferidas... espero que tenham gostado e que se puderem, as provem.



Um abraço.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Trovando Sobre: PORQUÊ NÃO TORÇO PARA A SELEÇÃO DA CBF.


Ontem tive um dos dias mais prazerosos da minha vida. Testemunhei um “massacre futebolístico” pela televisão.

Ontem vi a seleção da Alemanha, golear a seleção da CBF pelo inacreditável placar de 7x1.

Me refiro a “seleção” da CBF, pois não acredito que esta “seleção” represente o país... ela representa uma empresa, chamada Confederação Brasileira de Futebol, que tem diretores, assessores, publicitários (argh!), office boys, e toda a gama de funcionários.

Uma “seleção” que tem 90% de jogadores que jogam em times do exterior (na maioria, são jogadores reservas destes times estrangeiros), e que em muitos casos, atuaram pouquíssimo tempo no futebol brasileiro, ou nunca sequer aturam aqui no Brasil.

Esta “seleção” que tem um capitão que chora como uma guriazinha de nove anos quando não ganha balas de goma dos pais, porque está “tenso” durante uma cobrança de pênaltis (sendo que o mesmo capitão NÃO assistiu as cobranças e pediu para ser poupado de cobrar a sua respectiva penalidade).

Corajoso, né... tudo a ver com o que uma braçadeira de capitão representa.

A “grande” seleção que perde UM jogador e que se desmantela igual a um castelo de cartas no vento... jogador este, que sofreu uma falta violenta de um jogador colombiano, mas nada além do que a própria seleção da CBF mostrou em campo contra a já citada Colômbia, onde um revezamento de faltas desleais foi criado para agredir o melhor jogador da seleção adversária.

Que time (nem falo de seleção) pode ganhar sem treinos táticos e de fundamentos de futebol, ou então, tendo treinos abertos a visitas de pseudo atrizes globais e de apresentadores de televisão que fazem da miséria humana, uma espécie de "jeitinho de aumentar o ibope”?

Loucura, loucura, não é mesmo?

Todos procuram agora “O” culpado... e eu só consigo pensar em dois.

O treinador, que é ex treinador desde 1998, pois em uma espécie de arrogância crônica, acha que sabe tudo sobre qualquer assunto que envolva futebol, que não precisa aprender e nem acompanhar as constantes evoluções na maneira de se disputar partidas de futebol em alto nível. Um “brucutu”, que quando ganha, parece um pintinho no lixo, de tanta alegria, mas que quando perde, culpa os jornalistas, o céu, as estrelas... tudo e todos são culpados, menos ele.

Ontem não conta... pois fazer a linha de “paizão” na frente das câmeras perante o maior fiasco da história das Copas é muito “nobre e honrado” pra inglês ver... ou alemão rir, sei lá.

Sentimentalismo tão falso quanto as propagandas do Big.

O segundo culpado é o torcedor.

Se bem que, a seleção da CBF não tem torcedores... tem patriotas.

Eu não posso ser considerado patriota, pois não torço para a seleção da CBF, inclusive, recebi convites para deixar o país, pela minha “falta de amor ao Brasil”.

Mas o mais irônico, o mais engraçado, e talvez, o mais triste, é que ontem, os mesmos "patriotas" que se dizem amantes da pátria e da seleção da CBF, diziam-se envergonhados, tristes, irritados e decepcionados pela humilhação imposta pelo futebol primoroso da seleção alemã.

Amigos... temos de agradecer aos alemães por terem nos “aliviado” ontem... um placar justo, seria de 9 x 0.

Mas voltando aos “patriotas de ocasião”, me pergunto, onde estavam estes “patriotas” nas manifestações de junho do ano passado, quando milhares de verdadeiros PATRIOTAS lutavam por direitos sociais mais benéficos para todos?

Aonde estavam estas patéticas criaturas?

Amo o meu país, e trocaria todos os títulos do meu clube de coração e desta pretensa “seleção brasileira” por mais justiça social no Brasil, e por isso, não me identifico com pessoas que não tem a capacidade de discernir que a seleção da CBF, representa o que o país tem de pior. A seleção da CBF parece um bando cantores de funk ostentação, com uma gorda conta bancária, que não terminaram o primário e que não dão R$ 10,00 para ajudar ninguém.

Todas as pessoas que foram contra esta seleção “brasileira” foram contra o senso comum da maioria, que se engana, que vive em um mundo de fantasias à parte.

Não é uma questão de ser “do contra”, é uma questão de não aceitar hipocrisia, de não aceitar estádios faraônicos, em um país onde certas regiões não possuem saneamento básico, onde existem analfabetos em pleno século XXI. Onde ainda se morre de fome.

Gostaria muito de poder torcer para uma seleção aguerrida, humilde, que visita projetos sociais, que doa renda para instituições, que promove a inserção social, que joga um futebol bravo, com raça e inteligência, enfim, eu adoraria torcer para brasileiros que sabem o que significa representar o povo brasileiro, diferente de representar um grupo de mafiosos que colocariam Don Vito Corleone no chinelo.

Lembrei de uma frase do personagem John Rambo, que disse certa feita: “Odiar o meu país?
Eu amo o meu país... eu morreria por ele. Eu apenas quero que o meu país me ame, como eu o amo”.


                               


Obrigado Alemanha, pela lição de humildade.



Auf Wiedersen.