quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Trovando sobre: KISS




Há cerca de um ano atrás, fui a Porto Alegre, junto com a Graci, com o Fausto e com a Franci, ver o Kiss pela segunda vez.

Eu vi a banda pela primeira vez, no dia 15 de abril de 1999, no Hipódromo do bairro Cristal, também em Porto Alegre. Eu tinha vinte anos... Bons tempos de juventude (suspiro saudosista).

Minha paixão pela banda começou quando eu cursava o 2° grau na escola Polisinos, que fica no meu bairro, ou seja, pertinho de casa. Através de um amigo, o Pablo (onde será que tu anda, cara?), que comprou na época, o vinil do mega clássico “Rock N’ Roll Over”, e me emprestou.

Quando eu vi essa capa, eu já fiquei impressionado de cara.



Aí, quando eu ouvi o álbum, pronto! A banda tinha ganho mais um fã.

Pouco tempo depois, eu comprei o vinil do álbum “Love Gun”... Fui “obrigado” pelos  deuses do Rock, a comprar o “bolachão”... Quando vi essa capa, senti uma necessidade quase fisiológica de ouvir o disco!


Toda a mística que envolve a banda sempre me fascinou. As maquiagens representando a personalidade de cada integrante da banda (Paul Stanley = O Filho da Estrela, Gene Simmons = O Demônio, Ace Frehley = O Homem do Espaço e Peter Criss = O Homem Gato), as capas dos álbuns, sempre muito bonitas e bem feitas, as roupas e as botas, com saltos de plataforma gigantes, as músicas, todo o marketing e merchandising em volta do grupo (acho que junto com os Beatles, o Kiss foi a banda que mais faturou com itens tão diferentes que iam de revistas em quadrinhos sobre a banda, até lancheiras para crianças, kits de maquiagem, bonecos articulados, roupas de cama, e tudo mais que se possa imaginar). 

Não houve banda mais popular que o Kiss na década de 70.

Nos anos 90, quando voltaram a cena musical com a formação original e após o lançamento do disco “MTV Unplugged” (o melhor acústico da história da MTV, eu garanto!), minha obsessão só aumentou.



Minha primeira camiseta de banda, foi uma camiseta do Kiss, que para poder comprar, tive de matar aula em um dia muito nublado e ir com meus amigos Pablo e Tiago, a Porto Alegre de “Centralão”, na finada e lendária loja Planeta Proibido. Inesquecível.

Reconheço que não são compositores e músicos excepcionais (apesar de discos como "Destroyer", "Alive!", "Revenge" e os citados "Love Gun" e "Rock N' Roll" Over, serem clássicos do Rock), a banda tem uma qualidade essencial, que muitos de seus “colegas de profissão”, não tem. O Kiss é diversão pura.

O Kiss é, e sempre foi música para adolescentes. A banda nunca teve a pretensão de ser “cerebral’, e escrever letras profundas, sobre o significado de nossa existência nesse planeta.

O Kiss faz músicas para se ouvir bebendo uma cerveja, para colocar em uma reunião de amigos, para se ouvir no “talo” do rádio do carro...

O Kiss é despretensioso quanto a sua música.

A pretensão do Kiss é uma só: Dinheiro.

A banda nos dias de hoje, é puramente uma empresa, sendo formada pelo guitarrista e vocalista Paul Stanley e o baixista e vocalista Gene Simmons,  como os "donos da firma", e os “empregados”, são o baterista Eric Singer e o guitarrista Tommy Thayer.


Quando os membros originais foram “demitidos da empresa”, o guitarrista Ace Frehley e o baterista Peter Criss, os “patrões”, simplesmente, contrataram outros músicos, e os vestiram como a maquiagem e roupas de Ace e Peter, para que saíssem por aí fazendo shows.

Atitude muito equivocada, na minha opinião.

Não seria mais legal (e mais digno) criar novos personagens?

Outro equívoco que a banda comete são os chamados “Meet and Greet”, algo como “Conheça e Cumprimente”, que nada mais são, do que a cobrança ingressos caríssimos, para que o fã tenha acesso aos camarins e possa tirar uma foto com os ídolos.

Cobrar para tirar foto com fã? Já não bastam as mil e uma taxas e os preços abusivos cobrados pelo ingresso do show?

Mas enfim, tenho muitos cd’s da banda na minha coleção (o primeiro cd que comprei na vida, foi Alive III, adivinhem de quem?), e volta e meia, estou dando uma espiada no Mercado Livre, ou na melhor loja de cd’s da Via Láctea, a JAM Sons Raros,  em NH, atrás de algo que eu ainda não tenha (eu quero, eu posso e eu vou conseguir ter todos os cd’s da fase maquiada nos anos 70).

O show de 2012, com os membros contratados foi excelente, os caras são muito carismáticos e competentes, e a banda no palco é imbatível. Mas o show de 1999, com a formação original da banda, que me custou o emprego na expedição das Lojas Tumelero (pedi uma folga um mês antes do show, pois era o meu segundo show na vida, e Porto Alegre parecia ser do outro lado do mundo. Ganhei a folga. Na manhã do show, sem muita conversa, a folga foi cancelada. Eu, como sensato que sou, saí do emprego ao meio dia, e fui para o show, com toda a calma e satisfação do mundo. Na tarde seguinte ao show fui demitido). Na verdade, foi ótimo que isso tenha acontecido. Foi libertador.

Aprendi uma lição naquele dia 15 de abril de 1999.

Se tu acredita em algo, se tu sabe que algo vai ser bom pra ti, se tu quer muito algo... Simplesmente faça. A vida passa muito rápido.

 Na vida não existe felicidade duradoura. Na vida existem momentos felizes.



Obrigado pela lição, caras.







Abraço.

2 comentários:

  1. Simplesmente perfeito, ótimo texto.
    O amigo tem uma sensibilidade em ver a essência das coisas incrível.
    Repito, adoro essas lembranças do passado!!
    A banda ´´demoníaca´´ foi muito bem retratada pelo amigo.
    Parabéns pelo talento e competência.

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  2. Valeu, Nica. Eu sou muito fã desta banda "demoníaca"... Espero que ela continue "demoníaca", e eu fã dela!!! Hhahaha. Abs.

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