Empolgado com repercussão mundial do meu último texto, resolvi
sair do cinema e ir para os quadrinhos, ou seja, direto para a "fonte".
Eu leio gibis desde que me conheço por gente. Quando eu era
criança, se eu ganhasse qualquer tostão dos meus pais ou avós, eu corria para o
mercado (sim, vendiam-se ótimos gibis em mercados na época da minha infância),
para a tabacaria, ou qualquer lugar onde vendessem “Superaventuras Marvel”, Heróis da TV”, “Homem
Aranha”, “Batman”, “Superpowers”, “Capitão América”, “Grandes Heróis Marvel”,
entre outros títulos.
Eu adorava e ainda adoro ler gibis, tanto que os coleciono
até hoje, mas coleciono apenas coisas clássicas e/ou com forte apego emocional, já que
hoje em dia, a Marvel e a DC Comics viraram empresas caça niqueis, onde a coerência,
um bom roteiro e bons desenhos não são importantes. Hoje em dia, para as duas
empresas, a meta é apenas uma: LUCRO. Se
vender, ótimo, não precisando necessariamente, que o “produto” seja de boa
qualidade, claro que existem (raras) exceções.
Fiz aqui, um pequeno “Top 5”, com histórias maravilhosamente
desenhadas e escritas.
5 - “As Meninas de Vestido Branco” – Justiceiro
Um dos personagens mais legais de todos os tempos na história
dos quadrinhos. Frank Castle é um veterano da guerra do Vietnã que tem toda a
sua família assassinada por membros da máfia de Nova York. Seu único propósito
na vida, é matar todo e qualquer vagabundo que ele encontrar pela frente. Nessa história sombria, ele é “contratado”
pela população de um vilarejo mexicano, onde garotas entre 12 e 22 anos estão
sendo raptadas, e depois de algum tempo, os corpos destas garotas são
encontrados sem alguns dos órgãos vitais. Tenso.
4 - “Escolhas Malditas” – Wolverine
Sem sombra de dúvidas, uma das três melhores histórias do
nanico. Existe alguma coisa mais nojenta, repulsiva e escrota do que pedofilia?
É, eu também acho que não...
Nesta história, Wolverine caça um mafioso pedófilo
que faz um acordo com a S.H.I.E.L.D., para dedurar os chefões de sua organização.
Só que tem uma detalhe aí, o Wolverine não dá a mínima para isso, e quer fazer
o nojento pedófilo pagar com sangue pelos seus crimes. As cenas onde Nick Fury tenta
ridiculamente, impedir Wolverine de seu intuito são excelentes, simplesmente clássicas.
3 - “Crepúsculo Esmeralda” – Lanterna Verde
A melhor história do Lanterna Verde, sem mais. Após o vilão
Mongul destruir completamente sua cidade natal, e matando assim, toda a
população da mesma, Hal Jordan pede, ou melhor, implora aos Guardiões (os “chefes”
dos Lanternas Verdes) que lhe seja concedido o poder de reconstruir a cidade e até mesmo,
ressuscitar a população. O pedido é prontamente negado, por alegação de que “as
coisas tem seguir seu rumo”, “o destino quis assim” e blá, blá, blá...
Jordan não aceita um “não” como resposta, e decide agir por
contra própria. De que maneira? Ele sai lutando contra os outros Lanternas
Verdes (e em certos casos, até matando os ex companheiros) para conseguir dez
anéis, podendo assim, alcançar seus objetivos.
Nunca um herói foi tão humano em seu “egoísmo”.
2 - “Roleta Russa” – Demolidor
Eu e meu amigo Fausto sempre acreditamos que o “Homem Sem
Medo” é uma versão do Batman. Ambos são
personagens complexos e introspectivos, seres humanos que agem como seres
humanos, desapegados muitas vezes, de um patético e cristão senso de ética e moral, como seguem o
Superman e o Capitão América. Nesta história de gelar o sangue (quando eu li
pela primeira vez, eu devia ter uns 13 anos, e fiquei, literalmente, de queixo
caído... Ali, virei fã do Demolidor). Matt Murdock, vulgo Demolidor, vai “visitar” seu arqui
inimigo, o Mercenário que está todo quebrado no hospital. Entre outros
crimes hediondos, o Mercenário matou a mulher da vida do Demolidor, a heroína Elektra. Nessa “visitinha”, o Demolidor puxa um
revólver calibre 38 e joga roleta russa com o Mercenário.
Esta reflexão feita pelo herói e que transcrevo abaixo, é uma das
coisas mais absurdamente geniais que eu já li na minha vida.
“O que eu estou oferecendo as pessoas
correndo por aí com uma fantasia colada e batendo em bandidos? O que eu estou
mostrando a elas? Eu estou mostrando que o bem sempre vence, que o crime não
compensa, que a cavalaria está sempre a caminho – ou eu estou mostrando a elas
que qualquer idiota que saiba lutar pode se safar se ele for rápido e malvado o
suficiente? Eu estou combatendo a violência – ou a incentivando?”
1 – “O Filho do Demônio” – Batman
Essa história traz o Batman em sua fase
mais clássica e icônica. Os desenhos e o roteiro são primorosos. Batman é
obrigado a se unir a um de seus maiores inimigos, o “imortal” Rhas Al Ghul,
para que juntos, enfrentem um inimigo em comum. A história foi muito polêmica
na época, pois mostra no início, um Batman indiferente a criminosos feridos,
exigindo que os reféns (mesmo os ilesos) destes criminosos sejam atendidos
antes dos bandidos! Por essas e outras, é que eu afirmo que o Morcegão é "O Cara!”.
A história é polêmica também, pois Batman se envolve com Thalia Al Ghul, que é filha de Rhas, e ela engravida. Após uma
reviravolta na trama, Thalia mente para Batman dizendo que perdeu o bebê,
deixando o cavaleiro das trevas inconsolável. Na verdade, Thalia tem o bebê,
mas o entrega para a adoção.
Atualmente, a DC Comics nega a veracidade
da história, inventando aquele velho papo furado de que a história se passa em
uma “realidade alternativa”. Que atitude patética, hein DC Comics!
Eu considero essa história, uma das melhores aventuras do maior herói de todos os tempos.
Eu considero essa história, uma das melhores aventuras do maior herói de todos os tempos.
Essas e outras histórias maravilhosas, fizeram
parte da minha infância, onde em muitos casos, foram minha companhia.
Falando francamente, ainda hoje, são algumas das minhas melhores companhias.
Abraço.
Muito bom, se tem uma coisa que o amigo entende tanto quanto música é sobre gibis.
ResponderExcluirMuito legal sua ´´viagem ao tempo´´, relembrando sua infância, achei brilhante.
Parabéns meu amigo, ficou demais.
Valeu, Nica!!! Obrigado pelas palavras! Abraço.
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