domingo, 29 de maio de 2011

Trovando sobre: ELVIS NO CINEMA


"Ao contrário dos outros, eu amo os filmes de Elvis, pois ele podia ser um caminhoneiro, um militar, um piloto, ou o quer que fosse, mas ele era sempre um cara que adorava tocar e cantar, apesar de sua profissão, e eu me identificava com isso"...

Larry Mullen Jr.,baterista do U2 disse isto no documentário de 1988, chamado "Rattle and Hum". E eu também me identifico com esta afirmação, pois apesar de não gostar de todos os 33 filmes de Elvis, gosto de, pelo menos, da maioria deles. 

O primeiro filme de Elvis que assisti, foi por coincidência, sua primeira experiência na sétima arte, chamado "Love Me Tender", ou no Brasil, "Ama-me com Ternura". No filme, Elvis interpreta um papel coadjuvante, mas sua atuação é marcante e bastante forte. 

Uma curiosidade sobre este filme, é que Elvis não decorou apenas suas falas no roteiro, mas as falas de TODOS os atores. Elvis durante toda sua carreira cinematográfica foi conhecido por sua pontualidade e dedicação.

Elvis sempre dizia que seus maiores ídolos nos cinema eram, respectivamente, Marlon Brando, James Dean e Tony Curtis (de quem roubou a ideia do topete).

Ao contrário do que muitos críticos dizem, eu sempre achei Elvis um ÓTIMO ator, e isto não é papo de fã, não, amigo...

Elvis era um bom ator, porém alguns de seus filmes, infelizmente, eram ruins. No filme "Estrela de Fogo", Elvis interpreta um mestiço, filho de mãe índia e pai branco, e o filme trata de questões raciais, até então praticamente não abordadas no cinema.

Em uma cena absolutamente clássica, dois vaqueiros param na fazenda de sua família, e pedem para que a mãe de Elvis lhes sirva um pouco de água, porém, são extremamente desrespeitosos e pelo que se dá para entender, um estupro estaria próximo de acontecer. Ao que, Elvis chega e percebe o clima estranho, e questiona sua mãe, que nega os fatos, mas, Elvis não acredita e presume o que aconteceu, ou poderia acontecer, e parte para cima dos dois zé-manés.

Outro filme maravilhoso, com uma atuação soberba de Elvis é "O Prisioneiro do Rock", onde interpreta um músico que, após envolver-se em uma briga de bar, vai parar na cadeia, onde aprimora seu estilo de tocar violão e cantar, (tinha tempo de sobra) para se tornar um astro, indo da pobreza à riqueza, num piscar de olhos, mudando muito sua personalidade, tornando-se egocêntrico e egoísta. O filme ainda apresenta a clássica cena de dança na cadeia. Outro bom filme é "Amor à Toda Velocidade", onde contracena com a belíssima e voluptuosa atriz sueca Ann Margret, com quem Elvis não se deu bem no início das filmagens, mas um tempo depois, engatou um ardente e apaixonado romance, que inclusive, abalou seu casamento com Priscilla Presley.

As trilhas sonoras dos filmes são outro caso à parte, pois eram em sua esmagadora maioria, ruins, porém, francamente, qualquer coisa que Elvis gravasse naquela época, vendia muito, fazendo assim, com que  os produtores não se importassem muito com a seleção musical, pois as bilheterias sempre estouravam a boca do balão. 

Abaixo cito os 5 melhores filmes do Rei, na minha opinião:


 Estrela de Fogo (Flaming Star), 1960.


O Prisioneiro do Rock (Jailhouse Rock), 1957.



Ama-me com Ternura (Love Me Tender)


Amor à Toda Velocidade (Viva Las Vegas), 1964.


Balada Sangrenta (King Creole), 1958.






Enfim, sempre gostei do estilo de atuação de Elvis e acredito, que se infelizmente, se ele não tivesse morrido tão cedo, teria feito muito, muito mais tanto na música, quanto no cinema.


Abraço.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Trovando sobre: BOB DYLAN

 


Hoje, Bob Dylan faz 70 anos. Para mim falar deste artista que é um dos meus grandes heróis, é um pouco difícil e um pouco fácil ao mesmo tempo, pois o que falar de um homem que já se falou tanto?

Quando ouvi Dylan pela 1ª vez, não gostei. Achei sua voz nasalada ruim e sem melodia...

Mas um certo tempo depois (mais velho), pude apreciar toda a gama de sentimentos e sensações que se tem contato ao ouvir a obra de Robert Allen Zimmerman.

Dylan, quando conheceu John Lennon em 1964 o confrontou dizendo "Vocês (Beatles) não cantam sobre nada!".

Lennon confessou anos  mais tarde que o encontro, e que também, após ouvir a obra de Dylan, se dispôs a compor sobre outros temas além de canções de amor. George Harrison, amigo e admirador, costumava ouvir discos de Dylan antes dos shows dos Beatles, e regravou uma canção de Dylan em seu 1º e antológico álbum solo All Things Must Pass.

Bob Dylan sempre mostrou coragem e atitude, como quando resolveu acrescentar a guitarra elétrica à sua música, chocando assim, seus fãs "xiitas". No festival de Newport foi ameaçado, e na Inglaterra, chamado de "Judas" por um admirador mais exaltado, por mudar seu som puro e "verdadeiro", pela "burra música pop".

Qualquer artista chega em um momento de sua carreira em que se entedia, e aí, para os medianos a saída é lançar discos ao vivo, fazer parcerias e coisas do tipo...Já os gênios acabam com tudo, e começam tudo de novo...Afinal não é o sucesso que dá tesão, e sim o processo para se chegar até ele.

Dylan se reinventou inúmeras vezes, foi aclamado, criticado, amado e odiado, mas nunca ignorado. Em 2006, lançou o disco Modern Times, eleito pela revista "Rolling Stone" o Disco do Ano, isto aos 65 anos!!!

Suas letras e músicas são hinos incontestáveis do Rock n' Roll (o que se dizer de canções como "Like a Rolling Stone", "Knockin' on Heaven's Door", "If Not For You", "Just Like a Woman", entre outras).

Pelo menos uns 5 álbuns lançados por ele, estão entre os melhores de toda a música pop, em geral.

Abaixo, listo os meus favoritos:



Highway 61 Revisited, 1965.
























Blonde on Blonde, 1966.
























Nashville Skyline, 1969.
























Blood on The Tracks (UMA OBRA DE ARTE), 1975.























Street Legal, 1978.


























Shot of Love, 1981.



























Infidels, 1983.







Eu admiro este senhor por muitos motivos, mas acho que um dos principais é a sua honestidade. Dylan é um menestrel, um contador de histórias, um caixeiro viajante, um andarilho. Engana e faz piada com a imprensa e com todos, mas é sempre honesto com o que realmente importa, com sua arte e consigo mesmo.

Parabéns, Bob.

Me engana que eu gosto!


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Trovando sobre: O VENCEDOR



Adoro filmes de boxe.

Assim que chegou na locadora, aluguei este filme, em que Christian Bale (o Batman), e a desconhecida Melissa Leo ganharam respectivamente os Oscars de Melhor Ator e Atriz Coadjuvante.

O filme conta a história de Mickey Ward, boxeador peso-médio, que era na época, um pugilista bem "mais ou menos"...

Seu irmão e treinador era o herói da cidade, pois lutou e derrubou a lenda Sugar Ray Leonard, apesar de ter perdido a luta.

Mickey tinha uma família disfuncional e doida, sua mãe era uma maluca, caipira e cafona que parecia um coelho de tantos filhos (filhas, especialmente). Bale interpreta o irmão mais velho de Mickey, Dickey Eklund (o cara que enfrentou o Sugar Ray), ex boxeador e agora treinador do irmão e, nas horas vagas, viciado em crack.

Dickey é o centro das atenções da família e  também o "O orgulho de Lowell", terra natal dos irmãos. Me chamou a atenção na soberba atuação do Bale, o carisma que ele coloca no personagem... O cara é um idiota, que mal dá atenção ao filho, um viciado e mentiroso sem compromisso com nada e ninguém, mas que tu não consegue deixar de achar uma figuraça... Sabe aquele cara divertido, que cumprimenta todo mundo e tem um certo "charme". Aquele tipo que a tua mãe ou a tua avó dizem "Que menino queridinho!".

Não vou fazer a sinopse do filme, nem contá-lo, apenas pontuar fatos e situações que me chamaram a atenção. Fatos como todos, absolutamente TODOS os personagens, serem seres humanos fracassados e frustrados. Todo mundo na família, seja mãe, irmãs, irmão e até namoradas são pessoas que tiveram oportunidades e, ou as estragaram, ou as perderam na vida.




Mickey é o "trampolim" de seus entes queridos.

No boxe, o termo "trampolim", é usado quando um lutador fraco é usado como saco de pancada para um outro, mais famoso, não apenas vencer, mas dar show.

Todos os seu familiares depositam seus sonhos, aspirações e anseios em suas vitórias pessoais, quando ele ganha, todos ganham e comemoram, mas quando ele perde, todos perdem com ele também, mas a frustração que ele sente (vergonha) é enorme. Parece que, quando ele ganha ele ouviu os conselhos de alguém, mas quando perde, parece que deveria ter ouvido os conselhos de alguém...

Enfim, é um baita filme, em que até, acredite se quiser, o sempre inexpressivo Mark Wahlberg atua muito bem. Wahlberg consegue passar a insegurança, o medo e as incertezas que todos os boxeadores sentem, entretanto, mostra também, a nobreza que este esporte desperta em quem o pratica com amor.

As cenas de luta são ótimas, muito bem coreografadas e conduzidas, e a trilha sonora, só para se ter uma idéia, conta com Aerosmith, Rolling Stones, Ben Harper, Whitesnake, Red Hot Chili Peppers e Led Zeppelin, entre outros...

Vale a pena assistir.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Trovando sobre: LADY GAGA




 Recentemente assisti, pela 1ª vez (domingo passado, para ser exato), um show ao vivo desta artista que é a "bola da vez", a senhora Stefani Germanotta, ou Lady Gaga, para nós, que não somos íntimos da artista...

O show era em Nova York (terra natal dela) em um Madison Square Garden abarrotado de fãs anônimos e ilustres como Liza Minnelli, Marisa Tomei e PAUL MCCARTNEY, isso mesmo PAUL MCCARTNEY... Detalhe: quando filmaram Sir Paul e namorada, ele dançava e parecia estar curtindo muito!

Sempre admirei as qualidades desta artista, acho que ela tem uma voz belíssima, compõe canções interessantes e ótimas para se dançar,curtir e "soltar a franga" (Uia)!!!

Vejo que ao contrário da Madonna por exemplo, que nunca achei grande coisa, Gaga canta, compõe e toca instrumentos muito bem, ao contrário da outra, que só sabe dançar, lançar clipes e polemizar.

Porém, assim como Madonna, Gaga comete um equívoco, na minha modesta opinião... ela DANÇA e trova demais no show, deixando assim, a música em segundo plano.

Ela dança durante todo o espetáculo, e por isso dubla partes das canções. Cantoras com tom parecido ao seu ficam "moquiadas", cantando as canções inteiras, deixando os refrões e partes para a "patroa" pincelar com a voz.

Acho legal certas coreografias e tal, mas se você vai assistir um show de uma CANTORA, que lança  DISCOS, espera-se ver um show AO VIVO de MÚSICA, não de dança.

Lady Gaga poderia, a meu ver, priorizar as canções e suas interpretações, ao contrário de se preocupar tanto com coreografias e trocas de roupa (umas 20, durante a apresentação).

Outro fato que chamou a minha atenção, foi como ela fala entre música e outra... a Graci disse algo mais ou menos assim:"Nossa, como palestra esta Gaga! Parece tu, Sandro!!!". 

Confesso que também sou "palestrante" demais, mas nunca tive esta atitude nos meus shows... Hehehehehe.. Enche o saco e esfria o show.

Mas nos geral, entre mortos e feridos, curti o show, achei bem interessante e legal (quando ela solta a voz e toca piano, é o melhor momento de toda a apresentação).





Até dei uma dançadinha aqui em casa...
 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Trovando sobre: VAN MORRISON
















  A primeira vez que eu ouvi Van Morrison deve ter sido no final da década de 90. A primeira canção que escutei foi a manjadíssima "Brown Eyed Girl"... Depois de alguns anos, um pouco mais velho, redescobri a extensa obra de George Ivan " Van The Man" Morrison. O primeiro disco deste senhor irlandês de 60 e poucos anos que comprei foi um disco chamado Down The Road. A melodia de sua voz, suas letras e arranjos são simplesmente algo. Então, depois de ouvir este disco, fui atrás de seus "clássicos".

  Mas o que me chama a atenção no trabalho de Van Morrison, é o sentimento colocado nas interpretações das músicas. O vocal deste cara é puro sentimento, seja raiva, amor, ódio, mágoa, melancolia, tesão, etc. Sempre gostei mais de sentimento, de ''feeling" mesmo, do que de técnica, talvez por isso eu deteste tanto rock progressivo... Van Morrison, quando tinha vinte e poucos anos fez parte de uma banda chamada Them (excelente, por sinal), mas seu temperamento difícil fez que com sua passagem por esta banda fosse curta. Certa feita, quando a novata banda se preparava para gravar seu primeiro álbum, o produtor na época, pediu que Van cantasse determinada canção de maneira diferente, no que ele dispara: "Não! É assim que eu sinto!". Isso em plena década de 60 e no primeiro álbum! Além de "feeling",  acho que um pouco de atitude sempre ajuda... 

 Van Morrison sempre prioriza a emoção sabe, mais coração que cérebro. Suas composições, que variam dos estilos mais variados como blues, jazz, country, bluegrass, soul  e rhythm and blues, já foram gravadas por artistas do calibre de Rod Stewart, Solomon Burke, Bob Dylan entre outros. Ele idolatra as mulheres, e não raramente as descreve em suas canções como seres maravilhosos e sensíveis, seres estes, que nós homens, em nossa ignorância, raramente compreendemos. Para Van Morrison, os homens são simples e as mulheres maravilhosos enigmas.

 Depois de década de 70, década na qual ainda lançou grandes obras musicais, optou por lançar menos discos, pois sentiu-se pessimista com o rumo que música seguia, ou seja, perdendo cada vez mais seu status de arte. Seu discos rarearam, mas seu talento, ao contrário, só aumentou.

  Outros discos deste artista altamente recomendáveis são:


 Astral Weeks, 1968.























Moondance, 1970.

























His Band and The Street Choir, 1970.

























Tupelo Honey, 1971.
























Down The Road, 2002.





















 
Sendo que destes discos apontados, ao menos, Astral Weeks e Moondance, são considerados clássicos do Rock n' Roll.

É sem dúvida, um dos meus cantores e compositores favoritos.

Ouvir qualquer disco destes, saboreando uma cervejinha, então...

domingo, 15 de maio de 2011

Boas Vindas!

Olá Pessoal...

Sejam bem vindos ao Fantástico Mundo do Sandro!

Espero que possamos trovar fiado sobre música, cinema, entre outras cositas mais.

Valeu!

Um abraço.