Eu tenho uma mania, quer dizer, eu tenho várias manias, mas
uma em especial, que me dá imenso prazer. Todo dia quando venho trabalhar (de
metrô), gosto de vir ouvindo algum disco do Kiss. Não sei o porquê, mas adoro
ouvir Kiss, especialmente, pela manhã.
Quando eu não estava trabalhando, eu ouvia em casa, todas as
manhãs.
Como escrevi previamente neste espaço, sou fã da banda desde
minha adolescência, e sigo devoto do quarteto de Nova Iorque até os dias de
hoje.
Como já falei dos shows incríveis que a banda faz, e do meu
prazer de ter tido a oportunidade de ir a dois destes shows, resolvi para este
texto, listar os meus discos preferidos da banda.
É também uma maneira de marcar o aniversário de 40 anos de
carreira do grupo, que lançou seu primeiro álbum em 1974.
Os meus “best of the best” são:
Kiss – 1974
O primeiro disco dos caras é quase uma coletânea, de tantas
músicas boas juntas. “Strutter”, “Cold Gin”, “Black Diamond”, “Firehouse”, “Let
Me Know” entre outras, são tocadas até hoje nos shows do grupo. Na minha opinião é um dos melhores discos de
estreia da história do Rock. Eu imagino em 1974, tu chegar na loja de discos e
ver essa capa, o choque devia ser.
O visual era algo nunca antes visto na história do Rock. Era
uma espécie de “banda de super -
heróis”. Alice Cooper veio antes, mas o Kiss causou muito mais impacto.
Juntando o visual e o trabalho musical excelente, o
resultado foi este disco soberbo.
Acredito que muitas pessoas compraram o disco pela capa. Só
que daí, quando ouviram o trabalho e constataram que se tratava de um discaço
de Rock, a satisfação e a diversão foram garantidas.
E todo fã de Kiss sabe disso: O Kiss é pura diversão.
Destroyer – 1976
Meu primeiro contato com a banda. Em uma tarde qualquer fui
convidado por um amigo chamado Maomé (sério, o nome do cara era esse), para ir
à sua casa ouvir uns discos da mãe dele!
Cheguei lá, e para meu espanto, a “tiazona” tinha uma
coleção incrível. Nazareth, Status Quo, Queen, Ozzy Osbourne, eram alguns do
itens na discoteca da “tia”.
Mas dois discos em especial, me chamaram muito a atenção. Os
álbuns do Kiss, Lick It Up (o primeiro sem maquiagens) e Destroyer (esse me
arrebatou de cara... e sabe por quê? Pela capa).
É uma das capas mais bonitas de toda a discografia da banda.
Pedi pro Maomé colocar no toca discos de cara. Adorei o som... Canções como
“Beth”, “Flaming Youth”, “Do You Love Me”, “Great Expectations” e em especial,
“Detroit Rock City” e “God Of Thunder”, me acertaram em cheio, igual um murro no
estômago (mas no bom sentido).
Pedi o disco emprestado e ouvi até não poder mais. Gravei em
fita K7 e ouvia o dia todo no meu Walkman, em todos os lugares imagináveis e
possíveis. Ali, fui fisgado.
Sem sombra de dúvidas, o disco mais “pesado” do Kiss.
Aqui, a primeira mudança na formação dos integrantes da
banda, resulta em um dos melhores discos da carreira da banda. Na verdade,
desde o disco Dynasty de 1979, o Kiss era uma espécie de projeto de Paul Stanley
e Gene Simmons, onde ambos criavam suas composições com auxílio de músicos
contratados. Nesse disco, a história não foi diferente, pois mesmo com a
efetivação do grande Eric Carr na bateria, Ace Frehley não tocou em nenhuma
música do projeto, tanto que logo após o lançamento de Creatures Of The Night,
Vinnie Vincent foi efetivado como guitarrista solo oficial da banda.
E mesmo assim, Vinnie Vincent não foi o único guitarrista a
tocar no disco.
Mas de alguma maneira, esse “entra e sai” de músicos, gerou
um disco brilhante.
“Creatures Of The Night”, “I Love It Loud”, “Rock
And Roll Hell”, “Danger”, “Killer” e a obra prima “War Machine” são clássicos
imaculados do Kiss... Todas executadas com um “peso” até então inédito na
trajetória da banda.
Sei que é chover no molhado, mas a capa é outro ponto forte
do disco.
Uma curiosidade sobre o álbum: O cantor e compositor (na
época desconhecido) Bryan Adams é co – autor de algumas músicas deste disco.
Love Gun – 1977
Se é pra falar de capas, esta é a mais representativa, pois
capta a essência da banda.
Foi o primeiro disco de vinil que eu tive na minha vida.
Comprei em um sebo e ouvia direto, e ficava com a capa nas mãos, “viajando”.
“Love Gun”, “Hooligan”, “I Stole Your Love”, “Plaster Caster”,
“Shock Me” por exemplo, faziam minha mente, literalmente viajar no som dos
caras.
Aqui, o Kiss faz um Rock energético e sem firulas (o disco
não tem nenhuma balada), e também pode ser considerado um dos álbuns mais
”heavy” da banda.
Foi talvez, o último disco do Kiss gravado como banda (com
os quatro integrantes trabalhando em conjunto). Depois de Love Gun, a coisa
ficou, digamos, mais individualista, como citado anteriormente.
Naquela época, só existiam duas maneiras de acompanhar a
carreira de uma banda. Ou comprando os discos e lendo a ficha técnica das
capas, ou além de adquirir os discos, comprar revistas de música, que
trouxessem informações sobre banda de que se era fã.
Então, eu fazia as duas coisas.
Esse disco até hoje, me traz ótimas memórias da época de
escola.
Rock N’ Roll Over – 1976
Esse um outro amigo meu, o Pablo tinha em vinil. Maomé me
apresentou o Kiss, mas o Pablo era “fãzaço” da banda e me doutrinou em
“Kissologia”, por assim dizer.
Lembro de ir na casa do Pablo só pra ouvir esse disco durante tardes inteiras.
Eu acho o melhor “agrupamento” de canções do Kiss em um só
disco. Rock N’ Roll Over não tem sequer UMA música ruim. Todas as faixas são
excelentes.
Como gosto de todas as músicas, vou citar apenas “Hard
Luck Woman”, a mais bela balada do Kiss (com forte influência de... música country!).
Outro fator decisivo: Os melhores solos de guitarra de Ace
Frehley estão neste disco! Pode conferir.
A capa, é disparada a mais bonita entre todas as capas de
discos da banda (inclusive já pensei até em fazer uma tatuagem com este
desenho).
Acho este álbum o ápice criativo do Kiss, pois em 1976 e
1977, nenhuma banda era mais popular que o Kiss nos Estados Unidos. Canções
excelentes, shows excelentes, visual excelente... Tudo na mitologia do Kiss era
absurdamente legal.
Esses foram os meus escolhidos como os melhores discos do
Kiss, apesar de sido complicado deixar clássicos como Dressed To Kill,
Hotter Than Hell, e Revenge de fora... Me “cortou o coração”, mas fazer o quê,
né?
Espero que gostem.
Abraço.
Muito legal ver o quanto vc gosta deles e viaja no tempo!!!
ResponderExcluirQuem vê, acha que não é tanto assim, mas noto o quanto tu é fã, como nessa semana, que o assunto é eles e só eles!!!
Ficou demais, mesmo!!!
Parabéns...
Valeu, galinho roxo... Obrigado. Abs.
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