Esta
semana Morrissey, ou simplesmente “Moz” para os íntimos, lançou a primeira
música de trabalho de seu novo disco, que sai no mês de julho. Tanto o disco
quanto a canção chamam-se “World Peace Is None of Your Bussiness”. A letra da
música é esta:
“A paz mundial não é da sua conta
Você não deve interferir nos acordos
Trabalhe duro e gentilmente pague seus impostos
Nunca pergunte para quê
Oh oh, seu pobre tolinho
Oh oh, seu tolo
A paz mundial não é da sua conta
A polícia vai te atordoar com suas armas
Ou eles vão te imobilizar com suas armas de choque
É para isso que serve o governo
Oh oh, seu pobre tolinho
Oh oh, seu tolo
A paz mundial não é da sua conta
Então, por gentileza, não se meta
Os ricos devem lucrar e ficar mais ricos
E os pobres devem permanecer pobres
Oh oh, pobre tolinho
Oh oh, seu tolo
Cada vez que você votar, você apoia o processo
Cada vez que você votar, você apoia o processo
Cada vez que você votar, você apoia o processo
Você não deve interferir nos acordos
Trabalhe duro e gentilmente pague seus impostos
Nunca pergunte para quê
Oh oh, seu pobre tolinho
Oh oh, seu tolo
A paz mundial não é da sua conta
A polícia vai te atordoar com suas armas
Ou eles vão te imobilizar com suas armas de choque
É para isso que serve o governo
Oh oh, seu pobre tolinho
Oh oh, seu tolo
A paz mundial não é da sua conta
Então, por gentileza, não se meta
Os ricos devem lucrar e ficar mais ricos
E os pobres devem permanecer pobres
Oh oh, pobre tolinho
Oh oh, seu tolo
Cada vez que você votar, você apoia o processo
Cada vez que você votar, você apoia o processo
Cada vez que você votar, você apoia o processo
Brasil, Bahrain
Oh, Egito, Ucrânia
Tantas pessoas sofrendo
Chega, seu pobre tolinho
Chega, seu tolo...”
Coisa
de gênio, não é?
Eu
considero Morrissey um dos maiores letristas da História da Música Pop.
Quando
estava no seminal e maravilhoso grupo inglês The Smiths, o jovem Steven Patrick
Morrissey, aliado ao gênio da guitarra Johnny Marr, embalou toda uma geração
com hinos do porte de “The Boy With the Thorne in Is Side”, “This Charming Man”,
“Hand in Glove”, “Last Night I Dreamed That Somebody Loves Me”, “How Soon is Now” e
duas das mais lindas canções já compostas por um ser humano neste planeta: “I
Know It’s Over”, e “There Is a Light That Never Goes Out”, além de outras milhares
de músicas incrivelmente fantásticas.
Tudo
em Moz é “muito”. Talento, inteligência, sensibilidade, ativismo e arrogância.
Moz
é vegetariano radical, e no DVD ao vivo (onde celebra seus 50 anos de idade em
sua cidade natal) “Who Put the ‘M’ in Manchester”, incluiu nos extras, um
documentário estarrecedor sobre o abate de animais em matadouros (nunca
consegui assistir até o fim).
Morrissey
é um “discípulo direto” de um dos maiores poetas de todos os tempos, o seu
compatriota Oscar Wilde, pois o teor de sua poesia/crítica/análise do
comportamento humano é sublime, onde a acidez contrasta com uma ternura quase
infantil e sonhadora.
Arrogância?
Sobre
o casal Beckham: “Eles deveriam ser arrastados para fora do ‘vilarejo’ e depois
açoitados”.
Sobre
Madonna: “Ela reforça tudo que é absurdo
e ofensivo. Feminilidade desesperada. Madonna é o mais próximo de prostituição
organizada que existe”.
Sobre
Michael Bublé: “Ele é famoso e sem
sentido”.
Sobre o The
Cure: “Robert Smith é um saco de
reclamações sem fundo”.
Sobre a Realeza Britânica: Eu gostaria que o
príncipe Charles fosse baleado. Acho que o mundo seria um lugar muito mais
interessante”.
Sobre os
chineses: “São uma subespécie”.
Também
considero Morrissey um dos poucos artistas de bandas, que realizaram em sua
carreira solo, um trabalho tão bom (ou até melhor) do que seu trabalho enquanto
que integrante de um grupo ou uma banda.
Considero,
pelo menos, dois discos da carreira solo do cantor perfeitos (Viva Hate e You
Are The Quarry, de 1988 e 2004, respectivamente).
Outro
ponto alto do cantor, além das composições, é a voz inigualável. A Dona Graciela
Scaravonatti, baita fã do cara, considera Moz um dos maiores cantores e
intérpretes de todos os tempos. Concordo plenamente com ela, pois além da bela
voz, assim como Sinatra, Elvis, Aretha Franklin e outros “gigantes”, Morrissey sempre
injeta em suas músicas, a dose necessária de emoção.
Morrissey
é um operário da canção.
Espero
que Moz demore muitos e muitos anos para que se aposente de sua função, que é
ser nada mais, nada menos, do que uma ilha de talento em
um oceano de mediocridade.
Viva
Moz.
Abraço.
Aeeeee, muito, muito, muito bom.
ResponderExcluirAdoro Morrissey e seu texto ficou incrível!!!
Adorei a música e as ´´críticas´´ no meio do texto tmbm.
Parabéns, abs!!!
Valeu, "Mozníaco".... Hahahahaha!! Abs.
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