quinta-feira, 29 de maio de 2014

Trovando Sobre: OS MAIORES VILÕES DO CINEMA



Tarefa ingrata para este post. Listar os mais malvados, cruéis e carismáticos vilões de todos os tempos na História do Cinema.

Vou listar aqui, alguns personagens que são pura maldade, e outros que são maldade misturada com uma certa dualidade, que os torna totalmente humanos, que nos fazem questionar se estes personagens realmente, são “maus”. Até porque, como sabemos, o “vilão” para alguns, é o “herói” para outros.

São eles:


Pazuzu – O Exorcista; 1973.

















Talvez o pior desta lista. Esse é 100% maldade, já que se trata de um demônio (e não O demônio, como pensam alguns). Pazuzu se manifesta através de uma pequena estátua encontrada na África pelo padre Merrin (interpretado pelo fantástico ator Max Von Sydow). Anos depois, Pazuzu se apodera do corpo e da alma de uma adolescente chamada Regan. Pazuzu obriga a entre outras atrocidades, blasfemar, se masturbar com um crucifixo e vomitar uma nojenta gosma verde em um padre que vai ajudá-la.

A maquiagem (com um rosto pálido, olhos “esbugalhados” e dentes salientes e felinos) e cada aparecimento de Pazuzu durante o filme são horripilantes, já que ele só é mostrado em relances muito rápidos, talvez como uma entidade destas realmente se manifeste. Não há quem assista ao filme e não se assuste com o diabólico vilão.

Tenso.




Michael Myers – Halloween, A Noite do Terror; 1978.
























Dos assassinos seriais clássicos do cinema (junto com Jason e Freddy Krueger), Michael Myers é disparado o mais perverso. Quando ainda era uma criança, Myers sentia enorme prazer em torturar e matar animais, sempre demonstrando uma espécie de “maldade natural”. Ainda garoto, assassinou o padrasto, a irmã e o namorado dela de forma brutal e fria e sem demonstrar nenhum tipo de arrependimento.  Ficou anos preso em um sanatório, e fugiu de lá ao completar 21 anos, para assassinar a irmã caçula Lauren (e quem quer que cruzasse seu caminho).

Michael é um gigante de 2,00 metros de altura, com uma força descomunal e que adora matar de forma violenta, usando facas ou as próprias mãos, fazendo suas vítimas sentirem pavor e extremo sofrimento. O aspecto mais sombrio sobre Michael Myers, é a tenebrosa máscara que usa (toda branca, com cabelos castanhos e sem nenhum tipo de expressão facial).

Diz a lenda que a máscara foi inspirada no rosto do ator William Shatner (o capitão Kirk, de Jornada nas Estrelas).




Senhora Carmody ­– O Nevoeiro; 2007.
























Ela é solitária e esquisita e motivo de gozação pelos moradores da cidade. Ela é extremamente religiosa, e cita a bíblia e suas passagens de trás pra frente.

Tudo indicaria que a senhora Carmody seria pacata e sem muito destaque neste ÓTIMO filme, certo?

Totalmente errado, meu amigo.

Assim, como acontece com TODO e qualquer fanático religioso, quando recebe uma certa importância, ou quando começa a influenciar pessoas desesperadas por “salvação”, a senhora Carmody se transforma em um dos monstros mais terríveis que já foram vistos no cinema.

Quando sente que tem poder, e se torna uma “autoridade”, a vilã começa com mandos e desmandos, além de atos extremamente cruéis e sem sentido. Desde mandar atirar “infiéis” aos monstros que aparecem no filme, até mandar as pessoas sacrificarem um menino, “em nome de Deus”.

Mas o mais horripilante, é que sempre existem idiotas e imbecis para seguirem aberrações como a senhora Carmody.

A personagem demostra claramente, que monstros alienígenas não são tão desprezíveis assim, quando comparados à natureza humana.

Raras vezes, eu senti tanto prazer ao ver uma pessoa tomar dois tiros e cair morta, quanto eu senti ao assistir a senhora Carmody ir para o inferno.




Magneto – X Men, Dias de Um Futuro Esquecido; 2014.
















Para início de conversa, Magneto é o personagem/vilão mais legal de todo o universo Marvel. Brilhantemente retratado no cinema pelo grande ator Michael Fassbender, Erik Magnus Lansherr, ou simplesmente Magneto, é um sujeito radical, com ideias extremistas sobre a superioridade dos mutantes sob a raça humana.

Magneto é um sobrevivente do holocausto nazista (o personagem é alemão, de origem judia), e por isso, sofreu na pele toda a crueldade e preconceito que alguém pode suportar. Algumas pessoas quando sofrem covardias na vida, “viram o rosto e oferecem a outra face”... Magneto, definitivamente, não é esse tipo de pessoa.

Magneto oferece ainda mais dor e desprezo à quem ele considera “inferior”, ou seja, à todo e qualquer ser humano do planeta Terra, e esse ódio se estende a mutantes que se oponham as suas ideias de revolução.

Terrorista para alguns, herói para outros. Essa dualidade na personalidade do personagem o torna tão carismático e tão interessante, que alguns espectadores dentro do cinema, ao assistirem ao último filme dos X Men, o ótimo “Dias de Um Futuro Esquecido”, chegam ao ridículo de imitar os característicos gestos de suas mãos ao usar o seu poder de controle sobre o metal.

Sério, eu vi “adultos” fazendo isso no cinema.




Coringa – Batman, O Cavaleiro das Trevas Ressurge; 2008.
























Um dos melhores filmes de todos os tempos, gerou o maior vilão de todos os tempos. Se Magneto é o personagem mais legal da Marvel, o Coringa além de ser o personagem mais legal da DC Comics, é o personagem/vilão mais legal de histórias em quadrinhos retratados no cinema.

Heath Ledger incorporou o Coringa de tal forma, que quando eu penso no personagem, a minha mente me traz a figura de Ledger e sua risada maquiavélica. O ator recebeu um merecido Oscar (póstumo) pela atuação.

O Coringa não tem origem, não tem passado, não tem razões, não tem motivos, não tem amigos, não tem família, não tem apego a absolutamente nada. E é isso que o torna tão perigoso... O fato de ele ser completamente imprevisível e incontrolável.

A coisa mais próxima de um sentimento que o personagem sente, é uma espécie de amor/ódio pelo Batman, pois ele crê que a eterna luta dos dois, é o combustível que alimenta a vida de ambos, quase que numa dependência.

O Coringa durante o filme, apesar de considerado louco, demonstra uma visão perfeita do mundo e da alma humana, especialmente quando diz ao Batman: “Quando os problemas surgirem, essas tais pessoas civilizadas, vão comer umas às outras”. Ou quando caçoa do Homem Morcego: “Você não tem nada contra mim, não há nada que você possa fazer mesmo com toda a sua força...”. Eu quase me ajoelhei e chorei no cinema, quando assisti essas cenas na primeira das seis vezes que assisti o filme.

O roteirista, o diretor e o ator entenderam plenamente o personagem e suas motivações.

O Coringa é o vilão que todos amam odiar. Eu adoro o personagem, e o admiro, em certos aspectos.





Esses são os maiores Vilões do Cinema, e tenho dito.



Abraço.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Trovando sobre: MORRISSEY



Esta semana Morrissey, ou simplesmente “Moz” para os íntimos, lançou a primeira música de trabalho de seu novo disco, que sai no mês de julho. Tanto o disco quanto a canção chamam-se “World Peace Is None of Your Bussiness”. A letra da música é esta:

A paz mundial não é da sua conta
Você não deve interferir nos acordos
Trabalhe duro e gentilmente pague seus impostos
Nunca pergunte para quê

Oh oh, seu pobre tolinho
Oh oh, seu tolo

A paz mundial não é da sua conta
A polícia vai te atordoar com suas armas
Ou eles vão te imobilizar com suas armas de choque
É para isso que serve o governo

Oh oh, seu pobre tolinho
Oh oh, seu tolo

A paz mundial não é da sua conta
Então, por gentileza, não se meta
Os ricos devem lucrar e ficar mais ricos
E os pobres devem permanecer pobres

Oh oh, pobre tolinho
Oh oh, seu tolo

Cada vez que você votar, você apoia o processo
Cada vez que você votar, você apoia o processo
Cada vez que você votar, você apoia o processo

Brasil, Bahrain
Oh, Egito, Ucrânia
Tantas pessoas sofrendo

Chega, seu pobre tolinho
Chega, seu tolo...”


Coisa de gênio, não é?

Eu considero Morrissey um dos maiores letristas da História da Música Pop.

Quando estava no seminal e maravilhoso grupo inglês The Smiths, o jovem Steven Patrick Morrissey, aliado ao gênio da guitarra Johnny Marr, embalou toda uma geração com hinos do porte de “The Boy With the Thorne in Is Side”, “This Charming Man”, “Hand in Glove”, “Last Night I Dreamed That Somebody Loves Me”, “How Soon is Now” e duas das mais lindas canções já compostas por um ser humano neste planeta: “I Know It’s Over”, e “There Is a Light That Never Goes Out”, além de outras milhares de músicas incrivelmente fantásticas.

Tudo em Moz é “muito”. Talento, inteligência, sensibilidade, ativismo e arrogância.

Moz é vegetariano radical, e no DVD ao vivo (onde celebra seus 50 anos de idade em sua cidade natal) “Who Put the ‘M’ in Manchester”, incluiu nos extras, um documentário estarrecedor sobre o abate de animais em matadouros (nunca consegui assistir até o fim).

Morrissey é um “discípulo direto” de um dos maiores poetas de todos os tempos, o seu compatriota Oscar Wilde, pois o teor de sua poesia/crítica/análise do comportamento humano é sublime, onde a acidez contrasta com uma ternura quase infantil e sonhadora.

Arrogância? 

Sobre o casal Beckham: “Eles deveriam ser arrastados para fora do ‘vilarejo’ e depois açoitados”.

Sobre Madonna: “Ela reforça tudo que é absurdo e ofensivo. Feminilidade desesperada. Madonna é o mais próximo de prostituição organizada que existe”.

Sobre Michael Bublé: “Ele é famoso e sem sentido”.

Sobre o The Cure: “Robert Smith é um saco de reclamações sem fundo”.

Sobre a Realeza Britânica: Eu gostaria que o príncipe Charles fosse baleado. Acho que o mundo seria um lugar muito mais interessante”.

Sobre os chineses: “São uma subespécie”.

Também considero Morrissey um dos poucos artistas de bandas, que realizaram em sua carreira solo, um trabalho tão bom (ou até melhor) do que seu trabalho enquanto que integrante de um grupo ou uma banda.

Considero, pelo menos, dois discos da carreira solo do cantor perfeitos (Viva Hate e You Are The Quarry, de 1988 e 2004, respectivamente).

Outro ponto alto do cantor, além das composições, é a voz inigualável. A Dona Graciela Scaravonatti, baita fã do cara, considera Moz um dos maiores cantores e intérpretes de todos os tempos. Concordo plenamente com ela, pois além da bela voz, assim como Sinatra, Elvis, Aretha Franklin e outros “gigantes”, Morrissey sempre injeta em suas músicas, a dose necessária de emoção.

Morrissey é um operário da canção.

Espero que Moz demore muitos e muitos anos para que se aposente de sua função, que é ser nada mais, nada menos, do que uma ilha de talento em um oceano de mediocridade.

Viva Moz.






Abraço.



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Trovando Sobre: O MELHOR DO KISS



Eu tenho uma mania, quer dizer, eu tenho várias manias, mas uma em especial, que me dá imenso prazer. Todo dia quando venho trabalhar (de metrô), gosto de vir ouvindo algum disco do Kiss. Não sei o porquê, mas adoro ouvir Kiss, especialmente, pela manhã.

Quando eu não estava trabalhando, eu ouvia em casa, todas as manhãs.

Como escrevi previamente neste espaço, sou fã da banda desde minha adolescência, e sigo devoto do quarteto de Nova Iorque até os dias de hoje.

Como já falei dos shows incríveis que a banda faz, e do meu prazer de ter tido a oportunidade de ir a dois destes shows, resolvi para este texto, listar os meus discos preferidos da banda.

É também uma maneira de marcar o aniversário de 40 anos de carreira do grupo, que lançou seu primeiro álbum em 1974.

Os meus “best of the best” são:


Kiss – 1974


O primeiro disco dos caras é quase uma coletânea, de tantas músicas boas juntas. “Strutter”, “Cold Gin”, “Black Diamond”, “Firehouse”, “Let Me Know” entre outras, são tocadas até hoje nos shows do grupo.  Na minha opinião é um dos melhores discos de estreia da história do Rock. Eu imagino em 1974, tu chegar na loja de discos e ver essa capa, o choque devia ser.

O visual era algo nunca antes visto na história do Rock. Era uma espécie de “banda de super -  heróis”. Alice Cooper veio antes, mas o Kiss causou muito mais impacto.

Juntando o visual e o trabalho musical excelente, o resultado foi este disco soberbo.

Acredito que muitas pessoas compraram o disco pela capa. Só que daí, quando ouviram o trabalho e constataram que se tratava de um discaço de Rock, a satisfação e a diversão foram garantidas.

E todo fã de Kiss sabe disso: O Kiss é pura diversão.




Destroyer – 1976


Meu primeiro contato com a banda. Em uma tarde qualquer fui convidado por um amigo chamado Maomé (sério, o nome do cara era esse), para ir à sua casa ouvir uns discos da mãe dele!

Cheguei lá, e para meu espanto, a “tiazona” tinha uma coleção incrível. Nazareth, Status Quo, Queen, Ozzy Osbourne, eram alguns do itens na discoteca da “tia”.

Mas dois discos em especial, me chamaram muito a atenção. Os álbuns do Kiss, Lick It Up (o primeiro sem maquiagens) e Destroyer (esse me arrebatou de cara... e sabe por quê? Pela capa).

É uma das capas mais bonitas de toda a discografia da banda. Pedi pro Maomé colocar no toca discos de cara. Adorei o som... Canções como “Beth”, “Flaming Youth”, “Do You Love Me”, “Great Expectations” e em especial, “Detroit Rock City” e “God Of Thunder”, me acertaram em cheio, igual um murro no estômago (mas no bom sentido).

Pedi o disco emprestado e ouvi até não poder mais. Gravei em fita K7 e ouvia o dia todo no meu Walkman, em todos os lugares imagináveis e possíveis. Ali, fui fisgado.




Creatures Of The Night – 1982



Sem sombra de dúvidas, o disco mais “pesado” do Kiss.

Aqui, a primeira mudança na formação dos integrantes da banda, resulta em um dos melhores discos da carreira da banda. Na verdade, desde o disco Dynasty de 1979, o Kiss era uma espécie de projeto de Paul Stanley e Gene Simmons, onde ambos criavam suas composições com auxílio de músicos contratados. Nesse disco, a história não foi diferente, pois mesmo com a efetivação do grande Eric Carr na bateria, Ace Frehley não tocou em nenhuma música do projeto, tanto que logo após o lançamento de Creatures Of The Night, Vinnie Vincent foi efetivado como guitarrista solo oficial da banda.

E mesmo assim, Vinnie Vincent não foi o único guitarrista a tocar no disco.

Mas de alguma maneira, esse “entra e sai” de músicos, gerou um disco brilhante.

“Creatures Of The Night”, “I Love It Loud”, “Rock And Roll Hell”, “Danger”, “Killer” e a obra prima “War Machine” são clássicos imaculados do Kiss... Todas executadas com um “peso” até então inédito na trajetória da banda.

Sei que é chover no molhado, mas a capa é outro ponto forte do disco.

Uma curiosidade sobre o álbum: O cantor e compositor (na época desconhecido) Bryan Adams é co – autor de algumas músicas deste disco.



Love Gun – 1977



Se é pra falar de capas, esta é a mais representativa, pois capta a essência da banda.

Foi o primeiro disco de vinil que eu tive na minha vida. Comprei em um sebo e ouvia direto, e ficava com a capa nas mãos, “viajando”.

“Love Gun”, “Hooligan”, “I Stole Your Love”, “Plaster Caster”, “Shock Me” por exemplo, faziam minha mente, literalmente viajar no som dos caras.

Aqui, o Kiss faz um Rock energético e sem firulas (o disco não tem nenhuma balada), e também pode ser considerado um dos álbuns mais ”heavy” da banda.

Foi talvez, o último disco do Kiss gravado como banda (com os quatro integrantes trabalhando em conjunto). Depois de Love Gun, a coisa ficou, digamos, mais individualista, como citado anteriormente.

Naquela época, só existiam duas maneiras de acompanhar a carreira de uma banda. Ou comprando os discos e lendo a ficha técnica das capas, ou além de adquirir os discos, comprar revistas de música, que trouxessem informações sobre banda de que se era fã.

Então, eu fazia as duas coisas.

Esse disco até hoje, me traz ótimas memórias da época de escola.



Rock N’ Roll Over – 1976



Esse um outro amigo meu, o Pablo tinha em vinil. Maomé me apresentou o Kiss, mas o Pablo era “fãzaço” da banda e me doutrinou em “Kissologia”, por assim dizer.

Lembro de ir na casa do Pablo só pra  ouvir esse disco durante tardes inteiras.

Eu acho o melhor “agrupamento” de canções do Kiss em um só disco. Rock N’ Roll Over não tem sequer UMA música ruim. Todas as faixas são excelentes.

Como gosto de todas as músicas, vou citar apenas “Hard Luck Woman”, a mais bela balada do Kiss (com forte influência de... música country!).

Outro fator decisivo: Os melhores solos de guitarra de Ace Frehley estão neste disco! Pode conferir.

A capa, é disparada a mais bonita entre todas as capas de discos da banda (inclusive já pensei até em fazer uma tatuagem com este desenho).

Acho este álbum o ápice criativo do Kiss, pois em 1976 e 1977, nenhuma banda era mais popular que o Kiss nos Estados Unidos. Canções excelentes, shows excelentes, visual excelente... Tudo na mitologia do Kiss era absurdamente legal.



Esses foram os meus escolhidos como os melhores discos do Kiss, apesar de sido complicado deixar clássicos como Dressed To Kill, Hotter Than Hell, e Revenge de fora... Me “cortou o coração”, mas fazer o quê, né?



Espero que gostem.




Abraço.


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Trovando Sobre: CLÁSSICOS DA SESSÃO DA TARDE



Hoje, pra variar, estou me sentido nostálgico... Estou louco de vontade de estar em casa, comendo um Cebolitos (vício maldito!) e assistindo a um “clássico da Sessão da Tarde”.

Pensando nisso, e por sugestão de um certo maníaco que conheço, resolvi listar os filmes mais legais exibidos nas tardes da Rede Globo de televisão.
São eles:

Indiana Jones e o Templo da Perdição.



Confesso que nunca fui um grande fã do professor de arqueologia que nas horas vagas, se aventura atrás de relíquias preciosas. E sou menos fã ainda do ator que interpreta o Dr. Henry Jones Jr., o “Cigano Igor dos States”, chamado Harrison Ford.

Mas dos quatro filmes da série Indiana Jones, este é indiscutivelmente o melhor. A cena inicial da pedra rolando atrás de Indiana Jones, as cenas das crianças trabalhando como escravas, os servos sendo transformados em estátuas de ouro, são tão clássicas que ficaram marcadas na memória de qualquer um que tenha visto o filme na época.

Mas a cena mais legal e “nojenta” ao mesmo tempo, é a cena do “banquete”, onde iguarias, como cérebro de macaco, cobras (vivas) e besouros são servidas aos convidados. Lembro que quando essa cena era mostrada na TV, até a pipoca perdia o sabor...



Um Tira da Pesada.


Eddie Murphy já foi um comediante brilhante... É impossível comparar o trabalho de Murphy nos anos 80 com qualquer coisa que ele fez depois.

Nesse filme, comédia e ação são dosadas com perfeição. O engraçadíssimo detetive de Detroit, Axel Foley, vai parar em Beverly Hills para resolver um crime. O filme tem além de Foley, coadjuvantes legais que abrilhantam o tom do filme (lembra do Sèrge?).

Lembro que todas as vezes que reprisava, eu assistia, bem como a parte II (bem legal) e a parte III (tenebrosa).

A cena onde Axel Foley interpreta um gay para ter acesso a sala do criminoso é hilária... Lembro da voz do dublador, dando a ênfase perfeita nas palavras.

Detesto filmes dublados, mas antigamente, as dublagens eram muito boas e coerentes com as falas originais dos filmes.

A música tema do filme (The Heat Is On), e o tema do personagem principal (Axel F) também eram muito, mas muito legais.



Comando para Matar.


Talvez o filme mais “forçado” e exagerado do Arnold Schwarzenegger, mas é um dos que mais gosto.

Arnold é um ex militar que vive isolado no campo, com sua filha adolescente, entre outras tarefas costumeiras, Arnold corta árvores gigantes à machado, e as carrega no ombro, com apenas um paninho de proteção, sem esboçar a menor dificuldade de fazer isto.

Sério, essa é a primeira cena do filme.

O filme não tem um roteiro dos mais originais, mas era muito legal ver o Arnold arrancando o banco de um carro conversível com as mãos, atirando uma serra na testa de um cara, e arrancando o topo da cabeça do pobre coitado, segurando um bandido com um braço na beira de um penhasco, entre outras “sem sensibilidades”.

Sem contar o massacre de 34562659 vilões por Arnold... sozinho.

Mas o mais legal era essa figura.



Quando o Fausto imita esse “vilão feroz” do filme, eu quase mijo nas calças. Bennett é o inimigo do Arnold no filme, mas na verdade, o Fausto e eu sempre desconfiamos que esse ódio, era um amor beeeeem reprimido.  Chamamos Bennett carinhosamente de “Freddie Mercury”.

Nunca um grito de ódio como:  ”Aaaaiiiii, Jooooohn”, foi tão divertido.



O Império Contra Ataca.


Quando eu era guri, eu adorava Star Wars, mais precisamente, eu adorava o Darth Vader. Esta é a segunda parte da saga de ficção científica, e no meu julgamento, a melhor de todas. Han Solo congelado, o Caçador de Cabeças, o deserto e suas feras, as geleiras, e Luke Skywalker quase sendo devorado por uma espécie de “Pé Grande”, animavam minhas tardes.

Para promover o filme, lembro que comprando um número X de latas de Nescau, ganhava-se de brinde, uma máscara de plástico do Vader... Obviamente que quando o filme passava, eu assistia com minha máscara por perto.

Eu adorava assistir, e viajava vendo aqueles personagens tão legais, e esse filme em especial, sempre me intrigou, pois no fim, eu me perguntava: “Tá mas e daí, o vilão venceu”?

Acho que é por isso que eu gosto tanto desse filme... Porque o Darth Vader vence no final.

Era um final bem diferente para os padrões da época.



Curtindo a Vida Adoidado.



Ferris Bueller é “o” cara. Sempre foi e sempre será.

Tenho o dvd desse filme e assisto até hoje. Detalhe: É talvez, o único filme que eu prefiro ver na versão dublada.

Junto com “Um Príncipe em Nova York”, é o maior clássico dos anos 80, e disparado o maior clássico da “Sessão da Tarde”. Os anos 80 foram muito bons para a juventude, pois grandes filmes foram feitos por e para jovens.

A história é simples, mas com desdobramentos épicos... Ferris resolve matar aula, enganado sua família e a escola, para curtir uma “linda tarde, que não poderia ser desperdiçada dentro de uma sala de aula”...

Cenas clássicas? Praticamente todas! O filme é clássico até nos menores detalhes!

“Bueller... Bueller... Bueller?” Uma das cenas mais hilárias do cinema, feita durante uma chamada de sala de aula... O banho e as dicas para convencer nas mentiras contadas sobre doenças que impossibilitam alunos de irem às aulas. A cena do restaurante (Chez Luis, não me esqueço!). Ferris cantando “Twist and Shout”, no centro de Nova York, durante uma parada festiva... Lembranças maravilhosas.

Outra lembrança maravilhosa é a atriz Mia Sara, que interpreta Sloane Peterson, a namorada de Ferris Bueller... Uma tremenda gata.

Afirmo com toda a certeza, que não se fazem mais filmes como estes que citei aqui. E isso é uma pena.


Estes foram os meus clássicos da Sessão da Tarde.

Espero que gostem.



Abraço.




sábado, 3 de maio de 2014

Trovando Sobre: GUNS N' ROSES - FIERGS, 2014



Tinha tudo para ser um show inesquecível.

Todo mundo com horário flexível, e saída cedo de São Leopoldo.

Todos na “comitiva” eram fãs de carteirinha do Guns N’ Roses.

A “comitiva” era formada por gente fina, elegante e sincera.

Clima perfeito.

Trânsito tranquilo e rápido, exceto nas proximidades da FIERGS (e uma pequena barbeiragem na frente do estacionamento)...

Mas não foi um show inesquecível.

Foi muito mais do que isso.

“Estranged”, “November Rain”, “Sweet Child O’ Mine”, “Don’t Cry”, "Civil War", "Nightrain", “Welcome To the Jungle”, “Paradise City”. Como um show pode ser ruim, com músicas assim sendo tocadas?

A “cereja do bolo”, foi uma versão espetacular de “Used To Lover Her”, canção que não era tocada há anos ao vivo pelo Guns... foi uma espécie de “carinho especial” do tio Axl aos fãs gaúchos.

Axl Rose é um fenômeno da natureza. Um homem de 52 anos que se movimenta durante duas horas e meia de show, como se ele tivesse vinte e dois anos? Um cantor de 52 anos que tem um dos timbres mais marcantes (e altos) da música, cantar tão bem, com tanta personalidade?



Sem contar o carisma do astro... Axl visivelmente respeita seus fãs, e por isso, dá o sangue em cima do palco.

Se tu espera minimalismo, tristeza, e filosofias existenciais, teu lugar, definitivamente, não é em uma apresentação do Guns N’ Roses.

Apesar do lugar não ser dos mais apropriados (a “comitiva” foi unânime, o estacionamento seria muito mais apropriado do que os pavilhões internos), pois o som seria melhor equalizado, e pilares não atrapalhariam a visão de alguns, isto foram detalhes mínimos, já que o evento foi muito, mas muito especial para mim por alguns motivos bem pessoais.

Eu já tinha visto o Guns N’ Roses anteriormente, em duas ocasiões, mas nada, nada mesmo se compara a ir a uma show com AMIGOS, já que nas outras vezes, eu estava sozinho.

Foi o primeiro show da vida do Nica, e isso por si só já tornou o evento único. Era muito legal olhar para cara do amigo, e vê-lo abismado, como se estivesse em outro mundo... A cara de satisfação do Rodrigo, ao encarar filas, ao beber cerveja conosco, ao tirar fotos do show e das outras pessoas, foi especial. Sei lá, foi como apresentar o cara, a um outro universo. O universo místico do Rock N’ Roll, onde os problemas são bobos, e só que importa é a música e a amizade.

Toda e qualquer pessoa que seja fã de música, deve ao menos uma vez na vida, ir a um show ao vivo. É uma experiência de “iluminação”, quase que religiosa.

Sei que o Nica sentiu essa “iluminação”. Ele me contou.

Outro motivo de o espetáculo ter sido tão singular, foi ter tido a companhia do Fausto. O cara é simplesmente o maior fã e conhecedor da obra do Guns N’ Roses que eu já vi. Não sei de nenhum outro "vivente" que conheça e admire tanto a obra do Sr. Axl Rose e seus comparsas (sejam eles quem forem).

Em determinados momentos, eu olhava pro Fausto, e ele só ria. Ele olhava pro palco e ria, ele olhava pra mim e ria, ele cutucava a Franci e ria, quase que não acreditando que, depois de anos acompanhando e apoiando o trabalho do Guns, ele estava ali, frente a frente com a banda.

Em outras canções, o Fausto ficava calado e imóvel, quase que em transe... Atento a todos os detalhes.

Em certas músicas do show, a gente se abraçava (Nica, Fausto e eu) e berrava o refrão da música, tamanho o nosso encantamento naquela noite mágica.

Parecíamos crianças no parque de diversões.

Notei que a Graci e Franci também gostaram muito do show, mas elas são mais comedidas e contidas do que nós homens... beeeem mais.

Sem dúvida, foi um dos melhores shows que eu já vi na vida, pois além da música maravilhosa e imortal do Guns, eu estava cercado de pessoas extremamente queridas por mim... Meus irmãos, minha amigona do peito e o meu amor.

Faz um mês que tive uma das melhores noites da minha vida.

Eu nunca vou me esquecer do dia 03/04/2014.



Obrigado Graci, Nica, Fausto e Franci por terem sussurrado “alone” comigo nessa noite inesquecível.



Abraço.