Tarefa ingrata para este post. Listar os mais malvados,
cruéis e carismáticos vilões de todos os tempos na História do Cinema.
Vou listar aqui, alguns personagens que são pura maldade, e
outros que são maldade misturada com uma certa dualidade, que os torna
totalmente humanos, que nos fazem questionar se estes personagens realmente,
são “maus”. Até porque, como sabemos, o “vilão” para alguns, é o “herói” para
outros.
São eles:
Pazuzu – O Exorcista; 1973.
Talvez o pior desta lista. Esse é 100% maldade, já que se
trata de um demônio (e não O demônio, como pensam alguns). Pazuzu se manifesta
através de uma pequena estátua encontrada na África pelo padre Merrin
(interpretado pelo fantástico ator Max Von Sydow). Anos depois, Pazuzu se
apodera do corpo e da alma de uma adolescente chamada Regan. Pazuzu obriga a
entre outras atrocidades, blasfemar, se masturbar com um crucifixo e vomitar
uma nojenta gosma verde em um padre que vai ajudá-la.
A maquiagem (com um rosto pálido, olhos “esbugalhados” e
dentes salientes e felinos) e cada aparecimento de Pazuzu durante o filme são
horripilantes, já que ele só é mostrado em relances muito rápidos, talvez como
uma entidade destas realmente se manifeste. Não há quem assista ao filme e não
se assuste com o diabólico vilão.
Tenso.
Michael Myers – Halloween, A Noite do Terror; 1978.
Dos assassinos seriais clássicos do cinema (junto com Jason e Freddy Krueger),
Michael Myers é disparado o mais perverso. Quando ainda era uma criança, Myers
sentia enorme prazer em torturar e matar animais, sempre demonstrando uma
espécie de “maldade natural”. Ainda garoto, assassinou o padrasto, a irmã e o
namorado dela de forma brutal e fria e sem demonstrar nenhum tipo de
arrependimento. Ficou anos preso em um
sanatório, e fugiu de lá ao completar 21 anos, para assassinar a irmã caçula
Lauren (e quem quer que cruzasse seu caminho).
Michael é um gigante de 2,00 metros de altura, com uma força
descomunal e que adora matar de forma violenta, usando facas ou as próprias mãos,
fazendo suas vítimas sentirem pavor e extremo sofrimento. O aspecto mais
sombrio sobre Michael Myers, é a tenebrosa máscara que usa (toda branca, com
cabelos castanhos e sem nenhum tipo de expressão facial).
Diz a lenda que a máscara foi inspirada no rosto do ator
William Shatner (o capitão Kirk, de Jornada nas Estrelas).
Senhora Carmody – O Nevoeiro; 2007.
Ela é solitária e esquisita e motivo de gozação pelos
moradores da cidade. Ela é extremamente religiosa, e cita a bíblia e suas
passagens de trás pra frente.
Tudo indicaria que a senhora Carmody seria pacata e sem
muito destaque neste ÓTIMO filme, certo?
Totalmente errado, meu amigo.
Assim, como acontece com TODO e qualquer fanático religioso,
quando recebe uma certa importância, ou quando começa a influenciar pessoas
desesperadas por “salvação”, a senhora Carmody se transforma em um dos monstros
mais terríveis que já foram vistos no cinema.
Quando sente que tem poder, e se torna uma “autoridade”, a
vilã começa com mandos e desmandos, além de atos extremamente cruéis e sem sentido. Desde
mandar atirar “infiéis” aos monstros que aparecem no filme, até mandar as
pessoas sacrificarem um menino, “em nome de Deus”.
Mas o mais horripilante, é que sempre existem idiotas e
imbecis para seguirem aberrações como a senhora Carmody.
A personagem demostra claramente, que monstros alienígenas
não são tão desprezíveis assim, quando comparados à natureza humana.
Raras vezes, eu senti tanto prazer ao ver uma pessoa tomar
dois tiros e cair morta, quanto eu senti ao assistir a senhora Carmody ir para
o inferno.
Magneto – X Men, Dias de Um Futuro Esquecido; 2014.
Para início de conversa, Magneto é o personagem/vilão mais
legal de todo o universo Marvel. Brilhantemente retratado no cinema pelo grande
ator Michael Fassbender, Erik Magnus Lansherr, ou simplesmente Magneto, é um
sujeito radical, com ideias extremistas sobre a superioridade dos mutantes sob
a raça humana.
Magneto é um sobrevivente do holocausto nazista (o
personagem é alemão, de origem judia), e por isso, sofreu na pele toda a
crueldade e preconceito que alguém pode suportar. Algumas pessoas quando sofrem
covardias na vida, “viram o rosto e oferecem a outra face”... Magneto, definitivamente, não é esse tipo de pessoa.
Magneto oferece ainda mais dor e desprezo à quem ele
considera “inferior”, ou seja, à todo e qualquer ser humano do planeta Terra, e
esse ódio se estende a mutantes que se oponham as suas ideias de revolução.
Terrorista para alguns, herói para outros. Essa dualidade na
personalidade do personagem o torna tão carismático e tão interessante, que
alguns espectadores dentro do cinema, ao assistirem ao último filme dos X Men, o ótimo “Dias de
Um Futuro Esquecido”, chegam ao ridículo de imitar os característicos gestos de
suas mãos ao usar o seu poder de controle sobre o metal.
Sério, eu vi “adultos” fazendo isso no cinema.
Coringa – Batman, O Cavaleiro das Trevas Ressurge; 2008.
Um dos melhores filmes de todos os tempos, gerou o maior
vilão de todos os tempos. Se Magneto é o personagem mais legal da Marvel, o
Coringa além de ser o personagem mais legal da DC Comics, é o personagem/vilão mais legal de histórias em quadrinhos retratados no cinema.
Heath Ledger incorporou o Coringa de tal forma, que quando eu
penso no personagem, a minha mente me traz a figura de Ledger e sua risada
maquiavélica. O ator recebeu um merecido Oscar (póstumo) pela atuação.
O Coringa não tem origem, não tem passado, não tem razões,
não tem motivos, não tem amigos, não tem família, não tem apego a absolutamente
nada. E é isso que o torna tão perigoso... O fato de ele ser completamente
imprevisível e incontrolável.
A coisa mais próxima de um sentimento que o personagem
sente, é uma espécie de amor/ódio pelo Batman, pois ele crê que a eterna luta
dos dois, é o combustível que alimenta a vida de ambos, quase que numa
dependência.
O Coringa durante o filme, apesar de considerado louco,
demonstra uma visão perfeita do mundo e da alma humana, especialmente quando
diz ao Batman: “Quando os problemas surgirem,
essas tais pessoas civilizadas, vão comer umas às outras”. Ou quando caçoa do
Homem Morcego: “Você não tem nada contra mim, não há nada que você possa fazer mesmo
com toda a sua força...”. Eu quase me ajoelhei e chorei no cinema, quando
assisti essas cenas na primeira das seis vezes que assisti o filme.
O roteirista, o diretor e o
ator entenderam plenamente o personagem e suas motivações.
O Coringa é o vilão que todos
amam odiar. Eu adoro o personagem, e o admiro, em certos aspectos.
Esses são os maiores Vilões do Cinema, e tenho dito.
Abraço.