No dia 16 de abril de 1964, o primeiro disco dos Rolling
Stones, chamado de “England’s Newest Hit Makers” foi lançado.
Há 50 anos atrás.
Há 50 anos atrás.
Quando lançado, o disco não chamou muita atenção logo de
cara, mas semanas depois estourou de uma maneira gigantesca, já que naqueles
dias, garotos bonitos (e brancos) tocando rhythm
and blues era algo tão inovador que chegava até a ser mesmo chocante para
algumas pessoas.
Naquele período, ainda com muito “ranço” dos anos 50, o
racismo e a intolerância eram comuns, portanto garotos brancos “se rebaixando
ao nível de negros” e tocando aquelas melodias primais e selvagens e cantando
aquelas letras repletas de carga sexual e inquietude eram uma abominação só!
Imagina só... O “tiozinho” pai de família, ver de um lado da
vitrola o seu filhinho criado pra baixar a cabeça e dizer “sim, senhor”, ser
instigado a questionar valores morais, éticos e até mesmo sexuais!
E do outro lado da mesma vitrola (ou na TV), ver a sua
filhinha donzela rebolando e morrendo de tesão por Mick Jagger, Keith Richards,
Brian Jones Bill Wyman ou Charlie Watts?
Que coisa, não?
Pois é, os Rolling Stones incluíram a palavra “sexo” no
famoso slogan “sexo, drogas e Rock N’ Roll”.
Os Beatles abriram os caminhos para todos (e antes deles,
Elvis), mas John, Paul, George e Ringo tinham uma imagem mais limpa, mais de
“bons meninos”... Os Stones sempre foram os maiores “bad boys” do Rock
(influência máxima de bandas como Guns N’ Roses, Aerosmith, Kiss entre tantos
outros).
Keith Richards, certa vez disse: “Eles (Beatles) tinham o ‘Rock’,
mas não tinham o Roll’”.
Que malvadeza do Keith...
Os Stones sempre foram a melhor banda de bar do mundo,
portanto, suas canções (ou covers), eram mais “dançantes”, com mais “suingue”
que as melodias e arranjos complexos dos Beatles.
E Mick Jagger foi o melhor imitador de James Brown da História. Olha só:
Os Beatles eram cérebro e coração, os Stones eram cintura e pélvis.
Este “England’s
Newest Hit Makers”, é basicamente, um uma série de covers de R&B (“Now I’ve Got a Witness, Route
66, Carol, Walking the Dog e Not Fade Away)
e blues (I Just Want To Make Love To You, I’m a King Bee, Honest I Do e
Little By Little) e conta com apenas uma canção original de Jagger e Richards
(Tell Me).
O disco é excelente e altamente recomendável, pois mesmo as versões
não superando as canções originais, o álbum é um marco na história do Rock N’
Roll, e sua importância é impossível de ser medida, ou simplesmente descrita em
palavras por este mero aprendiz que vos escreve.
Comprei a minha cópia por volta de 1999, 2000, na loja
Multisom da avenida Independência aqui em São Leopoldo, naqueles balaios de ofertas de
R$14,90.
Os R$14,90 mais bem gastos da minha vida.
Eu sei, é só Rock N’ Roll... Mas eu gosto.
Abraço.
Tu sabe que eu tenho um pé atrás com alguns artistas não é mesmo!!
ResponderExcluirBom, eles eram 1 destes como já havia te contado!!
Acho eu que esse pé atrás é um certo preconceito meu não é?
Eu não gostava de Beatles, Oasis, Aretha, Bowie e depois de conhecer o amigo, não são uns dos meus preferidos?
Talvez esse meu preconceito sobre os Stones é que tenha chamado tanta a minha atenção nesse texto com essas suas informações, pra mim até então desconhecidas, mas que agora me fizeram pensar!!!
Valeu por mais essa aula meu amigo,sério mesmo, muito obrigado!!!
Valeu, Galo Roxo!!!v Abs.
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