quarta-feira, 30 de abril de 2014

Trovando Sobre: ARETHA FRANKLIN


Deus existe?

Existem no mundo, algumas “obras divinas” que talvez confirmem a existência do Senhor para a humanidade. Os oceanos, a chuva, os animais e a natureza são algumas destas “obras”.

Aretha Franklin também pode ser considerada uma “obra divina” do bom Deus.

Filha de pastor evangélico, foi cantora gospel na igreja do pai desde os 06 anos de idade (diz a lenda que com cerca de 08 anos, constantemente levava os fiéis as lágrimas com o poder de suas performances).

Aretha é a Rainha do Soul, (estilo musical que é a mistura do rhythm and blues e do gospel) o estilo musical mais difícil entre todos os outros de cantar.

Ativista desde a década de 60, lutou incansavelmente pelos direitos civis dos negros e pelos direitos das mulheres.

Na marcha dos direitos civis em Washington, no ano de 1963, cantou, tendo ao seu lado, Martin Luther King, e em 2008, cantou na posse de Barack Obama, atendendo ao pedido feito pelo próprio presidente dos Estados Unidos, tamanha admiração que Obama tem por Aretha.


No meio da década de 60, cansada de atender a padrões estéticos e sociais ditatoriais, decidiu se vestir apenas com túnicas africanas e parar de alisar o cabelo, deixando-o no estilo “Black Power” e entrou de cabeça no ativismo político.

É pena que hoje em dia, mulheres instruídas, reconheçam Madonna, Cher, e “Valeskas da vida” como “símbolos máximo de feminismo” e “representantes dos direitos das mulheres” e desconheçam ou ignorem a autoridade desta, que arriscou sua carreira, e até mesmo, sua vida, por ideais de igualdade.

Mas não dá pra se esperar muito de alguns, já que em pleno ano de 2014, até mesmo, uma negra ser eleita como a mulher mais bonita do mundo ainda cause espanto, repúdio e demonstrações de preconceito em redes sociais...

O preconceito de alguns não envelhece, pois usa muita maquiagem...

Em 1967, Aretha regravou a canção “Respect” de Otis Redding, que nada mais é do que um dos maiores manifestos de igualdade entre homens e mulheres, de uma maneira tão sublime, tão maravilhosamente perfeita, que o próprio Otis Redding, reconheceu a superioridade da versão da cantora. Dá pra imaginar isso? Superar um dos maiores cantores e performers de todos os tempos?

Aretha não pede simplesmente respeito (ao pai, ao marido, ao chefe, ao delegado, ao político, aos filhos ou aos irmãos...).  Ela exige respeito.



Beatles, Stones, Carole King, Lieber & Stoller, Elton John, Bob Dylan, Curtis Mayfield, Smokey Robinson, Marvin Gaye... Aretha regravou esses, e outros gênios, e fez versões tão boas, ou em certos casos, até melhores do que as originais.

Se canções do porte de “No, Not My Baby”, “Don’t Play That Song”, “Chain of Fools”, “Border Song”, “People Get Ready”, “Angel”, “Something He Can Feel”, “Sparkle” não mexerem contigo, sinto te informar, mas tu está morto e não sabe.

Eu apenas quis prestar aqui, neste espaço uma pequena homenagem ainda em vida, a esta grande mulher e artista, que de forma monumental, deixou sua marca neste mundo.



Quando Aretha canta, eu acredito.



Tchau.


domingo, 27 de abril de 2014

Trovando Sobre: 50 ANOS DO PRIMEIRO DISCO DOS ROLLING STONES

No dia 16 de abril de 1964, o primeiro disco dos Rolling Stones, chamado de “England’s Newest Hit Makers” foi lançado.

Há 50 anos atrás.




Quando lançado, o disco não chamou muita atenção logo de cara, mas semanas depois estourou de uma maneira gigantesca, já que naqueles dias, garotos bonitos (e brancos) tocando rhythm and blues era algo tão inovador que chegava até a ser mesmo chocante para algumas pessoas.

Naquele período, ainda com muito “ranço” dos anos 50, o racismo e a intolerância eram comuns, portanto garotos brancos “se rebaixando ao nível de negros” e tocando aquelas melodias primais e selvagens e cantando aquelas letras repletas de carga sexual e inquietude eram uma abominação só!

Imagina só... O “tiozinho” pai de família, ver de um lado da vitrola o seu filhinho criado pra baixar a cabeça e dizer “sim, senhor”, ser instigado a questionar valores morais, éticos e até mesmo sexuais!

E do outro lado da mesma vitrola (ou na TV), ver a sua filhinha donzela rebolando e morrendo de tesão por Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones Bill Wyman ou Charlie Watts?

Que coisa, não?

Pois é, os Rolling Stones incluíram a palavra “sexo” no famoso slogan “sexo, drogas e Rock N’ Roll”.

Os Beatles abriram os caminhos para todos (e antes deles, Elvis), mas John, Paul, George e Ringo tinham uma imagem mais limpa, mais de “bons meninos”... Os Stones sempre foram os maiores “bad boys” do Rock (influência máxima de bandas como Guns N’ Roses, Aerosmith, Kiss entre tantos outros).

Keith Richards, certa vez disse: “Eles (Beatles) tinham o ‘Rock’, mas não tinham o Roll’”.

Que malvadeza do Keith...

Os Stones sempre foram a melhor banda de bar do mundo, portanto, suas canções (ou covers), eram mais “dançantes”, com mais “suingue” que as melodias e arranjos complexos dos Beatles.

E Mick Jagger foi o melhor imitador de James Brown da História. Olha só:



Os Beatles eram cérebro e coração, os Stones eram cintura e pélvis.

Este “England’s Newest Hit Makers”, é basicamente, um uma série de covers de R&B (“Now I’ve Got a Witness, Route 66, Carol, Walking the Dog e Not Fade Away) e blues (I Just Want To Make Love To You, I’m a King Bee, Honest I Do e Little By Little) e conta com apenas uma canção original de Jagger e Richards (Tell Me).

O disco é excelente e altamente recomendável, pois mesmo as versões não superando as canções originais, o álbum é um marco na história do Rock N’ Roll, e sua importância é impossível de ser medida, ou simplesmente descrita em palavras por este mero aprendiz que vos escreve.

Comprei a minha cópia por volta de 1999, 2000, na loja Multisom da avenida Independência aqui em São Leopoldo, naqueles balaios de ofertas de R$14,90.

Os R$14,90 mais bem gastos da minha vida.





Eu sei, é só Rock N’ Roll... Mas eu gosto.

Abraço.


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Trovando sobre: BIOGRAFIAS DO ROCK



A melhor coisa dos aniversários são os presentes, certo?

Pois então, no meu último aniversário, ganhei de presente de um grande amigo, a biografia do gênio Bruce Springsteen, chamada apenas de “Bruce”, que estou devorando noite após noite.

Como a leitura está maravilhosa e prazerosa, para este post, pensei em listar algumas biografias sobre músicos de rock, que li e achei muito legais, por isso as indico aqui...

São elas:


“A Vida e a Época de Little Richard” de Charles White.


O segundo livro que li por inteiro na minha vida. Eu estava na sétima ou oitava série, e achei esta joia atirada na biblioteca da escola Polisinos. Eu estava começando a curtir o bom e velho Rock N’ Roll, e a capa me chamou a atenção, já que de cara, nota-se a frase de Mick Jagger: “Little Richard é o Rei”, está em destaque.

O livro além de contar sobre a vida tresloucada de Richard, que é negro e homossexual, e é natural de Macon, na Geórgia, um dos estados mais intolerantes e preconceituosos dos Estados Unidos, dá uma panorama geral de como eram os costumes e a cultura (ou a falta dela) naqueles dias na América “branca” (comportada e quadrada).

Uma das muitas curiosidades que o livro revela é sobre o famoso grito A-wop-bop-a-loo-wop-a-wop-bam-boom”, que Little Richard entoa, na canção Tutti Frutti. Esta junção de letras, era a maneira que Richard extravasava a raiva, quando era lavador de pratos em uma lancheria de rodoviária, e ouvia desaforos racistas de seu patrão na época.

Aqui faço uma confissão: Não devolvi o livro para a biblioteca, e o tenho até hoje...
Mil perdões, Polisinos!!!



“Vida” de Keith Richards.


Se um dia, uma guerra nuclear assolar o mundo, somente duas espécies irão sobreviver. As baratas e Keith Richards. Acredito fielmente nisso, já que lendo este livro, escrito pelo próprio artista, fiquei sabendo de histórias tão malucas e escabrosas que cheguei a esta radical conclusão.

É muito divertido ler histórias sobre drogas e confusões e ficar sabendo de detalhes sórdidos, como por exemplo que John Lennon tinha uma resistência muito baixa quando se drogava, e sempre fazia algum tipo de fiasco, a prisão após uma batida em sua casa, no momento de uma orgia com a linda (na época) Marianne Faithfull e mais alguns amigos amigas, e a verdade sobre o mito de que Keith, e sua namorada Linda, trocaram todo o seu sangue, já baleado pelas drogas, em um procedimento na Suíça, entre outras histórias mirabolantes.

Entretanto, também é muito legal poder ver Keith detalhar em palavras, como criou os “riffs” mais clássicos do Rock, além de assumir a autoria de algumas letras, creditadas somente a Mick Jagger (Angie, por exemplo).

O livro é uma leitura obrigatória para quem gosta de Rock.



“Mais Pesado que o Céu” de Charles R. Cross.


Aqui, a coisa é um pouco mais sombria.

Nessa minuciosa biografia, o autor investiga e relata a vida de um dos grandes compositores da história do Rock, o líder do Nirvana, Kurt Cobain.

Kurt Cobain foi um cara que sofreu a vida toda, pois desde criança, sempre se sentiu indesejado, fraco, deslocado e com uma auto estima baixíssima.

Mesmo quando era muito elogiado por seu trabalho e ganhava prêmios e lotava shows ao redor do mundo, Kurt sempre enxergou a si mesmo, como um nada, como um zero à esquerda. Kurt não compreendia o motivo de tamanho reconhecimento à sua arte.

Filhos de pais doidos e ausentes (certa vez, o Kurt chegou em casa depois de uma festa, e viu sua mãe fazendo sexo com um de seus amigos), Kurt também tinha sérios problemas de saúde e um vício alarmante em heroína.

O livro vai fundo na vida e na psique do músico, mas peca em alguns detalhes, como a a “babação” de ovo do autor com Courtney Love, a viúva de Kurt.

O motivo desta “babação”, é que o livro de Charles R. Cross, é a única biografia oficial e reconhecida de Kurt Cobain, portanto, muito provavelmente, Courtney só deu o “ok”, quando algumas partes ficaram a seu gosto.

Mesmo assim, o livro é muito bom e vale a leitura.



“Eu Sou Ozzy”, de Ozzy Osbourne.


Afinador de buzinas e Sacrificador de animais em matadouro, são alguns dos trabalhos já desempenhados por John Michael Osbourne em sua vida “mucho louca”. Ozzy já cumpriu pena na cadeia quando tinha dezessete anos por roubo e bebeu tanto quanto o volume do Oceano Pacífico de cerveja e whisky e cheirou a mesma quantidade de cocaína que Pablo Escobar produziria em 150 anos.

Se por um lado tu fica meio chateado ao perceber que Ozzy teve uma infância muito complicada (além de ter dislexia, o que atrapalhou seus estudos, foi vítima de abuso sexual), tu dá ótimas risadas com as histórias que o “madman” conta, e em muitos casos, ele ri junto das pataquadas que ele se metia quando estava doidão.

“Eu sou Ozzy”, foi um livro que eu lia e sempre ria de alguma coisa escrita em QUALQUER capítulo. Em um determinado capítulo, Ozzy conta que, após o primeiro disco do Black Sabbath, ele chega em casa todo empolgado e bota o disco para tocar e chama seu pai e sua mãe para ouvir, quando que após ouvir as primeiras músicas, seu pai diz para ele: “Ozzy, você tem certeza que só bebe de vez em quando?”.

Risadas à parte, Ozzy conta em detalhes, como foi desde os primeiros dias, até hoje, todo o processo de formação do Black Sabbath até a sua bem sucedida carreira solo.



“The Beatles – A Biografia” de Bob Spitz.


Ao contrário da biografia oficial, “Anthology”, esta biografia detalhada do autor Bob Spitz, não é só “flores e sorrisos”.

Nesse livro, os bastidores das vidas dos Beatles são trazidos à tona de forma implacável e sem condescendência. O livro fala e muito, sobre as canções, sobre os discos, sobre as composições e todo o trabalho maravilhoso que os Beatles fizeram em sua carreira, mas Spitz, conta também, as marras, as fofocas e as intrigas que cercavam a maior banda de Rock de todos os tempos.

Relatos de gente que trabalhou de perto com os músicos e até parentes, revelam obscuridades que alguns fãs não conheciam, e outros, não sabiam afirmar se eram boatos ou fatos (o vício de Lennon e Yoko em heroína, o alcoolismo de Ringo, a personalidade dificílima de George Harrison e a liderança “tirana” de McCartney, por exemplo).

“Anthology” só supera este livro em um aspecto: as fotos raras (e até inéditas em alguns casos).

Digamos que “Anthology” é o lado “A” e “The Beatles - A Biografia” é o lado “B” dos Beatles.







Um abraço. 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Trovando Sobre: GRANDES HISTÓRIAS EM QUADRINHOS - PARTE II

Seguindo com a proposta de listar aqui, algumas histórias em quadrinhos muito significativas, pelo menos pra mim, cito mais cinco daquelas do tipo “tem que ler, e pra ontem, se possível”!

São elas:

Caveira Vermelha – Encarnado


Não sou muito chegado em histórias em quadrinhos criadas nos dias de hoje, mas esta é uma maravilhosa exceção.

Roteiro primoroso, que mostra desde a infância até a ascensão, como símbolo máximo do nazismo, do jovem Johann Schmidt, mais conhecido como Caveira Vermelha. A história mostra como Johann sempre foi um psicopata frio e sem considerações positivas sobre nenhum outro ser humano. A primeira parte, em especial, é muito perturbadora (envolve crueldade com animais). Fazia muito tempo que eu não lia algo tão bom, em termos de entretenimento, mas ao mesmo tempo, tão rico em detalhes históricos (verídicos). Este gibi, poderia ser usado facilmente, em aulas de história nas escolas.

A parte gráfica é uma show à parte. Desenhos muito bonitos e expressivos, especialmente nos rostos dos personagens, e nas cenas mais emblemáticas. A capa do encadernado e as capas dos capítulos internos remetem aos cartazes da famigerada “propaganda nazista”, um trabalho extremamente bem feito e esteticamente impecável.



X Men – O Conflito de uma Raça



Um fanático religioso, com grande apelo popular, ataca sem misericórdia na TV, os mutantes, pois os considera “aberrações”, “anomalias de Deus”, e outras baboseiras sem pé e nem cabeça. Esse fanático incita a violência contra esta minoria, e inclusive, financia um grupo de “extermínio de mutantes”, onde nem mesmo crianças são poupadas.

Não, tu não está lendo o roteiro do jornal do SBT.

Tu está lendo sobre o tema desta profunda história em quadrinhos, escrita no início da década de 80.

Em determinado momento, X Men resolvem intervir e contam com a ajuda de um aliado improvável, o inimigo e mutante mais poderoso de todos, o grande Magneto.

Uma história muito triste sobre preconceito, intolerância e crueldade, com as pessoas consideradas “diferentes”.

É incrível como certas histórias, mesmo escritas há tanto tempo, ainda hoje, são atuais.



Homem Aranha – A Morte de Jean DeWolff


Esta aventura retrata uma passagem difícil na vida do Aranha. Talvez seja assim, porquê o herói não enfrenta nenhum supervilão, e sim, a maldade (ou a loucura) de um ser humano “comum”.

Um assassino serial chamado “Devorador de Pecados”, saí por aí dando tiros de espingarda calibre 12, em qualquer um que ele julgue “impuro”. O maníaco crê que, ao matar as vítimas, ele as redime de seus pecados, assumindo para si, o fardo e a desonra de ser um “pecador”.

Uma das vítimas do criminoso é a capitã da polícia de Nova Iorque, Jean DeWolff, amiga do Homem Aranha, e que conforme ele descobre posteriormente, estava apaixonada pelo herói.

A história é impactante, pois em certo momento de descontrole e indignação, o Aranha cai na armadilha do “olho por olho, e/ou justiça pelas próprias mãos”, e espanca o criminoso de forma violenta e impiedosa.

Um belo retrato das obscuridades da alma dos homens e do que é ser “herói” ou “vilão”.




Batman – Gritos na Noite


Uma das histórias mais sombrias e tensas do Homem Morcego. Lindamente desenhada e escrita.

A temática é pesadíssima: Batman investigando um caso onde, abusadores de menores estão sendo brutalmente assassinados em Gotham City.

E quando eu digo brutalmente, pense em BRUTALMENTE MESMO. A história te prende de uma maneira, e mesmo sendo dividida em duas partes, é impossível ler a parte um e não ler a parte dois logo em seguida.

Em certos momentos, eu tive de reler certos diálogos, tamanha a densidade do texto.

Nessa história, Batman enfrenta o pior inimigo de todos, a sua própria incapacidade de estar em todos os lugares, e ajudar a todos que necessitam ser protegidos.

Soube dessa história há pouco tempo atrás, e fiquei chateado por não a ter lido antes, já que trata-se de uma história antiga, lá do início dos anos 90.





Homem Aranha – O Menino que Coleciona Homem Aranha


Para muitos, a mais linda história de quadrinhos de todos os tempos. Quando eu li pela primeira vez, eu devia ter uns nove anos de idade, e eu morava no Bairro Santo André em um chalé, e a vida não era das mais fáceis. Eu lembro que fiquei por horas pensando naquela história depois de terminar de ler.

O Aranha visita um menino chamado Tim que é seu fã número um, e que devia ter a mesma idade que eu tinha na época, em um quarto, e lá conversam e tem a chance de se conhecer um pouco melhor. Enquanto se passa a história, pode - se ver recortes de jornal de uma matéria sobre Tim, e seu desejo de conhecer o Homem Aranha.

Em determinado momento, o menino pede ao herói que lhe diga o seu verdadeiro nome, e jura que manterá o segredo da identidade secreta do ídolo.

O Homem Aranha não apenas diz o seu nome verdadeiro, como tira a sua máscara e revela seu rosto ao novo amigo.

Por fim, após a noite mágica, onde se divertiram muito, o Aranha se despede e dá um abraço no menino, lhe dizendo o quanto aqueles momentos foram especiais e únicos.

Então o Aranha sai pela janela, e sob um muro, tira a sua máscara e chora copiosamente.

Neste muro, está uma placa, onde está escrito: “Hospital do Câncer”.



Espero que gostem.


Um abraço.