sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Trovando sobre: BLACK SABBATH EM PORTO ALEGRE


Olha, eu já fui em alguns shows históricos na minha vida,  e depois de cada um destes shows, ou eu, ou alguém da imprensa, ou algum amigo meu, ou algum fã reclamou de algo. E quanto ao nada menos que HISTÓRICO show do Black Sabbath em Porto Alegre, eu não ouvi nada que alguém pudesse dizer de negativo do show. E também nem poderia.

Eu não vou bater na tecla de quanto o Sabbath é clássico e influente e como os seus discos (especialmente os cinco primeiros) são absolutamente fundamentais na coleção de qualquer ser humano que aprecie Rock N’ Roll. Eu prefiro me concentrar no show em si.

Em primeiro lugar, se eu fosse um integrante do Avenged Sevenfold, do 30 Seconds To Mars, ou de qualquer outra bobagem parecida com essas duas “bandas”,  e eu visse o que foi o show do Sabbath, eu encerraria a minha carreira de “músico”.

Desde os primeiros acordes de “War Pigs” o jogo já estava ganho para os vovôs. Quando Ozzy abriu a boca para cantar a primeira frase, ele já tinha completo domínio daquelas milhares de pessoas que estavam no estacionamento da FIERGS.  Bom, eu prefiro ouvir o Ozzy fazer gargarejo do quê ouvir o melhor show de algumas “bandas” e "artistas" que a gente vê e ouve por aí...

Penso que o quê Geezer Butler faz com o contrabaixo, deveria ser objeto de estudo por escolas sérias de música. O cara toca as linhas de baixo, praticamente como se fosse uma guitarra, tamanha a técnica e a força que ele coloca nas cordas. Além disso, ele é o principal compositor das letras do Black Sabbath. Ver Geezer ao vivo tocando “Children of The Grave”, “N.I.B.”, entre outras foi algo muito bonito, pois era uma parte da história do Rock sendo reproduzida ali, na tua frente, na tua terra.

Ozzy Osbourne é um dos mais carismáticos e emblemáticos vocalistas do Rock N’ Roll. Ele definiu algumas regras sobre como cantar Rock e sobre como um vocalista de Rock deve se portar em cima de um palco.  A voz continua muito boa e ao ouvir “Paranoid” e “Fairies Wear Boots” ao vivo, deu pra ver claramente que ele ainda é um dos grandes cantores vivos atualmente.

Ainda por cima, é extremamente gentil e brincalhão com o público. No show, não sei por que cargas d’água, ele resolveu imitar um relógio cuco, durante o show. Coisa de louco... Coisa de Gênio.

O batera Tommy Clufetos é um excelente músico e foi uma ótima escolha para substituir Bill Ward. Bill Ward não tem mais condições de saúde e físicas (e até mesmo psicológicas) de tocar um show inteiro com essa intensidade e pegada que tem o show da banda. O quê Clufetos fez durante e após a música “Rat Salad”, foi inacreditável. Geralmente solos de bateria são muito chatos, mas o do cara foi muito bom.  Eu vi pessoas dançando durante o solo!

Aí meu amigo, veio o principal motivo de eu ter ido ver o Black Sabbath...  E esse motivo se chama Tony Iommi. Tony Iommi é simplesmente, o pai do Heavy Metal e um dos guitarristas mais influentes da História da Música.  Quando o riff de “Iron Man” ecoou na FIERGS, eu olhei pro lado e pra trás, pois eu ria sozinho, e me lembrava de quando eu tinha 15 anos e ouvi o disco “Paranoid” pela primeira vez. Fui transportado no tempo.  Ah, e nessa hora, eu também vi homens com a idade do meu pai aos prantos. Foi uma coisa emocionante de se ver... . Essa reação pura dos fãs.

Tony Iommi no momento está se tratando de um câncer, e quarta-feira à noite, parecia mais forte, mais saudável e mais “afiado” do quê qualquer menino de 20 anos. Além da lição de música, foi também uma lição de vida.

Decididamente, foi uma noite histórica e inesquecível, que vai ficar pra sempre na minha memória.

Que show... Que show! . Acho que a minha “ficha ainda não caiu”.

É mais uma história pra contar para os netos.





Um abraço.

2 comentários:

  1. Sandrão:

    Simplesmente, ARREPIEI!!!

    Texto du c#$%lho!!!

    Abração

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  2. Valeu, Poeta!!!!! Tua opinião só me enche de orgulho!!! Muito obrigado por ler meus textos. Um abração, meu irmão.

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