Olha, eu já fui em alguns shows históricos na minha
vida, e depois de cada um destes shows,
ou eu, ou alguém da imprensa, ou algum amigo meu, ou algum fã reclamou de algo.
E quanto ao nada menos que HISTÓRICO show do Black Sabbath em Porto Alegre, eu
não ouvi nada que alguém pudesse dizer de negativo do show. E também nem poderia.
Eu não vou bater na tecla de quanto o Sabbath é clássico e
influente e como os seus discos (especialmente os cinco primeiros) são
absolutamente fundamentais na coleção de qualquer ser humano que aprecie Rock N’
Roll. Eu prefiro me concentrar no show em si.
Em primeiro lugar, se eu fosse um integrante do Avenged
Sevenfold, do 30 Seconds To Mars, ou de qualquer outra bobagem parecida com essas
duas “bandas”, e eu visse o que foi o
show do Sabbath, eu encerraria a minha carreira de “músico”.
Desde os primeiros acordes de “War Pigs” o jogo já estava
ganho para os vovôs. Quando Ozzy abriu a boca para cantar a primeira frase, ele já
tinha completo domínio daquelas milhares de pessoas que estavam no estacionamento
da FIERGS. Bom, eu prefiro ouvir o Ozzy
fazer gargarejo do quê ouvir o melhor show de algumas “bandas” e "artistas" que a gente vê e
ouve por aí...
Penso que o quê Geezer Butler faz com o contrabaixo, deveria
ser objeto de estudo por escolas sérias de música. O cara toca as linhas de
baixo, praticamente como se fosse uma guitarra, tamanha a técnica e a força que
ele coloca nas cordas. Além disso, ele é o principal compositor das letras do
Black Sabbath. Ver Geezer ao vivo tocando “Children of The Grave”, “N.I.B.”,
entre outras foi algo muito bonito, pois era uma parte da história do Rock
sendo reproduzida ali, na tua frente, na tua terra.
Ozzy Osbourne é um dos mais carismáticos e emblemáticos
vocalistas do Rock N’ Roll. Ele definiu algumas regras sobre como cantar Rock e
sobre como um vocalista de Rock deve se portar em cima de um palco. A voz continua muito boa e ao ouvir “Paranoid”
e “Fairies Wear Boots” ao vivo, deu pra ver claramente que ele ainda é um dos
grandes cantores vivos atualmente.
Ainda por cima, é extremamente gentil e brincalhão com o
público. No show, não sei por que cargas d’água, ele resolveu imitar um relógio
cuco, durante o show. Coisa de louco... Coisa de Gênio.
O batera Tommy Clufetos é um excelente músico e foi uma
ótima escolha para substituir Bill Ward. Bill Ward não tem mais condições de
saúde e físicas (e até mesmo psicológicas) de tocar um show inteiro com essa
intensidade e pegada que tem o show da banda. O quê Clufetos fez durante e após
a música “Rat Salad”, foi inacreditável. Geralmente solos de bateria são muito
chatos, mas o do cara foi muito bom. Eu
vi pessoas dançando durante o solo!
Aí meu amigo, veio o principal motivo de eu ter ido ver o
Black Sabbath... E esse motivo se chama
Tony Iommi. Tony Iommi é simplesmente, o pai do Heavy Metal e um dos
guitarristas mais influentes da História da Música. Quando o riff de “Iron Man” ecoou na FIERGS,
eu olhei pro lado e pra trás, pois eu ria sozinho, e me lembrava de quando eu
tinha 15 anos e ouvi o disco “Paranoid” pela primeira vez. Fui transportado
no tempo. Ah, e nessa hora, eu também vi
homens com a idade do meu pai aos prantos. Foi uma coisa emocionante de se ver...
. Essa reação pura dos fãs.
Tony Iommi no momento está se tratando de um câncer, e quarta-feira
à noite, parecia mais forte, mais saudável e mais “afiado” do quê qualquer
menino de 20 anos. Além da lição de música, foi também uma lição de vida.
Decididamente, foi uma noite histórica e inesquecível, que
vai ficar pra sempre na minha memória.
Que show... Que show! . Acho que a minha “ficha ainda não
caiu”.
É mais uma história pra contar para os netos.
Um abraço.
Sandrão:
ResponderExcluirSimplesmente, ARREPIEI!!!
Texto du c#$%lho!!!
Abração
Valeu, Poeta!!!!! Tua opinião só me enche de orgulho!!! Muito obrigado por ler meus textos. Um abração, meu irmão.
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