segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Trovando sobre: LOU REED




Eu senti que ontem não seria um bom dia para a humanidade.  Tive esse presságio quando vi a Regina Casé, naquele horrível e pretensioso programa “Esquenta” fazer uma “homenagem” ao Punk.  A apresentadora disse que todo o estilo Punk é de boutique, já que foi criado por Malcolm  Mclaren e Vivienne Westwood, empresários, marqueteiros e donos de uma  boutique na Londres dos anos 70 chamada "Sex". Malcolm e a esposa foram os “gurus” dos Sex Pìstols.

Regina Casé não podia estar mais equivocada.

O Punk nasceu em 1967, quando Lou Reed, e a banda Velvet Underground (junto da cantora  alemã Nico) lançaram o álbum "Velvet Underground & Nico" (aquele da capa com a banana, sabe?).

Em 1967, os Beatles lançaram “Sgt. Peppers”, e a cultura hippie dominava a juventude. Lou Reed e o VU vinham na contramão disso. Reed odiava hippies, pois não via sentido em falar, ou cantar sobre amor, árvores lindas, a beleza do sol, e outros temas positivos, enquanto a guerra do Vietnã acontecia.

Em 1967, os temas das canções de Lou Reed eram drogas, vícios, desespero, morte, sexo (gay, inclusive), enfim, falavam do lado negro da humanidade, e estes temas quase sempre foram os principais das suas canções durante toda a sua carreira.

Junto com Jim Morrison, do grupo The Doors, Lou Reed foi o cara que introduziu a influência da poesia clássica (e contemporânea) ao Rock. Foi com certeza, um dos maiores letristas de Rock de todos os tempos.

Eu conheci a obra de Lou Reed no início dos anos 90, quando um conhecido me emprestou o nada menos que perfeito disco “Transformer”, produzido pelo amigo (e discípulo de Reed), David Bowie, que literalmente, transformou e melhorou o meu gosto musical.

Reed  sempre foi um poeta maldito, cínico e  grande observador de pessoas. Tinha apreço pela visão crua e real do ser humano. Era um cronista minucioso da nossa raça. Sua grande paixão era a cidade de Nova York, tema de diversas de suas maravilhosas canções.
Lou Reed vivia o que retratava em suas canções. Foi viciado em todas as drogas já criadas pelo homem, e foi casado por anos com Rachel, um belíssimo travesti.

Lou Reed nunca fez concessões em sua carreira, nunca cedeu a pressão de executivos babacas de gravadora, para “soar mais comercial”, apesar de ter lançado álbuns mais “fáceis” e com uma sonoridade mais pop, como “Coney Island Baby” e “Sally Can’t Dance”,  que são de uma qualidade incrível, onde as letras muito inspiradas, estão envoltas em ótimas melodias. Lou Reed foi pop, sem propositalmente querer ser. O artista era um refém de suas canções, fazia o que elas pediam, trabalhava em prol de sua visão. Era um egoísta, como todo Artista deve ser.

Discos como “Metal Machine Music”, “Street Hassle”, "New York", Rock N’ Roll Animal”, o já citado "Transformer",  e o magnífico “Berlin”, a opéra rock sobre um jovem casal na cidade alemã,  são até hoje, referência para artistas como U2, Iggy Pop, The Strokes, Television, Pearl Jam, Bruce Springsteen, Morrissey, Elvis Costello, The Killers, Metallica, entre tantos outros.

O último trabalho do artista, inclusive, foi com o Metallica, quando gravaram em 2011 o incrivelmente menosprezado álbum “Lulu”, baseado inteiro, na obra de um poeta alemão. Os críticos e fãs (do Metallica) detestaram o disco, mas a banda declarou que “foi uma honra e um prazer trabalhar com um gênio como Lou Reed”. Quanto “egoísmo” do Metallica, hein? Eu nunca fui um grande fã do Metallica, mas vou sempre respeitar os caras por isso.

Eu acho o disco “Lulu” excelente, umas das melhores coisas que tanto Lou Reed, quanto o Metallica  já fizeram.

Lou Reed faleceu ontem, aos 71 anos, vítima de complicações de um transplante de fígado. Espero realmente que tenha sido por isso, pois não quero acreditar que de alguma maneira, ele tenha visto a “homenagem ao punk”, feita pelo medíocre “Esquenta” e tenha decidido de vez, sair de cena...

Um cara postou a seguinte pergunta no Facebook ontem: “Nossos ídolos estão morrendo... Será que não vão surgir novos ídolos do nível destes que estão partindo?”

Eu te respondo, caro amigo: Não.

Nunca mais pisará neste planeta, alguém como Lou Reed.







Um abraço.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Trovando sobre: MONSTROS CLÁSSICOS DOS ESTÚDIOS UNIVERSAL



Eu admito que gosto muito de coisas velhas. Discos, livros, gibis, roupas (em certos casos), whisky e filmes, entre outros. Tenho a certeza que tudo que foi produzindo, pensado e imaginado no passado, foi muito melhor. Ás vezes, eu acho que minha idade mental é de 12 anos, mas em outras vezes, penso que já nasci velho...  A Graci sempre me diz isso.

Um exemplo desse meu gosto saudosista (sou, e não nego!) são os filmes de monstros que o estúdio americano de cinema Universal lançou a partir da década de 1930.

A história do lançamento destes magníficos filmes, começa em 1931, com o primeiro lançamento da Universal, o filme “Drácula”.

É o meu preferido entre todos os outros. Bela Lugosi foi, é e será para sempre, o melhor Conde Drácula retratado nas telas de cinema e palcos de teatro (o ator foi chamado para o filme, após o diretor Todd Browning, o ver encenando o personagem no teatro). Lugosi era húngaro, e mal sabia falar inglês, por isso decorou suas falas sem necessariamente, saber o que elas realmente significavam! Impressionante.  

Lugosi tinha o porte e o tipo físico perfeito para retratar a dualidade da personalidade do Conde, ora amável, gentil, cavalheiro e sedutor, ora um sádico, que sentia prazer em torturar psicologicamente donzelas e matá-las, sem o menor sinal de remorso.

Bela Lugosi atuava da maneira mais simples, e ao mesmo tempo, complicada de todas. Ele usava todo o seu corpo na sua performance. As cenas onde ele se movimenta para morder suas vítimas e também nas cenas onde seus  olhos são fechados em close , demonstram toda a maestria  deste grande mestre do cinema.

O lançamento seguinte foi “Frankenstein”, também em 1931.


É quase tão maravilhoso quanto “Drácula”, pois Boris Karloff faz uma coisa incrível com sua atuação sem falas. Ele humaniza o monstro. 

A atuação de Karloff beira o sublime na cena onde o monstro, ingenuamente, brinca com uma menina, de atirar pétalas de flor em um rio, e vendo que as pétalas boiam, também arremessa a menina que tragicamente, morre afogada.

Colin Clive que interpreta o Dr. Henry Frankenstein, também dá uma aula de interpretação. A cena onde vê que sua experiência de “ressuscitar os mortos” deu certo, e histericamente grita: “Agora eu sei como é se sentir Deus!”, é uma das cenas mais marcantes da História do Cinema Mundial. A entonação da voz, o olhar e a expressão corporal do ator são perfeitas.

Em seguida, em 1932, Boris Karloff dá vida ao sacerdote egípcio Imnhotep, no clássico “A Múmia”.


Aqui Karloff também dá um show de interpretação. Foi o primeiro DVD da coleção que eu tive, e eu não sei quantas vezes eu assisti... Acho que parei de contar na 259636ª vez. 

Uma história de amor clássica que atravessa gerações, pois Imnhotep é mumificado  por se apaixonar pela esposa do Faraó, que é mumificada junto à ele. Então, ele jura  que voltará para ressuscitar sua amada. É claro que nesse meio tempo, ele mata alguns humanos idiotas que atravessam no seu caminho.... 


Na sequência  de lançamentos, vem  “O Homem  Invisível”, de 1933. Talvez o mais fraco de todos eles, pois o filme é inovador nos efeitos especiais, avançadíssimos para a época, mas sem atuações marcantes e outros destaques, além da voz marcante do mediano ator Claude Rains. Escrevendo esse texto, me lembrei de sua risada maquiavélica.... Brrrr!


Depois deste filme, vem a única sequência que vale a pena nesse pacote, que é o fantástico “A Noiva de Frankenstein”, de 1935.  Muitas pessoas afirmam que esta continuação é superior ao primeiro filme. Eu discordo totalmente. Apesar de Elsa Lanchester estar estupenda como “A Noiva”, é imperdoável que o monstro FALE. Não, mil vezes, não!!!! O próprio Karloff quase se recusou a atuar na produção, sob o argumento de quê  o monstro não poderia falar, pois “quebraria seu encanto”. O grande diretor James Whale também foi contra, mas os “espertos” produtores da Universal não abriram mão desta exigência. E o Dr. Pretorius, rival do Dr. Henry Frankenstein, é um mala.


Aí temos “O Lobisomen”, em 1941. Outro filme perfeito, sem erros. O excelente ator Lon Chaney Jr. interpreta Lawrence Talbot, que em uma noite de lua cheia é mordido por uma "criatura", e sofre a maldição de virar o “homem-lobo”. Aqui, a atuação de Chaney é muito dramática, pois como ele disse em uma entrevista, anos depois, ele encarava a maldição do Lobisomen, como a sua própria maldição, o alcoolismo. Chaney explicou que o monstro sofria, quando se transforma, que mudava, que virava outra pessoa, que agredia, que ia para um lugar muito sombrio e solitário de sua mente, exatamente como um alcoólatra (Chaney morreu em decorrência do alcoolismo que o afligiu por anos). Triste semelhança.


Por fim, o último grande lançamento da Universal foi “O Mostro da Lagoa Negra”, de 1954. Na história, um grupo de pesquisadores na Floresta Amazônica, é “atacado” por um monstro meio homem, meio peixe. Na verdade, além de defender o seu lar dos invasores, o monstro se apaixona por uma das cientistas, que era, mesmo para os padrões da época, uma coisa de louco... A cena onde ela nada no rio, usando um maiô branco justíssimo ao corpo, me dá “coisas”, como diria o Dr. Chapatin... Uma espécie de Cléo Pires da década de 50.  

O filme é uma grande crítica ao avanço desmedido da civilização, e as inúmeras  agressões ao meio ambiente das espécies animais... Isto em 1954! O filme não tem  grandes atuações individuais, mas no contexto geral, é um ótimo filme.


Outro destaque importante são os extras dos DVD’s. Cada disco traz como bônus, um documentário explicando muitas coisas sobre o filme, entrevistas com atores, compositores, roteiristas, críticos e pesquisadores de cinema, além de fotos e imagens de pôsteres da época de lançamento dos filmes. É coisa para assistir ajoelhado.

Eu lembro quando eu era guri, e meu pai assinou a “novíssima e moderníssima” NET. Na época, no meio dos anos 90, a NET transmitia o canal da Universal, e todo sábado de manhã, passava um destes clássicos. Eu tenho ótimas lembranças de acordar e correr pra frente da TV para poder assistir a um destes filmaços.

Hoje filmes de terror são desculpas para mostrar tetas, bundas e mutilações, além de baldes de sangue. Eu adoro tetas, bundas, mutilações e baldes de sangue, mas tem de haver um contexto mínimo na história pra que a gente, como telespectador veja e assimile isso. Sem uma história boa, uma boa direção e boas atuações, tudo vira uma espécie de “Roberto Carlos Especial”, uma coisa sem pé e nem cabeça, que é requentada há 40 anos.

Outras sequências foram lançadas, mas nada relevante.

Eu amo esses filmes, e os assisto sempre que posso.


Espero que gostem.




Um abraço.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Trovando sobre: ARTISTAS QUE DEVERIAM TER SIDO GRANDES


Iaiiiiiii,

Este texto foi reescrito por um motivo muito especial. É o primeiro texto que foi lido por ti, aqui no meu humilde blog, e talvez por causa desse texto, eu tenha ganhado um leitor e colaborador tão importante quanto tu. Espero que eu consiga melhorar (da outra vez, não curti o texto, por isso, apaguei o “dito cujo”), nessa nova tentativa.

Vou citar artistas que, na minha opinião, deveriam ter tido muito mais reconhecimento do que receberam e recebem em suas carreiras. Adianto que sou fã de todos, e acredito muito no trabalho de cada um dos citados.



Tom Petty.














Excelente compositor, grande guitarrista e produtor nas horas vagas. Tom Petty é um cara que nos Estados Unidos é bem conhecido e admirado, mas fora de lá, é praticamente “cult”.

A obra de Tom Petty é muito influenciada pelo trabalho do soberbo Bob Dylan (Petty e Dylan são amicíssimos, tendo tocado juntos diversas vezes). Tom Petty é conhecido por ser um cara de temperamento dócil, porém de fortes convicções. Certa vez, se ofereceu, junto com sua banda, os Heartbreakers, para servirem de banda de apoio para Dylan poder excursionar pela Austrália. Conta-se que Petty teve um prejuízo financeiro considerável, mas perguntado sobre o assunto disse algo mais ou menos assim: “Não ligo para dinheiro. Já ganhei muito. Toquei com Bob pelo prazer, pela satisfação de tocar com meu amigo e ídolo. Eu pagaria para tocar com ele em qualquer lugar”.

Talento, personalidade e humildade definem esse baita artista.




Bad Company.













Quando estes ingleses formaram essa banda fantástica, em meados dos anos 70, foram taxados de “o próximo Led Zeppelin”. E isto, obviamente, pesou contra eles. Com uma pegada crua de Hard Rock, com um baita baterista (Simon Kirke) e um dos melhores cantores de Rock de todos os tempos (Paul Rodgers), a banda lançou pelo menos dois discos absolutamente clássicos (os dois primeiros). Mas como dito antes, serem comparados a maior banda da época, e um dos maiores ícones da música, pesou negativamente sobre os ombros desses ingleses. 

Após brigas internas (por motivos pouco óbvios no Rock: Drogas, álcool e dinheiro), a banda foi trocando de membros até perder suas características.

Ainda tocam nos dias em hoje, com Kirke e Rodgers de volta à formação da banda... E ainda arrebentam.




Bob Seger.

















Esse senhor sempre foi um mistério. Cantor e compositor de mão cheia, fez muito sucesso nos anos 70 especialmente, mas que nos anos 80,90 e 2000, praticamente sumiu. Ainda se apresenta nos Estados Unidos, basicamente e de forma muito esporádica. Um cara que compõe canções como "Still The Same", “Night Moves”, “Turn The Page” (regravada pelo Metallica, e com direito a um vídeo clipe muito, mas muito impressionante sobre o cotidiano de uma prostituta), “Like a Rock”, e a nada menos do que perfeita “Against The Wind”, é definitivamente, um gênio.

Lembro de estar me sentindo muito solitário em um verão em Mariluz, e essa música toda vez que eu botava pra tocar, conseguia me fazer refletir e repensar sobre muitas coisas...





Linda Ronstadt.












Tu bem sabe que eu sou "chato pra dedéu" com cantoras. Mas essa americana com descendência mexicana (gravou um disco apenas de boleros e rancheiras, que é capaz de fazer o Roberto Justus se emocionar a ponto de doar R$ 10,00 para um abrigo de animais), é uma das melhores cantoras que eu já ouvi nessa vida. Linda dosa a técnica, com a emoção, sem necessitar fazer “punhetas” com a voz, como fazem certas “artistas”. 

A versão dela de “Blue Bayou” do incomparável Roy Orbsion é talvez, da mesma qualidade que a original. Dá pra imaginar isso? Se igualar a Roy Orbison?





Primal Scream

















Se os Rolling Stones tivessem surgido nos anos 90 e curtissem tomar ecstasy, eles seriam o Primal Scream.

Banda inglesa que foi pioneira ao fundir levadas de dance music, com melodias e letras de Rock. O primeiro álbum da banda, chamado “Screamadelica”, é objeto de culto e estudo até hoje. O vocalista Bobby Gillespie é uma figuraça. Só pra tu ter uma ideia, o Primal Scream já lançou discos (não músicas, discos!) com influências de Rock, de Dance, de Blues, de Soul, de música eletrônica, de música africana, de punk e mais alguns outros estilos.

Curto muito essa coisa de não se prender a fórmulas. Afinal de contas, não foi esta lição que os Beatles nos ensinaram, Nica?



Estes foram alguns dos meus "injustiçados" do Rock.


Espero que tu goste.



Abraço.


  

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Trovando sobre: BLACK SABBATH EM PORTO ALEGRE


Olha, eu já fui em alguns shows históricos na minha vida,  e depois de cada um destes shows, ou eu, ou alguém da imprensa, ou algum amigo meu, ou algum fã reclamou de algo. E quanto ao nada menos que HISTÓRICO show do Black Sabbath em Porto Alegre, eu não ouvi nada que alguém pudesse dizer de negativo do show. E também nem poderia.

Eu não vou bater na tecla de quanto o Sabbath é clássico e influente e como os seus discos (especialmente os cinco primeiros) são absolutamente fundamentais na coleção de qualquer ser humano que aprecie Rock N’ Roll. Eu prefiro me concentrar no show em si.

Em primeiro lugar, se eu fosse um integrante do Avenged Sevenfold, do 30 Seconds To Mars, ou de qualquer outra bobagem parecida com essas duas “bandas”,  e eu visse o que foi o show do Sabbath, eu encerraria a minha carreira de “músico”.

Desde os primeiros acordes de “War Pigs” o jogo já estava ganho para os vovôs. Quando Ozzy abriu a boca para cantar a primeira frase, ele já tinha completo domínio daquelas milhares de pessoas que estavam no estacionamento da FIERGS.  Bom, eu prefiro ouvir o Ozzy fazer gargarejo do quê ouvir o melhor show de algumas “bandas” e "artistas" que a gente vê e ouve por aí...

Penso que o quê Geezer Butler faz com o contrabaixo, deveria ser objeto de estudo por escolas sérias de música. O cara toca as linhas de baixo, praticamente como se fosse uma guitarra, tamanha a técnica e a força que ele coloca nas cordas. Além disso, ele é o principal compositor das letras do Black Sabbath. Ver Geezer ao vivo tocando “Children of The Grave”, “N.I.B.”, entre outras foi algo muito bonito, pois era uma parte da história do Rock sendo reproduzida ali, na tua frente, na tua terra.

Ozzy Osbourne é um dos mais carismáticos e emblemáticos vocalistas do Rock N’ Roll. Ele definiu algumas regras sobre como cantar Rock e sobre como um vocalista de Rock deve se portar em cima de um palco.  A voz continua muito boa e ao ouvir “Paranoid” e “Fairies Wear Boots” ao vivo, deu pra ver claramente que ele ainda é um dos grandes cantores vivos atualmente.

Ainda por cima, é extremamente gentil e brincalhão com o público. No show, não sei por que cargas d’água, ele resolveu imitar um relógio cuco, durante o show. Coisa de louco... Coisa de Gênio.

O batera Tommy Clufetos é um excelente músico e foi uma ótima escolha para substituir Bill Ward. Bill Ward não tem mais condições de saúde e físicas (e até mesmo psicológicas) de tocar um show inteiro com essa intensidade e pegada que tem o show da banda. O quê Clufetos fez durante e após a música “Rat Salad”, foi inacreditável. Geralmente solos de bateria são muito chatos, mas o do cara foi muito bom.  Eu vi pessoas dançando durante o solo!

Aí meu amigo, veio o principal motivo de eu ter ido ver o Black Sabbath...  E esse motivo se chama Tony Iommi. Tony Iommi é simplesmente, o pai do Heavy Metal e um dos guitarristas mais influentes da História da Música.  Quando o riff de “Iron Man” ecoou na FIERGS, eu olhei pro lado e pra trás, pois eu ria sozinho, e me lembrava de quando eu tinha 15 anos e ouvi o disco “Paranoid” pela primeira vez. Fui transportado no tempo.  Ah, e nessa hora, eu também vi homens com a idade do meu pai aos prantos. Foi uma coisa emocionante de se ver... . Essa reação pura dos fãs.

Tony Iommi no momento está se tratando de um câncer, e quarta-feira à noite, parecia mais forte, mais saudável e mais “afiado” do quê qualquer menino de 20 anos. Além da lição de música, foi também uma lição de vida.

Decididamente, foi uma noite histórica e inesquecível, que vai ficar pra sempre na minha memória.

Que show... Que show! . Acho que a minha “ficha ainda não caiu”.

É mais uma história pra contar para os netos.





Um abraço.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Trovando sobre: COMÉDIAS

Eu confesso que sou um cara exigente com comédias. Dificilmente vejo alguma e me mato de rir, ou digo: "Uau, que filmaço"!.Convenhamos, humor é uma coisa muito peculiar, o que é muito engraçado pra mim, pode não ser pra ti.... Então por este motivo, resolvi listar as comédias que mais me agradaram até hoje. Se alguém discordar de algo, ou quiser acrescentar alguma coisa, sintam - se em casa! Vamos lá:


Minha Mãe é Uma Peça - 2013





















Vi no cinema há pouco tempo (e assisti em dvd também). Sou muito fã do excelente humorista Paulo Gustavo, assistia sempre o programa "220 Wolts", exibido no Multishow. Neste hilário filme sobre a mãe do protagonista (baseado na peça de teatro homônima), eu literalmente passei mal de tanto rir. A atuação do cara é muito, mas muito divertida. Juro que em em certos momentos, eu reconheci a minha própria mãe como a "Dona Hermínia" do filme. Além de ser muitíssimo engraçado (a cena da coleta de fezes da Marcelina é uma das coisas mais geniais que eu já vi), o filme tem um lindo momento dramático, onde um falecido primo do ator é homenageado. Recomendado!

Os Picaretas - 1999





















Eu adoro o trabalho deste genial ator, roteirista, diretor e músico chamado Steve Martin. Esse senhor, praticamente, ditou as regras da comédia (stand up, cinema, teatro e roteiro) desde a década de 70. Dizem que é extremamente inteligente, com um QI altíssimo. Nesta comédia maravilhosa Martin, tira um sarro gigante da indústria do cinema, onde ri de produtores medíocres, atores "estrelas", que fazem qualquer coisa (e dormem com qualquer ser vivo) por um papel, ele tira um sarro até da ridícula "religião" Cientologia. Bob Bowfinger é um dos grandes personagens deste MESTRE. Martin além de tudo isto, ainda consegue um milagre durante as filmagens, pois retira de um há muitos anos, patético Eddie Murphy, uma de suas mais geniais atuações. Uma palavra para definir este filme: Genial.


Férias Frustradas - 1983
















Esse é tiro certo e óbvio, eu admito. Qualquer ser humano que tenha ido ou vivido uma "indiada" vai rir uma cachoeira assistindo à este clássico da Sessão da Tarde. A saga dos Griswold's é uma epopéia de erros e situações bizarras. É uma tia que morre na viagem, é o assalto no bairro barra - pesada da cidade, são os parentes distantes e caras de pau ao extremo, é a cama do hotel que parece uma batedeira, o parque de diversões fechado, enfim.... São inúmeras situações surreais que esta família se envolve durante a sua saga por férias perfeitas. Dou risada até hoje quando vejo.

Quanto Mais Idiota Melhor - 1992














Clássico, clássico e clássico da minha geração. Eu nunca vou esquecer o impacto que este filme causou em mim. Aluguei despretensiosamente a "fita" e ao assistir, vi uma retratação quase perfeita do cara que era jovem e gostava de Rock nos anos 90. Wayne e Garth mostravam com um senso de humor exato o que era importante para um guri de 15 ou 16 anos na época:  festa, rock, gatas e os amigos. Não dá pra enumerar as partes mais engraçadas, pois mesmo que tu morasse no Himalaia, tu ia te identificar com alguma situação e rir sem parar. Ah, e a  parte 2 é muito boa também. Assista os dois agora, se puder!!!


Um Príncipe em Nova York - 1988





















Deste filme, só não ri quem estiver morto há 07 dias. A melhor atuação de Eddie Murphy no cinema. Direção do Mestre John Landis, elenco estupendo e uma história simples, porém encenada de maneira ímpar. Eddie Murphy e Arsenio Hall interpretam uns 200 personagens neste ótimo filme, onde TUDO  dá certo. Se eu tenho que sair e está passando na TV, ah, meu amigo, pode ter certeza que eu vou me atrasar.... Se eu estiver com fome, vou comer depois..... Se eu estiver com sono, vou ter de aguentar..... Este filme foi feito há mais de 20 anos e continua engraçado e único. A cena onde o Eddie Murphy interpreta Randy Watson, líder da banda "Chocolate Sexual" é uma.... É uma.... Não dá.... Não consigo! Não paro de rir, só ao lembrar da cena!!!!!!!!  
Não vou nem mencionar as citações ao "sexy" shampoo "Soul Glo".....

Espero que gostem.

Abraço.