sexta-feira, 8 de julho de 2011

Trovando sobre: JIM MORRISON & THE DOORS



Recentemente, foi lembrado que fez 40 anos que o vocalista da banda americana The Doors, Jim Morrison, faleceu em Paris, em 1971 de "parada cardíaca", entre aspas, pois existem controvérsias  quanto a verdadeira causa do óbito deste grande cantor, poeta e "showman". Jim realmente era tudo isso no palco, pelo menos quando estava sóbrio, ou ao menos, em "condições" de fazer o show, pois Morrison apreciava drogas, como coelhos gostam de cenouras.

Meu 1º contato com o trabalho desta banda, foi ao assistir ao filme homônimo, de 1991, dirigido por Oliver Stone. Me impressionou e muito, o trabalho do ator Val Kilmer, no papel de Jim, e isto me fez, por muito tempo, associar a voz de Jim à figura de Kilmer, mais ou menos como a Graci, que acha que o Gael Garcia Bernal é o Che Guevara...
Lembro que passei um verão inteiro ouvindo direto os cds da banda. Eu trabalhava muito e ganhava um mísero salário,  que gastei por uns 3 meses, só indo no Big Box, comprar os cds. Destaco estes abaixo, como os trabalhos mais significativos do grupo:


The Doors -1967
Destaco a belíssima canção "The Crystal Ship", uma das músicas mais lindas que já ouvi na vida, além da  animada "Soul Kitchen", a linda e melancólica "End of the Night", a quase punk "Take as It Comes", além das clássicas "Light My Fire" e da edipiana"The End", onde Jim canta os polêmicos versos sobre matar o pai e transar com a mãe. É um disco que contrasta com a psicodelia que imperava  na época, pois é um álbum com influência de drogas, mas sem aquelas "viagens" chatas de grupos igualmente chatos como Emerson, Lake and Palmer, Yes e os malas dos Mutantes. É definitivamente, um disco bem sombrio.



Strange Days - 1967
Lançado meses após o 1º álbum, este disco traz a linda e poética "Moonlight Drive", a fria, porém bela, "You're Lost Little Girl", além dos Hits, "People Are Strange" e "When The Music's Over", onde Morrison diz que os jovens querem o mundo, e o querem agora... Bem a cara dos anos 60.




Morrison Hotel - 1970
Este disco é maravilhoso do início ao fim, por trazer as pérolas "The Spy", com sua letra que é uma das mais belas declarações de amor já escritas na música pop, além de  canções do nível de "Queen of the Highway", "Peace Frog", "Indian Summer", e talvez aquela, que seja a mais bela canção do grupo, na minha opinião, "Blue Sunday". Amigos, ouçam esta canção, reparem como Jim a interpreta, e depois falamos, ok? Ah, é neste disco que está o hino do rockers bebedores de cerveja, "Roadhouse Blues"... Lembro que tocava na finaleira do Expresso 356...


Por anos The Doors foi quase uma "obsessão" minha, eu usava camisetas, só falava da banda, comprava os discos, usava até uma guia de umbanda, igual à essa aqui embaixo, que o Jim está usando...

Enfim, hoje, ainda tenho todos aqueles cds comprados há tempos, ainda ouço a banda, ainda curto as letras e poemas do Sr. James Douglas Morrison, sim, até porquê, senhoras e senhores, Jim era antes de tudo, um homem das letras, pois suas grandes influências eram Arthur Rimbaud, William Blake e Nietzche. Posso não ter mais aquela "obsessão", de outrora, mas ainda tenho muito prazer ouvindo os discos gravados por quarteto de Venice Beach, Califórina e formado em 1967. Jim tinha uma qualidade que acho primordial em quem canta, que é cantar com o corpo todo. Cada poro, cada célula, cada expressão, cada palavra soa verdadeira, você ACREDITA no que está ouvindo. E isto, te faz ter uma reação, até porquê, meus caros, o intuito da arte, da boa arte, é te fazer reagir à ela, pode ser positivamente ou até negativamente, mas tu tens que sentir algo, te fazer pensar depois, entende...

Meu gosto por Rock N' Roll, passa, e muito, por Doors. São, sem dúvidas, uma de minhas bandas favoritas.





"Eu sou o Rei Lagarto.... Eu posso fazer qualquer coisa".

Um comentário:

  1. cara, também curto muito The Doors, conheci-os pelo filme também, e Val Kilmer é a reencarnação do astro, definitivamente!
    Minha música preferida é The End, nuca uma musica me dá tanta vontade romper com tudo do que esta!

    L. Paixão

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