Clássico, definitivo, básico e vital. Estes adjetivos são pouco para descrever este disco ao vivo do ícone americano Johnny Cash. Cash começou como cantor gospel, mas logo enveredou pelo "lado negro da força", e simplesmente virou um dos maiores cantores e compositores do Rock N' Roll. O ano de 1967 foi péssimo para o artista, já que ele passou o ano inteiro se recuperando de um pesado vício em anfetaminas e seus álbuns vinham sendo um tanto quanto inconsistentes. Um dia, no fim daquele ano, olhando uma pilha de cartas de fãs enviadas à ele, Cash notou que muitas delas foram enviadas de presidiários de diversas penitenciárias dos Estados Unidos. Desde 1955 quando lançou a clássica "Folson Prison Blues", Johnny se tornou um espécie de modelo para os desajustados, para aqueles homens que viviam à margem da sociedade, como presidiários, drogados e tipos assim. Nas letras, o cantor parece ser um daqueles desajustados (e ele era mesmo!), que ele retratava em suas canções. Foi aí, que o cantor teve uma ideia que mudaria sua carreira definitivamente.
A ideia era gravar um álbum ao vivo na cadeia de Folson, sem cortes, sem muita produção, um álbum cru, direto e sem firulas (Cash soube inclusive, que os presos tinham direito a fazer um pedido por ano, para sua festa de natal, e podiam pedir qualquer coisa, até mesmo strippers, mas era comum pedirem um show de Johnny Cash no xilindró).
A ideia era gravar um álbum ao vivo na cadeia de Folson, sem cortes, sem muita produção, um álbum cru, direto e sem firulas (Cash soube inclusive, que os presos tinham direito a fazer um pedido por ano, para sua festa de natal, e podiam pedir qualquer coisa, até mesmo strippers, mas era comum pedirem um show de Johnny Cash no xilindró).
Com isso em mente ele convenceu os executivos da gravadora (tarefa árdua, já que os caras achavam que o projeto seria um fracasso), e foi para Folson gravar o álbum ao vivo. Bom, e o que saiu daí, foi talvez, o maior álbum ao vivo da História da música pop. É impressionante o domínio do cantor sob os presos, e a impressão que se tem, é que se o Johnny quisesse ele facilmente lideraria uma rebelião, pela empolgação dos caras da platéia, mas em outros momentos, poderia se ouvir uma agulha cair no chão, tamanho o silêncio e o respeito demonstrados ao cantor durante a execução do show.
O setlist é perfeito, com momentos mais agitados como "Cocaine Blues", "25 Minutes To Go", e a já citada "Folson Prison Blues", e momentos ternos e pungentes como "I Still Miss Someone", "Send A Picture Of Mother" e até momentos engraçados como "Flushed From The Bathroom Of Your Heart", ou em tradução livre algo como: "Jogado na Privada do Banheiro do seu Coração", e outro momento muito engraçado, é quando Johnny diz no microfone: "Estamos gravando, então vocês já sabem, não podem dizer, merda, inferno e coisas assim". É hilário imaginar os executivos da Columbia Records ouvindo isso no disco...
O setlist é perfeito, com momentos mais agitados como "Cocaine Blues", "25 Minutes To Go", e a já citada "Folson Prison Blues", e momentos ternos e pungentes como "I Still Miss Someone", "Send A Picture Of Mother" e até momentos engraçados como "Flushed From The Bathroom Of Your Heart", ou em tradução livre algo como: "Jogado na Privada do Banheiro do seu Coração", e outro momento muito engraçado, é quando Johnny diz no microfone: "Estamos gravando, então vocês já sabem, não podem dizer, merda, inferno e coisas assim". É hilário imaginar os executivos da Columbia Records ouvindo isso no disco...
Enfim, ao contrário da expectativa da gravadora, e totalmente indo de encontro ao que o artista pensava, o disco foi um sucesso imediato de vendas, vendendo na época mais do que o álbum branco dos Beatles!
É difícil descrever a importância deste álbum que influenciou todos os (bons) artistas da música posteriores ao seu lançamento.
É o meu disco ao vivo favorito de todos os tempos.
Espero que tenham curtido.
Abs.
Incrível, uma verdadeira aula!!!
ResponderExcluirContinuo lendo diariamente seus textos viu, e tenho muita saudade deles.
Abraço e fique bem!!!!
Valeu, galo véio... Abração.
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