Oi.
Depois umas "férias sabáticas", estamos de volta. Para o primeiro texto de 2016, vamos falar de 2015, mais precisamente dos melhores de 2015, em determinadas categorias artísticas.
Melhor Disco: Meliora - Ghost.
Em 2015 grandes bandas de Rock lançaram álbuns muito bons (Slayer, Iron Maiden, Marylin Manson, Motorhead), o Ghost superou a todos eles. Explico o por quê: O Ghost ainda é uma banda relativamente nova, e precisa provar a que veio, por isso, me parece que a banda dá 100% de si em cada disco que lança. Em Meliora, é notória a evolução em relação ao excelente disco anterior, Infestissumam.
A banda soa mais madura, com arranjos e melodias elaboradas e um som de bateria mais pesado, o que agradou muito aqueles que acusam o Ghost de ser "pop", além de letras excelentes. Canções como "Cirice", "From The Pinacle To The Pit", e a melhor canção de 2015, "He Is", atestam que o Ghost veio para ficar.
Ah, e o trabalho gráfico no encarte, capa e contracapa do disco é muito bonito.
Melhor Filme: O Quarto de Jack.
Pela primeira vez na história deste blog, vou mudar uma escolha e modificar um texto. eu havia eleito "O Regresso" como o melhor filme de 2015, mas felizmente, acabei de assistir não só, o melhor filme de 2015, como um dos mais belos filmes que já assisti em toda a minha vida. "O Quarto de Jack", é um filme TRANSFORMADOR, como diz o cartaz promocional. Brie Larson está irretocável como Joy "Ma" Newsome. Mas o destaque do filme é o menino Jacob Tremblay, cuja atuação acabou comigo... por diversas vezes (como agora), me emocionei vendo o menino interpretar de forma belíssima, Jack Newsome. Faça um favor a si mesmo, e veja agora essa obra de arte.
Melhor Programa de TV/Seriado: Narcos.
Me surpreendi positivamente com Narcos. Imaginei que os produtores e o diretor José Padilha talvez tentassem, "romantizar" demais a vida de Don Pablo Pascobar, um dos maiores chefes do narcotráfico mundial, que posava de "Robin Hood" por vezes, mas que não passava de um covarde e sanguinário bandido. Wagner Moura interpreta de forma convincente (e assustadora), o homem que por vezes, doava casas aos pobres, mas que podia, sem pestanejar, mandar que seus capangas assassinassem um bebê a tiros.
O elenco de apoio é fraco, mas a direção, o roteiro bem escrito e a atuação segura de Moura dão credibilidade ao seriado.
Livro: Somos Azuis, Pretos e Brancos.
Este livro não é apenas um livro sobre um clube de futebol. Este livro é um documento histórico que faz justiça onde por anos, imperou a injustiça. O autor, Léo Gerchmann pesquisou por oito anos, os arquivos do Grêmio Futebol Porto Alegrense, como acesso irrestrito, a verdadeira história por trás dos boatos e das fofocas criadas pelo rival. Como foi bonito e como me deu orgulho saber que desde 1912, o Grêmio já tinha negros em seu elenco futebolístico. Saber que que o Grêmio, clube amado por Lupicínio Rodrigues, foi totalmente a favor da inclusão da "Liga da Canela Preta" (liga exclusivamente formada por negros) na liga profissional de futebol gaúcho (o rival foi contra... irônico, não?).
Em Coligay, já tivemos a alegria de saber que o Grêmio foi o primeiro clube a ter e reconhecer uma torcida homossexual como parte do grupo de torcidas organizadas filiadas ao clube, e em Somos Azuis, Pretos e Brancos, esta alegria se duplicou.
Estes foram os melhores de 2015 na opinião do blog.
Abraço.
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