Minha vida mudou em 1995. Minha vida melhorou em 1995. Em
1995, minha vida era incompleta e eu não sabia... Só soube graças ao meu grande
amigo Eduardo Vieira. Em 1995, o Eduardo
foi passar férias em São Paulo, mais precisamente, em Capivari, na casa do
igualmente grande amigo, Andreas Campaci. Pois bem, um dia, esses dois malucos
dando uma banda, resolveram alugar uns filmes, umas “fitas”, pra ser mais exato
(não esqueçam que o ano era 1995).
Não sei por que cargas da água, o Eduardo resolveu alugar
uma fita de um show de um grupo de Rock inglês chamado Oasis. A fita era o
inacreditavelmente maravilhoso show “There And Then”. O Eduardo pirou com
aquilo. Imagino que deve ter sido como um baque, um susto, ver que aquela banda
sintetizava TUDO o que tu gosta em termos musicais. Muito esperto que é, meu
amigo Eduardo resolveu fazer uma cópia da fita, usando dois vídeocassetes
(imagino a mão que deve ter sido), para que ele pudesse trazer uma cópia na
volta da viagem.
Um dia toca o telefone da casa do meu pai, e era o Eduardo.
Não me lembro das palavras dele, mas deve ter sido algo mais ou menos assim: “Daí
seu merrrrrda, cheguei de São Paulo, vem aqui em casa beberrrr umas!”. Lógico
que eu fui na mesma hora.
Chegando lá ele me pergunta se eu conhecia Oasis, e digo que
não, pois eu nem tinha ouvido ainda o mega sucesso “Wonderwall”. Pois bem, o
cara então, pega duas cervejas, e coloca o show pra rolar na TV. Enlouqueci na
hora. Sério, foi uma sensação de descoberta que mudou algo dentro da minha
alma.
O significado do Oasis na minha vida é muito importante. Foi
a primeira banda da qual fui fã mesmo, do tipo seguidor, de comprar revistas,
de recortar reportagens, de ir na Unisinos só pra imprimir fotos, de gastar
todo o pagamento com os caríssimos cd’s importados. Eu via no Oasis, tudo o que
eu gosto na música (som e atitude).
Noel Gallagher foi o maior compositor dos anos 90 (desculpa,
Cobain), canções como “Wonderwall”, “Champagne Supernova”, “Some Might Say”, “Don´t Look Back In Anger”, “Live
Forever”, “Acquiesce”, “Supersonic”, são hinos e não meras músicas... E eu
poderia, facilmente, citar mais uns vinte hinos compostos pelo grande
compositor, cantor e guitarrista.
Liam Gallagher era uma mistura de John Lennon, Johnny
Rotten, e Joe Strummer. O cara era a atitude em pessoa. A presença de palco
beirava o surreal, tamanho o carisma e a coragem do cara. Eu me vestia como ele, andava como ele, tentava
ter a mesma atitude na minha vida, de não ter medo de nada, de viver o hoje, de
aproveitar a vida. De poder “viver para sempre”.
Tive o privilégio de ver dois shows da banda em 2001 (no
Rock In Rio 3) e 2009 em Porto Alegre, sendo
que em 2009 foi realizada a última turnê da banda, que acabou por causa das
clássicas brigas dos irmãos. Até que durou muito, pois o Eduardo e eu sempre
soubemos que um dia, o Oasis chegaria ao fim por este motivo.
O Oasis nunca lançou nenhum disco ruim. Nunca. Alguns discos
não são tão maravilhosos quanto outros, mas todos tem músicas maravilhosas.
Pode conferir.
Ainda é uma das minhas bandas preferidas, e eu ainda me
emociono ouvindo ou vendo, pois me traz recordações de uma época muito boa, em que viver
era só me divertir, sem pensar muito no futuro. Uma época de viver o “hoje” e
só.
Obrigado Liam, Noel, Eduardo e Andreas.
Abraço.
É, Sandrão!!! Oasis é Oasis!!!
ResponderExcluir"Stay young and invincible!"
Grande irmão Andreas!!! Pra ti ver como sou grato ao amigo!!! We stay, together! Loove you, Bro!
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