sexta-feira, 24 de junho de 2011

Trovando sobre: DISCOS PARA OUVIR EM UM FINAL DE SEMANA DE INVERNO... E CHUVOSO.

Seguindo a linha de recomendação de discos, como as  dadas para o dia dos namorados, resolvi recomendar discos apropriados para se ouvir nesse feriadão chuvoso... Então, vamos à eles:

Scott Walker - Scott 4

















Grande ídolo de David Bowie, este obscuro cantor  da década de 60, foi me apresentado ao acaso. Um dia, em uma visita à melhor loja de discos que conheço, a JAM Sons Raros, em Novo Hamburgo. Cheguei lá um dia, e este disco soberbo estava tocando nos alto-falantes. Perguntei quem era esse cantor de voz grave e timbre belíssimo, e então, pude compreender melhor esta obra de arte. O disco é lindo do início ao fim... Canções como "Angel of Ashes", "Boy Child", "Duchess" e a maravilhosa "The World's Strongest Man", são canções únicas e lindamente interpretadas por este grande cantor que lança discos esporadicamente e é recluso ao showbizz. É um disco triste, porém belo... Perfeito para se ouvir à noite, bebendo algo.


The Smiths - The Queen is Dead
Sou um grande fã dos Smiths, e poderia recomendar facilmente, QUALQUER disco desta grande banda de Manchester.

Mas, opto por este que é, reconhecido pela crítica especializada, como o melhor trabalho de Morrissey e Cia. O disco já começa bem pela capa, linda, contando com a foto do grande ator francês Alain Delon. O tom de tristeza e solidão é determinante em todo o disco, até por tratar-se do último trabalho do grupo, que já estava esfaçelado por brigas internas, vícios, e egos gigantescos. Clássicos como "The Boy With the Torn in His Side", "Bigmouth Strikes Again" e as pungentes "There Is a Light That Never Goes Out" e "I Know It's Over", dão o tom e ditam o real sentimento do álbum. E as letras de Morrissey, inspiradas no poeta britânico Oscar Wilde  são de um lirismo ímpar na música pop. Ouça e lembre, pense, reflita, arrependa-se...


The Doors - L.A.Woman
"Vamos fazer um disco de Blues"... Jim Morrison teria disto em 1970, um ano antes de falecer em Paris, em 1971, aos 27 anos. E realmente sua vontade foi atendida. Último disco do grupo, traz clássicos como "Cars Hiss By my Window", "Hyancth House", "The Wasp", "Riders on the Storm", e um cover de John Lee Hooker, o blues matador chamado "Crawling King Snake". O disco é muito bom, apesar de não ser uma unanimidade entre os fãs da banda. Mas, para ouvir em um dia "cinza", é perfeito. Ah, e a música "L.A. Woman", dá para ouvir no carro, indo buscar umas cervejas (ou vinho), e uns salgadinhos.



R.E.M. - Up
Conheço vários fãs de R.E.M. que "torcem o nariz" para este álbum, pois o acham "eletrônico demais". Sou um baita fã do R.E.M. e, gosto de praticamente todos os discos lançados pelo trio americano. Este, pelo menos para mim, é especial pois acho um dos melhores trabalhos da banda. O disco realmente, tem a característica citada acima, sendo inclusive, o disco em que mais vezes recursos eletrônicos foram usados. Todavia, isto não tira o brilho de canções como "At My Most Beautiful", Sad Professor", "Why Not Smile", "Daysleeper" e "You're In the Air", que tocam as profundezas da alma humana, nos colocando em contato com sentimentos por vezes, nostálgicos. Apesar do título "Up" (para cima), o tom do disco é a melancolia.

E ainda por cima, a voz de Michael Stipe é um pingo de som, em um oceano de ruído.


Radiohead - The Bends
"O Radiohead hoje em dia não faz mais  música para seres humanos"... Costumo dizer isso aos meus amigos, pois o trabalho da banda, hoje em dia, pelo menos, para mim, é tão "avant garde "tão pra frentex", "tão mudérno", que não me diz mais absolutamente nada. Acredito sinceramente, que nem os próprios membros da banda se compreendem ou compreendem a  música que criam... Música para E.T..

Mas no início não era assim. Até o terceiro e aclamdo disco "Ok Computer", o Radiohead era uma ótima banda de Rock. Este disco selecionado é o meu preferido da banda, e também o melhor, na minha opinião. Canções como "High And Dry", "Nice Dream", "Black Star", "Bullet Proof... I Wish I Was", e o mega hit (porém, não menos bela) "Fake Plastic Trees" são pequenas pérolas... jóias forjadas em uma era muito, muito distante e longínqua, os anos 90.
Um álbum melancólico, um tanto quanto frio e triste... ou seja, perfeito para se ouvir embaixo do cobertor, só olhando a chuva cair.

Espero que gostem das minhas dicas.

Bom feriadão à todos.


domingo, 19 de junho de 2011

Trovando sobre: OS MERCENÁRIOS




Logo que foi lançado no Brasil, especialmente, em  São Léo, fui assistir ao filme "Os Mercenários", filme dirigido, roteirizado, e estrelado por Sylvester Stallone que, junto de um elenco encabeçado por astros de filmes de ação como Dolph Lundgren, Jason Stathan e Jet Li, além dos lutadores  marciais, Randy Couture, Steve Austin e Terry Crews. O filme conta ainda, com grandes astros do cinema mundial como Mickey Rourke e Eric Roberts, e ainda por cima, rola uma participação em uma cena memorável, com os peso-pesados, Bruce Willis e Arnold Scwarzenegger.

Gostei muito de todo o filme, as cenas de ação, as cenas de luta corporal, enfim, achei a história, o enredo, as atuações muito boas e divertidas. O filme é muito legal de se ver, um ótimo entretenimento.

Assisti recentemente ao dvd, e pude ver os extras, contendo o "Making Of" do filme. É realmente bonito de se ver a dedicação que este ícone do cinema, chamado Sylvester Stallone empregou neste projeto.

Stallone escreveu, dirigiu, atuou e se preciso fosse, faria comida, seria motorista, lavador e o que mais se fizesse necessário, para que o filme ficasse do jeito esperado por ele, imaginando o que agradaria aos fãs. O  filme é um agradecimento e uma espécie de "revival", deste estilo, praticamente criado por Stallone na década de 80, o genêro dos filmes de ação. Porém, certas pessoas equivocam-se quando pensam que Stallone é um ator medíocre (sim, pois sua faceta de roterista e diretor é pouco conhecida), prova disto é o Oscar, recebido pelo marco do cinema chamado "Rocky - Um Lutador", estrelado e roterizado por Stallone, em 1976.

Stallone ama o que faz, e vendo os extras do filme "Os Mercenários", pude realmente comprovar isto. O astro "dá pitaco", na pós - produção, na cenografia, na coreografia, e até na música criada para o filme!

A propósito, a trilha sonora é impecável, contando com músicas de artistas como Thin Lizzy, Creedence Clearwater Revival, Mountain e Georgia Satellites.

O filme é um tributo aquele tipo de filme que costumávamos alugar nas locadoras, as boas e velhas "fitas" (VHS), quando assistíamos a filmes feitos por atores que se preparavam por meses para cenas de luta, ou que mesmo, colocavam suas vidas em risco para a realização de determinadas cenas em que o dublê, precisava ser dispensado.

Quem lê meus textos sabe que sou um cara nostálgico. Hoje vejo filmes, e não só no gênero da ação, mas de outros também, em que a preocupação é tão somente com os efeitos especiais. Detesto este tipo de filme que os americanos chamam "Blockbuster", onde a atuação e a história ficam em segundo plano. "Os Mercenários" é um filme de 2010, mas realizado à moda de 1988, e isto não é demérito, pelo contrário, é um elogio.



Eu realmente adoro este filme.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Trovando sobre: DISCOS PARA O DIA DOS NAMORADOS

Amigos, como o dia dos namorados se aproxima, pensei em indicar 5 discos para se ouvir com quem se ama. Lhes trago 5 álbuns de um estilo musical que muito me agrada, o "Soul". Pois bem, vamos à eles:

 Dusty Springfield : "Dusty In Memphis"

















Não se enganem com a capa "cafona", pois Dusty é a cantora branca com mais suingue e alma (soul) na voz. Este disco é maravilhoso do início ao fim.


Canções como: "Just a Little Lovin'", "Breakfast In Bed", "I Can't Make It Alone" e a clássica, e tema do filme "Pulp Fiction", "Son  of a Preacher Man", são puro deleite do início ao fim. No fim dos anos 60, Dusty era só mais cantora inglesa, mas quando em 1969, resolveu ir à Memphis, no interior dos Estados Unidos, à pedido de sua gravadora, gravar algumas canções com os feras das produção, e especialistas em "Soul", Jerry Wexler, Tom Dowd e Arif Mardin, o que se viu foi uma cantora cantando não apenas com sua voz, mas com coração ligado diretamente nas cordas vocais.


Sam Cooke: "The Best Of"
O que falar do cantor que é referência para astros do calibre de Rod Stewart, Mick Jagger e Bruce Springsteen? A voz deste gigante da "Soul Music", é uma jóia rara. Canções como "You Send Me", "Bring It On Home To Me", "You Send Me", e "Cupid", são de derreter o coração até do cara que acha que Motorhead é banda de fresco. 



The Manhattans: "Greatest Hits"
Romantismo do início ao fim. "I'll Never Find Another", "Shining Star", "Kiss and Say Goodbye" e "Hurt", são hinos para aquelas pessoas que gostam de conversar durante as refeições com o seu amor. Sabe quando tu espera o dia todo para contar uma história, ou uma fofoca pro teu amor, jantando uma comidinha bem boa? Esse disco é trilha sonora para isso.



Isaac Hayes:  "Hot Buttered Soul"
Apenas 4 faixas. E basta. A voz deste, que é uma espécie de "Barry White ao quadrado", é sexy, romântica e envolvente. Hayes era um mestre na arte de compor letras e melodias ternas e também de beleza ímpar. As provas do "crime" são canções como "Walk On By", "One Woman" (polêmica, pois fala do dilema de um homem dividido entre a esposa e a amante) e a belíssima "By The Time I Get To Phoenix".


Otis Redding: "The Very Best Of"
O maior cantor romântico de todos os tempos. Janis Joplin disse, certa vez, que aprendeu a cantar baladas ouvindo Otis Redding cantar, e que sempre chorava ouvindo seus discos.

A voz de veludo e a entrega emocional na interpretação de canções como "I Love You More Than Words Can Say", "These Arms Of Mine", Try A Little Tenderness" e "I've Got Dreams To Remember", igualam-se talvez, somente a Elvis Presley. É de botar a tocar, abrir um vinho,e depois...


Estas são as minhas dicas, espero que gostem.

Ótimo Dia dos Namorados à todos!

Dedico este texto para aquela que é a minha melhor amiga e companheira, a minha eterna namorada... Enfim, o meu Grande Amor, Graciela Scaravonatti.

Te amo mais do que as palavras podem descrever.

Sandro.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Trovando sobre: AMERICAN IDOL, ÍDOLOS...








Amigos, começo o texto lhes fazendo uma pergunta... Alguém conhece, tem cd ou já viu mais gordo, algum destes artistas: David Cook, Adam Lambert, Rubben Studdard, Fantasia Barrino, Rafael Barreto, Leandro Pica-Pau e Saulo Roston?

Como não?! Todos são "ídolos"... Americanos ou brasileiros, mas vencedores desta aberração, chamada de "Reality Show", ou "Show de Talentos", ou qualquer coisa do gênero...
O "Ídolos" na sua versão brasileira, transmitido pela Rede Record é a versão americana deste pastiche enlatado americano.

Aqui em casa, a Graci se tornou fã do "American Idol', a ponto de não perder os programas e ficar até ás 23:30 horas de um domingo para assisitir a final da última edição, e eu de lambuja, era obrigado também, a assistir alguns episódios. O júri era formado pelo "produtor" Randy Jackson, que não produziu nada que eu, pelo menos conheça... Pela "cantora" (piada, né...) e "atriz" Jennifer Lopez. Pela parte cantora, Jennifer canta tão bem quanto eu resolvo questões de física quântica, e por sua parte atriz, por favor, né, melhor nem comentar...

Mas o que me chateia mesmo, é ver o terceiro jurado, o grande Steven Tyler, vocalista de uma das banda mais icônicas do Rock N' Roll, chamada Aerosmith, participando deste engodo.
Como um artista do calibre de Mr. Tyler, pode julgar talento? Quem cantou afinadinho, ou não? Sendo que neste tipo de concurso, você é mandado desde a roupa que vestirá, à canção que irá cantar. Como se pode um artista ter sua formação iniciada desta maneira? Quer dizer que, sei lá, se o Aerosmith em início de carreira não vestisse a roupa adequada, ou cantasse aquela certa nota um pouco fora do tom, participando deste programa, poderia ser considerado "inapropriado", ou até mesmo, ruim.

Amigos, encaro a música, como expressão artística, onde sentimentos, bons ou ruins, são expressados. Podem me chamar de antiquado, saudosista, e o escambau, mas não me importo se o cara acertou aquela notinha, ou o que ele está vestindo, ou com quem namora, se é amigo do vampirinho do "Crepúsculo"... O que realmente importa, é arte que o artista produz, se aquilo te toca e te faz refletir, pois o sentido da arte, para mim, é te fazer pensar. Se você assiste um show ou escuta um disco, e esta experiência te faz pensar e debater posteriormente, mesmo que você não tenha gostado, aquilo te tocou e te incitou à algo.

A versão brasileira é ainda mais deprimente, pois conta com Marco Camargo (produtor musical da Record), Rick Bonadio (produtor e empresário de bandas brasileiras "clássicas", como: Baba Cósmica, PO Box, NX Zero, Geração Ypsilone, Agnela,  Rouge, Tihuana, Strike, Rastaclone, Restart, entre outras "maravilhas") e a"grande cantora" Luiza Possi (que em toda a sua vitoriosa carreira, deve ter vendido uns 5 cds e feito shows na Festa da Bergamota, para 24 pessoas). Estas pessoas julgam se candidatos tem, ou não talento, candidatos que por vezes, até tem certo potencial, mas que se sujeitam a este tipo de humilhação pública. Quem é a Luiza Possi para dizer para alguém o que se pode melhorar na maneira de cantar, se ela mesma, não pode se ajudar! Como pode o Rick Bonadio entender de expressão artística se ele só pensa em quantos produtos de merchandise ele poderá licenciar...

Certa vez, Paul Mccartney foi convidado para participar de apenas 01 programa, e se negou, afirmando que não concordava com os moldes do programa e não queria ser associado a este tipo "seleção artística"...

É amigos, o futuro na música, pelo menos, é negro, pois se dependermos das bandas que surgem nos dias de hoje...