sexta-feira, 25 de maio de 2012

Trovando sobre: MELHORES SERIADOS

Então tá... para este post, pensei em listar meus 5 seriados favoritos de todos os tempos. Confesso que nunca fui um grande fã de seriados, mas estes aqui selecionados, marcaram minha vida em algum ponto... Eis meu "Top 5":


5 - Married With Children (no Brasil, "Um Amor de Família").















Al Bundy foi um astro na escola no 2º grau, jogador de futebol americano de futuro próspero (marcou 4 touchdowns em um jogo),  que acabou virando vendedor de sapatos em uma loja de shopping. Engravidou e casou com um de seus "casinhos", a dona de casa mais desleixada e irônica do mundo, Peggy. Seus filhos Kelly (bonita e burra) e Bud (inteligente e nerd) eram umas figuraças. A série era uma sátira inteligentíssima ao estilo de vida suburbano dos americanos. Assisto até hoje e ainda morro de rir.




4 - Todo Mundo Odeia o Chris

















O seriado narra a a infância e a adolescência do comediante Chris Rock. É uma espécie de "Chaves" da rede Record de televisão, pois é exibido à exaustão (a série tem apenas 88 episódios gravados) e faz muito sucesso. Acho a série muito engraçada e me identifico com o Chris, especialmente quanto se trata de sua convivência com sua mãe, Rochelle (o personagem mais engraçado, na minha opinião). Acho a professora Morello um sarro também... A professora  preconceituosa que, digamos, tem uma "quedinha" por negões. Assisto TODOS os dias... Sério, todos os santos dias.



3 - O Incrível Hulk























Pra mim, a melhor retratação do Hulk feita até hoje, fora dos gibis. A história do Hulk não passa de uma tragédia (quase grega), pois o Dr. Bruce Banner (na série, interpretado pelo ótimo ator Bill Bixby) além de ser um cientista brilhante, era um cara de bom coração e preocupado com o seu semelhante, mas que era obrigado a viver fugindo e se escondendo, pois ao menor sinal de perigo, excitação ou raiva, ele se transformava no "Gigante Esmeralda". O ator e fisiculturista Lou Ferrigno era muito bom em sua interpretação do monstro. A série tinha o tom certo de melancolia até no tema musical que encerrava os episódios. Eu assistia na Globo direto e adorava.




2 - Seinfeld















Eu chegava do Liberato as 23:00 e a série passava as 23:30, e eu não perdia nunca! O detalhe é que eu levantava as 05:30 para trabalhar... A melhor série de humor de todos os tempos. Humor inteligente e provocador sem ser esdrúxulo. A série era tão boa que até os personagens coadjuvantes eram muito engraçados (por exemplo, o pai do George Constanza e o Sr. Peterman, chefe da Elaine). Ainda assisto as reprises e racho o bico de rir, especialmente com a Elaine, e com o meu personagem favorito da série o genial George Constanza (o carequinha da foto acima). A melhor série cômica sobre o "nada".







1 - Anos Incríveis






















A melhor de todas. Sem sombra de dúvida. Desde a trilha sonora primorosa (que sempre ajudava no desenrolar dos episódios), a história dos conturbados anos 60 na História Americana, se misturava com a história da vida de Kevin Arnold. Assuntos tão adversos como o assassinato de Kennedy até o primeiro beijo de Kevin era apresentados de forma tocante e de fácil identificação (no caso do beijo, é óbvio). Cada episódio era dirigido, produzido e finalizado com a maior qualidade disponível na época. Quem não lembra de ao menos uma vez, ter rido, chorado ou se emocionado com o Kevin, com o Paul (que não, não é o Marilyn Manson), ou com a Winnie Cooper?
Marcou uma época e muitas vidas.


Era isso por hoje, espero que curtam, opinem, discordem, concordem, elogiem, avacalhem....

Semana que vem, falo das piores séries na minha modesta e singela opinião...

Até.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Trovando sobre: RAMONES

Semana passada assisti ao ótimo documentário "End of The Century", contando a história (pelas palavras dos próprios integrantes), de uma das bandas mais influentes e importantes do Rock N' Roll, os Ramones.

É sempre legal poder assistir documentários sobre bandas onde os próprios integrantes dão suas versões dos fatos acontecidos, mas no caso dos Ramones, é ainda mais divertido (ou perturbador), pois os caras são EXTREMAMENTE sinceros... e bota sinceros nisso! 

Achei muito interessante ver como quatro pessoas completamente distintas e com opiniões tão adversas pudessem dar tão certo em um palco ou em um estúdio de gravação. Ninguém era amigo de ninguém, Johnny Ramone guitarrista e fundador, era um conservador de extrema direita, que roubou a namorada do vocalista Joey Ramone e ficou casado trinta anos com ela. Joey era um esquisitão de quase dois metros de altura, fanático por cultura pop (Rock N' Roll dos anos 50, quadrinhos e filmes de terror B). Dee Dee Ramone, o baixista era um doido varrido, michê e viciadão em heroína, mas que em compensação era um ótimo compositor. O baterista Tommy Ramone era o mais "normal" da gangue. 

Achei muito legal ver caras como Joe Strummer do The Clash dizendo coisas como: "Quando os Ramones vieram tocar na Inglaterra pela 1ª vez, não devia ter mais de 50 pessoas na platéia, mas depois do show dos caras, cada uma daquelas 50 pessoas formaram outras bandas". Isso resume os Ramones pra mim.

A minha opinião sobre os Ramones é bem direta. Eles foram um pilar do Rock N' Roll, uma banda que de fato deixou sua marca no mundo, e que veio em um momento muito propício, porquê o Rock no final dos anos 60 e início da década de 70 caminhava em uma direção muito perigosa, o "profissionalismo" se tornava latente no Rock, e isso sem contar as horríveis bandas progressivas que surgiam, coisas chatérrimas como Emerson, Lake and Palmer, Yes, Jethro Tull, Genesis e aqui no Brasil aquela bizarrice "riponga maconheira" dos Mutantes. Os Ramones vinham na contramão disso.

Tu só sabia tocar três notas? Ok. Músicas de 3 minutos de duração? Ok. Jaquetas de couro e jeans? Ok. Pense bem, os primórdios do Rock N' Roll não foram exatamente assim? Elvis no início não era assim? Os Beatles? Os Stones? O Rock N' Roll é muito mais um estado de espiríto do que qualquer outra coisa. Já disse e repito, a alma e a espontaneidade sempre superam a técnica, no meu ponto de vista, e os Ramones sempre foram 100% autênticos. Tocavam com tesão. 

Acho importante ver também, como a imensa influência dos Ramones foi importante para a formação de outras bandas pois quando foi lançado um disco tributo à eles, artistas tão diferentes como Kiss, U2, Metallica, Green Day, Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers, Marilyn Manson, Tom Waits e Pretenders fizeram questão de participar.

Acho que a real importância que temos nesse mundo é a marca que deixamos nele, seja a educação de nossos filhos, seja  o legado deixado em nosso trabalho, sejam as boas ações praticadas em vida ou a influência que exercemos em futuras gerações, no caso artístico e isso os Ramones foram de importância única. A influência desta banda que nos EUA fazia shows para 1.000 pessoas e em outros países como Brasil e Argentina fazia shows para 30.000 pessoas é gigantesca, e na minha modesta opinião, influência quase tão grande quanto à de Beatles e Stones.

Eu adoro o som dos caras desde sempre.




Gabba Gabba Hey!
Hey Ho, Let's Go!